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COLUNA DO JAECI

O país do futebol tem um novo presidente

O problema é que o presidente Sérgio Sette Câmara pegou o time sem dinheiro para nada. Conseguiu alguns jogadores de qualidade, mas a maioria que veio era de qualidade duvidosa

postado em 31/10/2018 12:00 / atualizado em 31/10/2018 09:45

Lucas Figueiredo/CBF


O Brasil tem um novo presidente, eleito democraticamente pela maioria dos brasileiros. É hora de acabarmos com as animosidades e voltarmos a ser uma nação por inteiro. Não se deve ter “político de estimação”. A alternância no poder é saudável e promissora. Nos Estados Unidos, republicanos e democratas se revezam, e quando um deles faz um bom governo, a reeleição é certa. No caso do Brasil é mais complicado, pois a gente viu candidato indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro concorrendo. Isso é uma vergonha para nós. Independentemente de partido ou nome, acho importante que os candidatos sejam ficha-limpa, honestos, corretos. Jair Bolsonaro é o novo presidente. Não esperam dele uma varinha de condão para resolver os graves problemas. Não. Ele terá muito trabalho para melhorar o país. Foram 16 anos de desgovernos, corrupção, roubalheira. São mais de 13 milhões de desempregados, violência com níveis inaceitáveis e por aí afora. Uma união do povo com o governo seria o ideal para que as coisas melhorem. Eu, por exemplo, votei em Bolsonaro por acreditar em suas propostas, sua coerência, sinceridade e decência. Porém, vou cobrá-lo do primeiro ao último dia do seu governo. Ele foi eleito para servir ao povo. Como não tenho partido nem político de estimação, vou fiscalizar, assim como os 55 milhões que votaram nele. Boa sorte, presidente. “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Galo
“Joga no amor ou joga no terror”, disseram aos jogadores alguns membros de facções que torcem para o Atlético, na porta da Cidade do Galo. Como se isso fosse resolver. “Jogar no terror”, na minha visão, é uma ameaça. E quando se trata desse assunto, o caso é de polícia. Será que esses membros dessas facções não entendem que não há corpo mole ou coisa parecida? O que há é ruindade de alguns jogadores, que não conseguem produzir o que deles se espera. Outros vivem má fase, e os melhores, sozinhos, não dão conta do recado. O jogador entra em campo pensando em fazer o melhor, mas suas limitações não permitem. Não é omissão ou má vontade, é apenas isso. Se torcedor em porta de CT resolvesse alguma coisa, Corinthians, Vasco, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Corinthians e o próprio Atlético jamais teriam caído para a Segundona. O que resolve é a formação de grupos competentes, com jogadores de qualidade.

O problema é que o presidente Sérgio Sette Câmara pegou o time sem dinheiro para nada. Conseguiu alguns jogadores de qualidade, na base da troca ou empréstimo, mas a maioria que veio, trazida pelo diretor de Futebol, Alexandre Gallo, demitido ontem, era de qualidade duvidosa. Eu discordo de muitos que dizem ser o Atlético uma equipe medíocre. Eu a vejo como pelo menos 15 equipes do Brasileirão. Com altos e baixos e um bom grupo. Porém, há realmente jogadores que não acrescentam nada, assim como nos demais clubes. Não é fácil fazer futebol sem dinheiro. O presidente trouxe um técnico no qual confia, vai reestruturar o clube para a temporada que vem e buscar dinheiro e jogadores. Porém, aviso, antecipadamente: não há grandes jogadores no mercado. A mediocridade impera de Norte a Sul. Para contratar jogadores bonzinhos é melhor não trazer ninguém. O Galo corre, sim, o risco de ficar fora da Libertadores, pois o Santos cresceu e está no seu cangote. Porém, pode conseguir boas vitórias nessas rodadas finais e se garantir. Não seria justo a equipe ficar fora, depois de estar no grupo dos seis primeiros a competição inteira. Mas é preciso que o torcedor de verdade, não esses dessas facções, entenda que, se ocorrer, não é por má vontade ou corpo mole, é porque os adversários podem complicar. Eu acredito no Galo e em Levir, e não acho que protesto em sede ou CT seja a solução. Faltando sete jogos, era hora de o torcedor de verdade jogar com o time. Não estou pedindo paciência e, sim, cooperação. Tenho a certeza de que, quando a temporada acabar, e o Atlético estiver na pré-Libertadores, a diretoria vai saber investir certo, buscando jogadores de qualidade, se houver. Porém, é preciso que o dinheiro entre. Repito: sem ele, nada feito. Não se consegue fazer futebol de qualidade. O Palmeiras tem uma empresa que explora os aposentados, gastando uma fortuna no time. O Galo não tem esse patrocinador.

Libertadores
O Palmeiras joga sua vida na Libertadores nesta noite contra o poderoso Boca Juniors, precisando vencer por três gols de diferença para ser finalista – ou 2 a 0 para levar a decisão para as penalidades. Esse negócio de dizer que o Palmeiras é “o Brasil na Libertadores” é balela. Eu vou torcer contra mesmo. Não sou palmeirense, não trabalho em São Paulo e não quero ver um dos rivais do meu Flamengo ganhando outra taça. E, tenho a certeza, de que, exceto os palmeirenses, o Brasil inteiro é o Boca na Libertadores. Além disso, não posso torcer para um técnico que levou de 7 a 1 numa Copa do Mundo, na nossa casa. Já para o Grêmio eu torço, pois adoro meu amigo, Renato Gaúcho, e torço muito por ele. Além disso, o Grêmio pratica o melhor futebol do país. Joga bonito e dá gosto de ver.

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