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COLUNA DO JAECI

Copa do Catar pode sofrer mudanças

postado em 04/11/2018 12:00

AFP / Mohd RASFAN
O presidente da Fifa, Gianni Infantino (fifa), quer aumentar o número de seleções na Copa do Mundo do Catar, em 2022, de 32 para 48, tendo assim a possibilidade de dividir o Mundial com mais três países da região do Golfo Pérsico. Um dos motivos, segundo o dirigente, seria fomentar a paz na região, que vive em seguidos conflitos. Do ponto de vista de relação entre os países, acho fantástico. Analisando pela quantificação e não qualificação, acho terrível, pois se o Mundial com 32 seleções já é ruim imaginem com 48? É sabido que a moeda oficial do futebol hoje é o dinheiro. Ele move tudo, modifica regulamentos e contratos feitos. Quando a gente diz que um jogador como Messi ou Cristiano Ronaldo recebe R$120 milhões anualmente, isso não é nada em relação ao que os clubes, seleções e confederações faturam em cima deles. Talvez não fiquem nem com 10% de tudo o que os envolve. São os novos tempos do futebol, em que amor à camisa e ao clube está fora de moda.

Estive no Catar uma vez, por uma semana, num Brasil x Inglaterra. Dunga era o técnico. É um país belíssimo, com arranha-céus maravilhosos, de arquitetura moderníssima. O povo é acolhedor. Na época em que estive lá – o jogo foi em 14 de novembro de 2009, 1 a 0 para a Inglaterra –, estrangeiros podiam tomar bebida alcoólica desde que mostrassem o passaporte, ao passo que os nativos não. As mulheres andavam mais livres do que na Arábia Saudita. No Catar, elas não são obrigadas a cobrir o rosto, bastando o uso do véu. Não atravessei o país, mas tenho conhecimento de que é pequeno e que em uma hora e meia você vai de uma ponta à outra. Oito moderníssimos estádios estão sendo construídos a peso de muitos petrodólares, mas, em caso de aumento no número de seleções, não serão suficientes para abrigar 80 partidas. Daí a necessidade de fazer uma cogestão, dividindo a Copa com mais três países da região.

Não será fácil, já que a ideia era aumentar esse número só em 2026, quando o Mundial será sediado nos Estados Unidos, com 60 jogos, e Canadá e México, com 10 jogos cada um. Porém, se a Fifa quiser e o Catar aceitar, ela fará e ponto. Para os países da região, que serão escolhidos, será maravilhoso.

Os árabes vão fazer estádios climatizados e a Copa será em novembro. Acho esse período fantástico e vou dizer o motivo: os Mundiais em junho e julho pegam o fim da temporada europeia, os jogadores chegam sem condição física ou clínica. Por isso, vimos seleções sendo eliminadas na primeira fase, casos de Argentina e França, em 2002; Alemanha, neste ano, e por aí afora. Em novembro, os jogadores estão em plena forma. Os leitores vão dizer que isso prejudicaria o Brasil, pois nosso calendário termina em dezembro. Esse é um problema que precisamos resolver. Já passou da hora de adequarmos nosso calendário ao europeu. Seria saudável para os atletas. Vale lembrar, porém, que a Seleção Brasileira atua na Europa em quase a sua totalidade. Portanto, não haveria tanto problema. Com dois ou três “gatos pingados”, convocados no país tupiniquim, haveria um cuidado maior.

Outro aspecto que seria positivo para os brasileiros caso o calendário fosse semelhante ao europeu é que não haveria jogadores saindo de suas equipes no meio da temporada, na janela que vai de junho a agosto. Assim, as equipes começariam a competição com um grupo e não perderiam seus principais jogadores justamente no meio da temporada. Temos que nos modernizar e buscar caminhos alternativos para melhorar nosso futebol. Se Infantino conseguir unir os povos árabes pelo futebol, acabando com os conflitos na região, vou aplaudi-lo de pé e aceitar o Mundial com 48 equipes, ainda que a qualidade técnica seja duvidosa. Pela paz mundial tudo vale a pena e é sabido que o futebol já parou guerras, como fez o Santos, no Zaire, com Pelé e companhia, ou Ronaldo Fenômeno, no Kosovo. Pela paz mundial, eu topo tudo.

MORO


O presidente eleito, Jair Bolsonaro, convidou o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça e Segurança. Uma ideia maravilhosa, pois Moro representa cada brasileiro do bem. Um homem íntegro e, acima de tudo, muito capaz. Só quem não gostou foi a turma vermelha, aquela que sempre quis transformar o Brasil em país comunista. Moro já botou Lula na cadeia e sua equipe, que ficou em Curitiba, pois ele terá de se afastar para assumir o novo cargo, vai pôr muito mais gente atrás das grades. O Brasil vai mudar, esse é o sonho dos brasileiros de verdade.

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