2013 será sensacional
postado em 21/12/2012 10:36
Luís Costa Pinto
luiscp@uol.com.br
O título do Mundial de Clubes da Fifa conquistado pelo Corinthians, no lugar de coroar uma jornada de sucesso do futebol brasileiro, serve na verdade como abre-alas de dias melhores que parecem mesmo estar por vir.
O esquema tático montado por Tite, a aplicação da equipe em campo, o vigor físico revelado pelo grupo e a entrega dos alvinegros paulistas no Japão são alvissareiros não só para eles. O Corinthians jogou próximo daquilo que será a Seleção Brasileira de Luiz Felipe Scolari, mesmo que poucos corintianos figurem nas convocações do técnico canarinho.
Paulinho e Cássio, claro, estarão no grupo e tendem a ser titulares. É provável que Ralf também ascenda ao conjunto, como reserva.
Mas a repatriação de atletas nacionais dispersos pelo mundo fará de 2013 um ano interessantíssimo para o futebol local. Perdemos Lucas, e ele brilhará na França, com toda certeza. Neymar e Ganso ficaram, provavelmente Robinho voltará, e para o Santos, e posso apostar que, até o agosto, Kaká desembarcará por aqui. Renato Augusto e Alexandre Pato são nomes menores nessa constelação, Riquelme representa uma velha novidade se ainda tiver gás. A permanência de Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho também é para ser saudada a churrascadas.
Além disso, o Brasil jogará com a Inglaterra duas vezes no primeiro semestre, outra vez com a França, provavelmente enfrentará a Argentina em um amistoso antes da Copa das Confederações e na competição da Fifa que antecede a Copa do Mundo enfrentará a Itália, o México e o Japão na primeira fase. E tudo leva a crer que cruzará com o Uruguai na semifinal para fazer a sonhada final com a Espanha. Sinceramente: melhor, impossível.
O triunfo do Corinthians, paradoxalmente, pôs holofotes sobre um grande adversário regional dos “senhores do mundo”: o São Paulo. O time de Ney Franco será um dos conjuntos mais competitivos de 2013 não só aqui, mas no subcontinente e além-mar. O Santos, caso a diretoria dê condições de trabalho e reforços a Muricy Ramalho, também segue como player global no próximo ano. E o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo tem tudo para voltar a ser o tricolor glorioso dos pampas. Atlético-MG, com Cuca, e Internacional, com Dunga (caso ele não pire de novo) e o Fluminense de Abel Braga completam o conjunto de grandes equipes brasileiras capazes de disputar todos os títulos do país e da América. E tirando o Atlético e o Inter, no momento, qualquer um desses é capaz de disputar qualquer coisa lá fora — basta a aplicação técnica e tática ensinadas por Tite e pela comissão diretiva corintiana.
Deixei para falar do Fluminense por último, porque acho que o tricolor das Laranjeiras foi campeão brasileiro merecidamente, revelou uma integração e um conjunto implacáveis, mas seguirei desconfiando de Fred por seu caráter e de Deco por seus músculos. Fred é um grande artilheiro, mas um detonador de ambientes. Deco é um líder nato, mas o corpo cansou antes da cabeça. Esse é o nó do Flu. É chato, é caro, embora não seja insolúvel.
Caros leitores, não tenham dúvidas: o lugar para se estar admirando o futebol em 2013 é no Brasil. Teremos uma temporada maravilhosa.
luiscp@uol.com.br
O título do Mundial de Clubes da Fifa conquistado pelo Corinthians, no lugar de coroar uma jornada de sucesso do futebol brasileiro, serve na verdade como abre-alas de dias melhores que parecem mesmo estar por vir.
O esquema tático montado por Tite, a aplicação da equipe em campo, o vigor físico revelado pelo grupo e a entrega dos alvinegros paulistas no Japão são alvissareiros não só para eles. O Corinthians jogou próximo daquilo que será a Seleção Brasileira de Luiz Felipe Scolari, mesmo que poucos corintianos figurem nas convocações do técnico canarinho.
Paulinho e Cássio, claro, estarão no grupo e tendem a ser titulares. É provável que Ralf também ascenda ao conjunto, como reserva.
Mas a repatriação de atletas nacionais dispersos pelo mundo fará de 2013 um ano interessantíssimo para o futebol local. Perdemos Lucas, e ele brilhará na França, com toda certeza. Neymar e Ganso ficaram, provavelmente Robinho voltará, e para o Santos, e posso apostar que, até o agosto, Kaká desembarcará por aqui. Renato Augusto e Alexandre Pato são nomes menores nessa constelação, Riquelme representa uma velha novidade se ainda tiver gás. A permanência de Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho também é para ser saudada a churrascadas.
Além disso, o Brasil jogará com a Inglaterra duas vezes no primeiro semestre, outra vez com a França, provavelmente enfrentará a Argentina em um amistoso antes da Copa das Confederações e na competição da Fifa que antecede a Copa do Mundo enfrentará a Itália, o México e o Japão na primeira fase. E tudo leva a crer que cruzará com o Uruguai na semifinal para fazer a sonhada final com a Espanha. Sinceramente: melhor, impossível.
O triunfo do Corinthians, paradoxalmente, pôs holofotes sobre um grande adversário regional dos “senhores do mundo”: o São Paulo. O time de Ney Franco será um dos conjuntos mais competitivos de 2013 não só aqui, mas no subcontinente e além-mar. O Santos, caso a diretoria dê condições de trabalho e reforços a Muricy Ramalho, também segue como player global no próximo ano. E o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo tem tudo para voltar a ser o tricolor glorioso dos pampas. Atlético-MG, com Cuca, e Internacional, com Dunga (caso ele não pire de novo) e o Fluminense de Abel Braga completam o conjunto de grandes equipes brasileiras capazes de disputar todos os títulos do país e da América. E tirando o Atlético e o Inter, no momento, qualquer um desses é capaz de disputar qualquer coisa lá fora — basta a aplicação técnica e tática ensinadas por Tite e pela comissão diretiva corintiana.
Deixei para falar do Fluminense por último, porque acho que o tricolor das Laranjeiras foi campeão brasileiro merecidamente, revelou uma integração e um conjunto implacáveis, mas seguirei desconfiando de Fred por seu caráter e de Deco por seus músculos. Fred é um grande artilheiro, mas um detonador de ambientes. Deco é um líder nato, mas o corpo cansou antes da cabeça. Esse é o nó do Flu. É chato, é caro, embora não seja insolúvel.
Caros leitores, não tenham dúvidas: o lugar para se estar admirando o futebol em 2013 é no Brasil. Teremos uma temporada maravilhosa.