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Pep Guardiola no Real?

postado em 11/01/2013 10:01

O Real Madrid tem todas as cartas nas mãos para executar um royal straight flush na mesa de pôquer do futebol: demitir José Mourinho e contratar Pep Guardiola.

Mourinho é uma das personalidades mais intratáveis do círculo esportivo. Além disso, já provou várias vezes que é estúpido no trato com a lógica do jogo.

Tem à sua disposição um elenco estelar há duas temporadas, no Real, e nesse período venceu apenas um Campeonato Espanhol. Foi eliminado prematuramente de duas Ligas dos Campeões.

No Chelsea, time inglês que também escorraçou a fama e o prestígio de Luiz Felipe Scolari, o português Mourinho tratou a coices e pontapés a turma da casa e saiu quase expulso pela torcida.

Guardiola está no mercado, quer voltar a encarar desafios depois de ter montado a estrutura desse Barcelona excepcional dos dias atuais, e entregar a ele o comando do maior adversário dos azuis-grenás catalães seguramente servirá como estímulo a todos: clubes, torcidas, jogadores e marketing estelar que orbita em torno do futebol.

O ex-técnico do Barcelona revelou ser um dos mais inventivos profissionais de seu setor. É rígido nos treinamentos e nas cobranças dentro de campo, porém não permitiu que um comportamento de astro pop contaminasse sua relação com o grupo.

Sinceramente, quando o Barcelona o largou pensei que seu nome pudesse ser o do pioneiro estrangeiro à frente da Seleção Brasileira. Tem competência para tal, contudo as dificuldades que se levantariam à frente dele poderiam pôr em risco ainda maiores o projeto do hexacampeonato.

Independentemente do destino de Guardiola, a saída de Mourinho do Real Madrid já parece selada. Será bom para todos, sobretudo para o grupo dos merengues da capital espanhola. E sem o chefe tantã na liderança da equipe é provável que Kaká siga em escala meteórica a sua recuperação para os padrões de alto rendimento.

Contagem regressiva
Em 28 de janeiro, Brasília sediará, a partir do Estádio Nacional Mané Garincha e para todo o mundo, a cerimônia de instalação virtual dos relógios de contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014. Estaremos, então, a exatos 500 dias do evento. Ainda falta muito para o país estar a ponto de bala, entretanto a Copa sairá da forma como o ministro Aldo Rebelo disse que sairia ao assumir o Ministério do Esporte: com a cara do Brasil, e não com a cara da Fifa. Isso não é ruim. Há determinadas e exageradas exigências da Fifa no curso da organização do evento que não coadunam com os princípios de moralidade, impessoalidade e busca do melhor desempenho financeiro a que devem perseguir os gestores públicos. A Copa sairá, a contagem definitivamente regressiva já começou e ela passa inevitavelmente por Brasília.

Luís Costa Pinto escreve às sextas-feiras no Super Esportes