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Vencedores absolutos

postado em 26/07/2013 10:56

O Atlético-MG mereceu o título de campeão da Libertadores da América do começo ao fim da competição. Foi, com o Newell’s Old Boys, o qual venceu nas semifinais, o time mais bem armado do campeonato.

Era, ainda, o clube que sabia extrair com folga e com méritos a vantagem de jogar em casa. Transformou o Independência em seu caldeirão e, no fim, vendo-o pequeno para a transbordante torcida, mimetizou no Mineirão lotado e em transe de glória o diferencial competitivo do pequeno estádio que lhe fora emprestado pelo América.

Teve em Cuca um maravilhoso estrategista. O técnico atleticano superou as próprias deficiências do passado, de pelejas nas quais quedou derrotado e buscou explicações diáfanas para dar razões ao irracional, e revelou-se um líder maduro e consequente de uma equipe muito bem montada.

Tem na diretoria um raro caso de cartolas que parecem ter evoluído dentro do contaminado meio esportivo brasileiro.

Obrigou Ronaldinho Gaúcho a chamar a si a responsabilidade de ser em campo a voz do técnico e o farol a guiar os companheiros.

Soube fazer os experientes Diego Tardelli, Gilberto Silva e Alecsandro seguirem com humildade os passos de Ronaldinho.

Reconverteu Jô em artilheiro com chances, até, de devolvê-lo de vez à Seleção — mesmo que no banco de reservas.

Revelou Bernard, uma joia rara; Victor, um excelente goleiro que desfruta de uma forma excepcional; e Michel e Marcos Rocha.

Se não passar por um desmonte, se não sucumbir à maldição dos times que vencem a Libertadores e passam a focar, erroneamente, apenas no Mundial Interclubes do fim do ano, o Atlético-MG deve voltar com seus titulares ao Brasileirão com largas chances de ser protagonista e de lutar pelo título com o Botafogo, com o Coritiba, com o Internacional e com o Cruzeiro.

Vencedores no Iguatemi

Começa hoje e estende-se até 4 de agosto, no saguão do Shopping Iguatemi, no Lago Norte, uma mostra de 60 emocionantes fotos dos principais atletas paralímpicos brasileiros. A exposição reúne parte do delicado e grandioso trabalho do repórter fotográfico Sérgio Dutti, autor do livro Vencedores, trabalho cujas imagens foram colhidas no curso dos Jogos Paralímpicos de Londres no ano passado.

A exposição é gratuita, vale a visita e seguramente emocionará a todos que forem prestigiá-la. Ao capturar as dores e as glórias dos para-atletas brasileiros que estão no topo dos rankings de suas categorias, Dutti conseguiu deixar claro que eles são especiais, não porque tenham necessidades específicas — mas, sim, porque superam marcas impressionantes a despeito de suas diferenças. Visitem a mostra. Vale a viagem.