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DA ARQUIBANCADA

Um bandeirinha fora de série

São jocosamente famosos os casos dos árbitros Joaquim Cocó e Cidinho Bola Nossa, que sempre davam um jeito de proteger o Atlético

postado em 23/02/2018 09:27 / atualizado em 23/02/2018 09:46

REPRODUÇÃO

Artilheiro com preparo físico invejável e grande capacidade de finalização na pequena área, Guilherme Dias Camilo (Fifa) deixou a sua marca no clássico aos 45 minutos do primeiro tempo: América 0 x 1 Atlético. Atacante plenamente adaptado às características e exigências do futebol contemporâneo, logo no início do segundo tempo voltou para ajudar o sistema defensivo e, aos 4 minutos, impediu que o América fizesse o gol de empate na partida, o que poderia piorar a posição ruim do Atlético na tabela de classificação: sem esforço e com extrema categoria, tirou a bola de dentro do gol, meio metro depois de ela cruzar a linha fatídica que enfurece torcedores e derruba goleiros, treinadores e dirigentes. Poxa, o cara é muito bom, fora de série no ataque e na defesa!

Durante a transmissão do clássico mineiro, o Premiere, canal pago de TV, provou com recursos eletrônicos que a bola do Atlético foi espalmada pelo goleiro Glauco, do América, antes que ela cruzasse a linha do gol. Porém, o goleador Guilherme Dias Camilo (Fifa) correu serelepe e “convicto” para o meio do campo, confirmando o gol irregular alvinegro. Depois, o mesmo canal mostrou que a bola cabeceada por Marquinhos foi tirada de dentro do gol pelo zagueiro atleticano Gabriel. Entretanto, com profunda “convicção”, Guilherme Dias Camilo (Fifa) não confirmou o gol legítimo do América.

Por uma incrível coincidência do destino, Guilherme Dias Camilo (Fifa) é o mesmo craque que não marcou o impedimento de Jô, àquela época centroavante atleticano, no gol que deu o título de campeão mineiro ao Atlético, em vitória por 1 a 0 sobre a Caldense, em 2015. A seguir, reproduzo trechos da matéria “Gol irregular tira título de Campeão Mineiro das mãos da Caldense”, publicada no jornal eletrônico PousoAlegre.net, em 4 de maio daquele ano.

“Foi por muito pouco que o futebol do Sul de Minas não foi mais uma vez campeão mineiro. Com uma campanha brilhante, a Caldense estava invicta até o último jogo e sem tomar gols há oito jogos. (...) Mas não deu. Precisando apenas do empate para levantar o caneco, a Veterana chegou a ter o bicampeonato estadual nas mãos, mas viu Jô, em posição irregular, tirar o título da Caldense. Ainda antes do término da partida, o grito de ‘Vergonha!’, emitido pelos torcedores da Caldense, tomou conta do estádio.”

“Após a derrota, os jogadores do time de Poços de Caldas atacaram o auxiliar Guilherme Dias Camilo, que, segundo eles, teria deixado de marcar um impedimento no lance. O zagueiro Plínio, capitão da Veterana, foi além e acusou o assistente de torcer para o Atlético e isso ter pesado em seu julgamento.”

Em Minas Gerais, além das presepadas acima citadas, são jocosamente famosos os casos dos árbitros Joaquim Cocó e Cidinho Bola Nossa, que sempre davam um jeito de proteger o Atlético. Tais fatos incontestáveis sugerem que, sem esses providenciais apitos e bandeiradas, o clube de Vespasiano teria em seu currículo mais derrotas que vitórias e mais fracassos do que glórias.

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