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DA ARQUIBANCADA

2 a 2: um empate que doeu

'Esse empate deixou lições: para o América chegar lá, Enderson Moreira vai ter de melhorar o vestiário e acertar nas escalações e substituições'

postado em 18/05/2018 10:00 / atualizado em 18/05/2018 10:56

LC MOREIRA/ESTADAO CONTEUDO CE

O torcedor americano está pê da vida porque a vitória sobre o Ceará colocaria o América no G-4 e acumularia uma gordura saudável em um campeonato por pontos corridos que traz movimentos naturais de subida e descida na tabela de classificação. Somar muitos pontos nas rodadas antes da Copa pode ser o diferencial para garantir a permanência na Série A e beliscar uma vaga na Sul-Americana. Alguns fatores foram decisivos para o empate com o Ceará. Vejamos.

AZAR: Enderson Moreira escalou Christian e Leandro Donizete como a dupla de volantes para iniciar o jogo. No aquecimento em campo, minutos antes da partida começar, Christian se machucou e entrou Juninho em seu lugar. Muito azar do América e de todos nós, torcedores americanos.

ARBITRAGEM:
A Regra 11 – Impedimento –, é clara em relação ao primeiro gol cearense, pois há um trecho que descreve situação de jogo parecida com a que ocorreu entre Wescley, atacante do Ceará, e o goleiro do América, João Ricardo: “Quando um jogador, em posição de impedimento, se move dessa posição (...), no caminho de um adversário que estiver indo para a bola e interfere em seu deslocamento, comete uma infração de impedimento, se impacta na possibilidade do adversário jogar ou disputar a bola”. Visivelmente, Wescley foi em direção à bola cabeceada pelo centroavante Elton e atrapalhou a defesa de João Ricardo. Wescley não tocou na bola, mas se movimentou firmemente em direção a ela. Impedimento claro, gol irregular. Tanto que o bandeirinha ficou parado na linha de fundo, invalidando o gol. Porém, o árbitro acabou por confirmá-lo. Mão grande.

VESTIÁRIO:
O América tem sido o único time do mundo que volta do vestiário pior e mais cansado do que entrou no intervalo. Foi assim no 1 a 4 contra o Vasco e nesse 2 a 2 com o Ceará. Que vestiário é esse, pessoal?

SUBSTITUIÇÕES: Enderson Moreira tem todos os méritos pela conquista da Série B, em 2017. Na Série A, em 2018, foram boas as vitórias sobre Sport e Vitória. E mesmo nas derrotas para Flamengo e Palmeiras (Copa do Brasil), a equipe jogou bem e mereceu o respeito de todos. Porém, no empate com o Ceará, as entradas de Renan Oliveira, Magrão e Wesley nada acrescentaram. Pelo contrário: o time, medrosamente recuado, perdeu o poder de marcação e de contra-ataque. Judivan e Ademir vão estrear em 2018?

ARBITRAGEM:  O árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO) não marcou falta na disputa entre o pé alto de um jogador cearense e a cabeça do zagueiro Matheus Ferraz. A jogada prosseguiu, Elton disputou com Messias e se jogou ao chão. O árbitro não apontou pênalti (que não houve), deu a Lei da Vantagem e a jogada seguiu com a bola indo aos pés de outro atacante do Ceará, que chutou e João Ricardo defendeu. Foi aí que Eduardo Tomaz (persona non grata) voltou atrás e assinalou pênalti contra o América. Gol irregular. Apito assassino!

Esse empate deixou lições: para o América chegar lá, Enderson Moreira vai ter de melhorar o vestiário e acertar nas escalações e substituições.

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