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DA ARQUIBANCADA

Adilson Batista, uma incógnita

'Uma coisa é certa: sistema defensivo fechado é importante, não tomar gols é importante, mas fazer gols é mais importante ainda'

postado em 17/08/2018 10:19

Edesio Ferreira/EM/D.A Press

Adilson Batista estreou com vitória do América sobre o Internacional por 2 a 1. Na sequência, derrotou o Santos, na Vila Belmiro, por 1 a 0, mas o time passou um sufoco sem tamanho: foram mais de 30 chutes a gol dos “meninos da Vila”! Felizmente, nenhuma bola chegou ao fundo das redes de João Ricardo. O terceiro jogo foi contra o Palmeiras, no Independência, um 0 a 0 morno, em que cada equipe teve apenas duas chances de gol. As principais foram um pênalti mal cobrado por Jean e bem defendido pelo goleiro americano e um belo chute de Ruy que explodiu na quina da trave do arqueiro palmeirense. Apesar dos sufocos, até aí tudo bem, com sete pontos conquistados em nove disputados. Aproveitamento de 77,7%, rendimento que, se continuado, levaria a equipe a ser campeã no final da competição.

Porém, como não há bem que sempre dure... Veio o confronto com o Bahia, em Salvador. Adilson Batista escalou o time de maneira escalafobética, com três zagueiros, três volantes, dois laterais-esquerdos e dois meias, sem nenhum atacante! E o esquema tático também foi novidade mundial: 10-0.... Com isso, entrou em campo nitidamente para empatar em 0 a 0 e, sejamos justos, quase conseguiu, não fosse a falha de João Ricardo que propiciou o chute à queima-roupa de Gilberto, um artilheiro de pés cheios.

Terminada a partida com a derrota do América para o Bahia, em grupos fechados de americanos na internet a turma caiu de pau no treinador. O mínimo que se disse lá é que o espírito do Professor Pardal baixou no corpo e na alma de Adilson Batista. A escalação e o esquema tático escalafobéticos foram duramente criticados, e os nomes de Wesley, Gérson Magrão, Judivan e Renan Oliveira foram xingados e xingados até a 15ª geração de suas famílias.

Apesar da derrota, o América desceu apenas um degrau na tabela e está na 11ª posição, uma colocação razoável. Ainda assim, há torcedores em dúvida e temerosos com relação ao jogo com o Fluminense: qual esquema tático Adilson Batista utilizará?. Uma incógnita. Insistir no 10-0 e na escalação de certos jogadores é levar o Coelhão para passear no brejo. Segundo esses torcedores, Ruy está sendo muito exigido ao ter de exercer a dupla função de 10 (armador, criador) e de 9 (finalizador, goleador). Por isso, acreditam que o retorno ao time de um lateral de origem, mais as escalações de Christian e/ou Zé Ricardo, Matheusinho, Ademir e/ou Marquinhos podem trazer a qualidade que a equipe titular deixou de ter na batalha perdida da Fonte Nova.

Uma coisa é certa: sistema defensivo fechado é importante, não tomar gols é importante, mas fazer gols é mais importante ainda para um clube que pretende permanecer na Primeira Divisão do futebol brasileiro e que para isso precisa de vitórias para somar pontos e atingir o número mínimo de 45 para alcançar seu objetivo em 2018.

O torcedor também quer acreditar que os atletas recém-contratados têm qualidade para ajudar o América a permanecer na Série A. Vão estrear quando, Adilson Batista?

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