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DA ARQUIBANCADA

Hora e vez do óbvio ululante

"Adilson Batista tem de conseguir fazer o time do América ser mais ofensivo, 'fominha', goleador"

postado em 28/09/2018 10:37 / atualizado em 28/09/2018 11:05

Mourão Panda / América
Para falar do que o América precisava (e continua precisando) fazer para se manter na Primeirona, na coluna passada citei o óbvio ululante de que falava Nélson Rodrigues. Vou insistir nele, já que a situação do Coelho continua a mesma na competição. Quer dizer, subiu um pontinho ao empatar com o São Paulo, mas, para descompensar, o número de rodadas a disputar diminuiu. Na dança matemática das possibilidades, somamos um, mas deixamos dois pontos para trás.

Incluindo o jogo de amanhã, contra o Corinthians, faltam 12 partidas para o final do Brasileirão. O América tem de somar 14 pontos para chegar aos 45, número que especialistas calculam ser bastante para um time permanecer na Série A. Como é esse o objetivo definido no início do ano pela diretoria americana, cabe a Adilson Batista (foto) e aos jogadores se esforçarem em campo para alcançá-lo. Dessas 12 partidas que restam, a metade delas será no Independência, onde o Coelho é mais forte, é Coelhão. Ou seja, a vitória sobre o Corinthians amanhã é fundamental para começar de maneira positiva a escalada de conquista dos pontos almejados.

Portanto, voltemos a falar o óbvio ululante: time que não chuta em gol não faz gols; time que não faz gols não vence; time que não vence não conquista os pontos necessários para ficar na Série A. Até hoje, Adilson Batista mostrou preferência por esquemas táticos defensivos, pouco ofensivos. A prova está nos 10 gols marcados nas 12 partidas como treinador do América, menos de um gol por jogo. Somando antes e depois de Adilson, o América fez 25 gols em 26 jogos. Pouco. Isso tem de ser mudado com urgência. Senão o time não conseguirá as vitórias e os pontos de que necessita para ficar entre os 16 classificados para disputar a Primeirona em 2019.

Para servir de base sólida ao que afirmo, basta olhar a tabela de classificação e comprovar que os seis clubes melhor classificados são aqueles que fizeram mais gols: São Paulo (37); Palmeiras (38); Internacional (33); Flamengo (38); Grêmio (34); Atlético-MG (42). Mais que ser a essência, a meta, o ponto-chave do futebol, que encanta, emociona e faz vibrar as torcidas, o gol é o que diferencia um time vencedor de um perdedor. Olhando lá embaixo na tabela do Brasileiro’2018, vemos que o Paraná fez apenas 11 gols em 26 partidas. Resultado: é o lanterna do campeonato. Quem não faz gols...

Acima do Paraná, na ZR e na parte de baixo da tabela, onde está o América, o número de gols feitos varia de 19 a 30: Santos (11º, 30 gols); Botafogo (12º, 26); América (13º, 25); Vitória (14º, 26); Bahia (15º, 26); Vasco (16º, 30); Chapecoense (17º, 27); Ceará (18º, 19); Sport (19º, 21). Ou seja, o Coelho faz uma campanha mediana tanto em termos de colocação quanto em número de gols marcados. Conclusão: Adilson Batista tem de conseguir fazer o time do América ser mais ofensivo, “fominha”, goleador. Espero que essa nova fase comece amanhã.

Ah, sim. A jogada que resultou no gol do Matheusinho, contra o São Paulo, foi genial!

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