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BOLADAS E BOTINADAS

Falso domínio

postado em 14/11/2017 11:00


Em debate, a famigerada posse de bola. Houve um tempo em que ela significava vantagem. Era coisa de time que sabia jogar, que envolvia o adversário com o toque de bola. Mas ocorria sempre a finalização, o gol. Então, estar com a bola significava chance maior de vencer. Pois bem. A qualidade das equipes caiu, algumas usam a chamada experiência de seus jogadores mais experientes para segurar o jogo, eles ficam mais tempo com a bola, mas não demonstram categoria ou fôlego para converter em gols tal expediente. Tocam a bola para o lado, para trás, até para o alto. Mas gol que é bom...

Todo mundo já teve um amiguinho na infância que ganhava uma bola de couro sempre que pedia. Alguns, embora apaixonados pelo esporte, não tinham o dom, não sabiam fazer embaixadinhas ou tocar a bola. Mas, por motivos óbvios, eram sempre escalados nos timinhos. Quando se chateavam, pegavam a bola, botavam debaixo do braço e se mandavam. Tinham a posse de bola, mas não sabiam usá-la. Muitos times são assim.

Na Pampulha
O Cruzeiro entrou para jogar contra o Fluminense com pouca vontade. Levou um gol, irritou seu treinador e parecia estar a caminho de uma derrota. Pois no vestiário o bicho pegou, porque o time voltou para o segundo tempo com outra postura, se lembrou de que era superior ao adversário e fez o dever de casa. O jogo ficou fácil.

Futuro
É bom lembrar que o Cruzeiro tem planos ambiciosos para 2018. Assim, quem estiver entrando em campo precisa entender que cada partida será um teste, mais um espaço para observação de cada jogador. Alguns estão perdendo a chance.

Febre amarela?
O Atlético foi para o jogo contra o Bahia com um time muito mexido. Aliás, cartão amarelo no Atlético parece virose ou febre, todo mundo tem, que coisa! O jogo foi complicado mais pela falta de entrosamento na defesa do que pelo futebol do time baiano. Mas o resultado foi ruim, a Libertadores ficou um pouco mais difícil.

Oficina do Oswaldo
Oswaldo de Oliveira deu uma ajeitada na bicicleta e, se o Robinho não está pedalando, pelo menos está chegando às redes adversárias. Já há quem diga que, sem Fred, Robinho joga muito mais, tem pista livre para atacar.

Fiasco
Seja qual for o resultado final, o Atlético não apagará o fiasco de 2017. É bom lembrar que se o presidente Daniel Nepomuceno errou, não pode ser o único a ser culpado, tem que dividir os tropeços com quem o colocou no cargo.

Não traz felicidade. Nem entrosamento...
Clubes que gastaram os tubos tentando montar equipes competitivas se deram muito mal. Palmeiras, Atlético e Flamengo estão abaixo do que se esperava. Investiram alto, mas em campo tropeçaram na bola.

Cegueira coletiva
Os mesmos senhores que ignoram as pisadas na bola do Thiago Silva, aquele que não cobra pênalti, comete penalidades bobas e quer ser capitão, estão destacando uma falha, eu disse uma falha, de Jemerson contra o Japão. Que dureza!

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