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BOLADAS E BOTINADAS

O homem de US$ 10 milhões

postado em 16/01/2018 12:00 / atualizado em 16/01/2018 09:55

Son Salvador/EM/D.A Press

Foi nos anos 70 que a TV lançou uma série chamada O Homem de seis milhões de dólares. Era um cara meio gente e meio robô. Os tais seis milhões significavam uma grana tremenda. Muito dinheiro. Coisa inimaginável para quem vivia à custa de uma moeda fraca que se curvava diante da inflação galopante. Pois descubro que o time da Toca da Raposa envolveu num negócio com o Botafogo o homem de US$ 10 milhões. Coisa de fazer inveja ao Lee Majors, ator dos velhos tempos. Não acredito que o Bruno Silva seja devolvido ao Botafogo. Mesmo com a situação complicada do Rony. Seria um vexame medonho. Mas alguém pisou na bola. Como envolver numa negociação um jogador que não pertence ao Cruzeiro? Porque esta é a situação do Rony.  Depois de tudo certo, depois de tudo anunciado, o Albirex Niigata entra na história e diz que o jogador é seu e que, para cedê-lo para quem quer que seja, exigirá a módica quantia de US$ 10 milhões. Então, um negócio que o Cruzeiro fez pensando em gastar pouco poderá ser um dos mais caros. Mas fica aquela dúvida: alguém conferiu a documentação do Rony? Alguém exigiu que ele mostrasse sua liberação? É só isso, é só conferir a documentação. Caso se confirme a cobrança japonesa, estaremos diante de um mico tamanho gigante, um mico de US$ 10 milhões.

MAIS MULTA

A situação do Fred segue indefinida. Mas a multa a ser paga ao Atlético deverá ser discutida entre o jogador e o Cruzeiro. O Galo fez uma negociação com o camisa 9, não tem que se preocupar com o clube rival. Agora, se alguém prometeu ao atacante pagar sua multa, que o faça.

COMPLICADO

Pior que o Galo na tal Florida Cup, só os comentários malucos do Trump. Um time, quando sai do Brasil, busca divulgar sua marca. Então, precisa pensar muito bem se vale a pena. O que o Atlético fez foi ruim para o seu marketing. Levou um time que não tem a menor chance de enfrentar uma disputa mais séria. Gente despreparada, jogadores sem inspiração para o ataque e sem um futuro promissor. Claro, alguns poderão se salvar, mas a barca que o clube levou aos EUA naufragou. O grande problema não foram as derrotas, foi a ruindade de certos jogadores.

NÃO DÁ

Por mais que o clube pense em dar chance a alguns jogadores, terá que entender que alguns não podem jogar no Atlético. O grau de exigência tem que ser outro, essa vocação para sparring não combina com o que o torcedor atleticano quer ver em campo. E ainda há quem diga que foi uma experiência boa. Com todo respeito, pode ter sido boa para os adversários.. Jogador com medo de chutar a gol, jogador tropeçando na bola... que coisa!

FISCALIZAÇÃO

O Governo quer coibir a lavagem de dinheiro no futebol. Se está buscando solução para tal expediente, é porque já constatou que ele existe. Houve um tempo em que uma ação fiscalizadora atrairia as atenções e a ira da chamada “Bancada da Bola”. Talvez hoje seja possível cobrar um pouco mais de transparência. Mas fico com um pé atrás. É muito dinheiro em jogo.

ESTADUAL

Ninguém irá disputar o Campeonato Mineiro de graça. Então, o que se espera é que haja um pouco mais de respeito. Claro, acho que ideal seria exigir que cada clube colocasse em campo pelo menos três jogadores da sua base, gente com menos de 23 anos com chance de se afirmar. Falta investimento na juventude, faltam as revelações. Mas a competição é válida.

RIGOR?
A Ponte Preta foi punida, terá que jogar com torcida única durante 2018. Ou seja, fora de casa não terá cota, mas em casa, no Moisés Lucarelli, seus torcedores estarão presentes. E querem saber de uma coisa? Aposto que, mesmo sem a torcida adversária, os baderneiros de plantão encontrarão uma maneira de saírem no tapa.