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BOLADAS E BOTINADAS

O dilema

postado em 23/01/2018 12:00

ste começo de temporada é um tanto complicado. As grandes equipes entram em campo com times reformulados, testam novas contratações e se preparam para uma maratona de ano inteiro. Já as equipes menores, em sua maioria, entram em campo com times formados de última hora. Mas existem as exceções, aqueles que já estão treinando há algum tempo justamente pela falta de compromisso no segundo semestre do ano anterior. Então, estamos vendo em campo as disputas de quem pretende mostrar alguma coisa em um curto espaço de tempo e aqueles que investem na preparação de elencos caros que terão pela frente campeonatos, taças e copas bem mais exigentes que um campeonato estadual. No entanto, o torcedor quer ver seu time vencer e, com razão, avalia que um grupo de jogadores que recebe salários milionários não pode se contentar com tropeços diante de adversários que pagam salários modestos. Assim sendo, os empates dos chamados grandes da capital, utilizando equipes alternativas ou não, deixaram, sim, um tom de derrota.

FUTEBOL NÃO É PIZZARIA

E muito bonito falar em rodízio entre jogadores. E, convenhamos, com um calendário tão bagunçado e sem critério como o do futebol do nosso continente fica mesmo difícil escalar o mesmo time sempre. Mas se existe um ganho físico, se algumas peças são preservadas para momentos decisivos ou competições de maior apelo, por outro, o futebol coletivo perde muito. Se os próprios treinadores reclamam de tempo para ajustar suas equipes, como adotar um entra e sai na equipe titular? Podem até citar o exemplo do Grêmio, que foi campeão da Libertadores. Mas não se esqueçam de que ele perdeu um Brasileirão em que o campeão patinou várias vezes. Ainda agora, o Grêmio está mandando a campo no estadual gaúcho o time C. Isso mesmo, nem o B foi usado. Mas fica a pergunta: o torcedor que vai a campo se contenta com isso?.

LENTO
O time do Cruzeiro empatou com a Caldense porque o adversário se contentou em se defender, o que é um direito de cada equipe. Só que o time de Poços de Caldas contou com a lentidão do ataque azul. Faltou explosão, faltou a jogada rápida, principalmente pelos lados do campo. É um começo de temporada, mas esse defeito precisa ser corrigido.

FALTOU

Sem o Alisson, cedido ao Grêmio, De Arrascaeta passa a ser o jogador com maior poder de ligar o meio campo ao ataque. Aquele jogo rápido e criativo, as fintas, as infiltrações agora ficam por conta dele. Sua ausência deixa o time sem a gana ofensiva, sem o poder de desequilibrar o sistema tático da defesa adversária.

MAIS UM
Com a chegada do Edílson, certamente Mano Menezes terá uma boa opção de articulação de jogadas pela lateral direita, além das boas cobranças de faltas. É mais uma peça que poderá recuperar a consistência ofensiva do time azul.

NÃO DEU
Dizem que pé de coelho dá sorte. No caso do América, às vezes ele é assim. Mas também causa tropeços. Contra a URT foi assim. Depois de fazer 1 a 0, o time do Coelhão tropeçou na sua falta de fôlego. Realmente, começou o ano numa sequência difícil de jogos. Mas será que o único problema é o cansaço? Talvez o time esteja precisando de algumas peças.

DEMOCRACIA
PODE DAR NISSO!

O Democrata de Governador Valadares deu toda liberdade ao time atleticano. Que, aliás, mostrou que não tem mais aquele ataque que mantinha o freio de mão puxado, que cavava faltas ridiculamente e que não corria. Pois bem, democraticamente, o Galo ganhou o meio de campo, deu liberdade ao volante Elias (que acabou atuando como meia atacante) e viu o Róger Guedes estrear em grande estilo. O adversário foi limitado, mas o Galo soube fazer o resultado.