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BOLADAS E BOTINADAS

Resultado justo

postado em 06/03/2018 09:14


O clássico pode ter sido um jogo de muitas faltas e de muito nervosismo, mas o resultado final foi justo. Tanto pelo jogo mostrado pelo Cruzeiro no domingo, quanto pelo que o time azul vem fazendo no Campeonato. O gol de Raniel, que tem tudo para ser um grande artilheiro, definiu muito bem o jogão. Sei que um treinador muitas vezes tem que pensar muito antes de escalar um jovem atleta e, normalmente, o torcedor não entende isso. Então, faço a ressalva, mas digo que finalmente o Mano Menezes entendeu que o reserva do centroavante tem que ser alguém da mesma posição. Investir no toue de bola, no jogo bonito que faz do meio campo um local de exibição é um show. Mas ninguém finaliza... Então, com toda certeza, o que definiu o clássico não foi apenas o gol do jovem artilheiro celeste, mas também a sua presença. Abrindo espaços e dando um trabalhão aos zagueiros do Galo.

A RAZÃO DO MANO
O treinador do Cruzeiro reclamou durante a disputa. Disse ele que o Leonardo Silva estava querendo apitar o jogo. E estava mesmo! A cada marcação do apitador era aquela confusão, tremendo bate papo e ninguém se entendia – tipo reunião de condomínio quando o síndico permite o debate inútil. Esse talvez seja o principal problema da arbitragem mineira. Com poucas exceções, os árbitros estão sempre na mira de quem pretende influenciar o seu trabalho. Mas o Cruzeiro poderia ter colocado em campo o seu representante para assuntos de arbitragem, o Rafael Sobis.

EU TE PROPONHO...
A frase tirada de uma música do Roberto Carlos me lembra que chegou mais um modismo ao futebol. Agora, o interessante é dizer que a equipe tal tem que propor o jogo, ou que um time não pretendia propor, ou ainda que é obrigação de quem joga em casa propor. Que coisa! É muita proposta para pouco jogo.

FALTARAM DOIS
O árbitro economizou nos cartões. Por duas vezes deixou de utilizar o vermelho. Numa delas, o Erik deu uma joelhada no adversário caído; na outra, foi o Leo que deu um catiripapo no Ricardo Oliveira. Foram lances bem claros, não deixaram dúvidas. Mas o quarteto de arbitragem não se manifestou ou contemporizou. Edílson levou o segundo amarelo por se irritar com a gana do Otero. O atacante foi aquele jogador que insistiu nas jogadas sem medo de cara feia.

LENTIDÃO
O Atlético precisa definir se vai mesmo jogar à base de contra-ataque. Fechar-se na defesa, no momento, é uma necessidade. Mas a saída para o ataque tem que ser rápida, não pode ficar prendendo a bola no meio campo ou insistindo nos passes para trás. Não dá para jogar em velocidade olhando pelo retrovisor. Também ficou claro que Leonardo Silva, em que pese a sua vontade de vencer, não é o jogador ideal para fazer lançamentos longos. Errou todos.

DEVENDO
Sei que a bola não está chegando ao ataque como deveria, sei que o Atlético segue sem um criador de jogadas no meio-campo. Mas o Ricardo Oliveira precisa se acertar logo com os colegas de ataque. Centroavante vive de gols.

MARCHA LENTA
Thiago Neves será sempre um jogador importante dentro do grupo cruzeirense, mas nas duas últimas partidas mostrou que precisará de um pouco mais de ritmo de jogo. Terá que se recondicionar aos poucos, mas a melhor maneira de buscar a forma ideal será jogando.

LEVANTOU POEIRA
E quando todo mundo pensava que Belo Horizonte havia encerrado seu carnaval, por sinal um dos melhores do Brasil, eis que todo mundo se agita. Neymar chegou, foi mais um acontecimento que destacou a cidade, quase um carnaval temporão. Mas o moço foi bem atendido, bem operado e já se mandou. O carnaval agora está por conta de São Pedro, que lá de cima avisa cantando aquela marchinha: “As águas vão rolar...!!!!!!!”

PENOSAS
E eu que venho elogiando om preparo dos goleiros brasileiros, de repente vejo uma rodada em que tivemos falhas absurdas. Frango caipira, frango de granja, frango ensopado. Mas o que mais chamou a atenção foi o Martin Silva. o goleirão uruguaio que ainda ha pouco salvou o time na Libertadores, aceitou uma daquelas penosas absurdas. Mas vida de goleiro é assim mesmo , uma pequena bobeada, um minuto que o camarada se perde imaginando o que fazer depois do jogo, a bola escapa.

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