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BOLADAS E BOTINADAS

Visitante bonzinho. De novo

"Não adianta jogar bem, mostrar um bom futebol, se o placar for desfavorável"

postado em 12/06/2018 13:57

O América perdeu para o Grêmio e volta a Belo Horizonte afirmando que merecia melhor sorte, que jogou bem, que encarou o adversário. Realmente o time do Enderson Moreira fez uma partida muito boa. Ocorre que, não adianta jogar bem, não adianta mostrar um bom futebol durante os 90 minutos, se ao final do confronto o placar for desfavorável. Tudo cai por terra, os três pontos ficam com o adversário. Acredito que o Coelhão esteja passando por um aprendizado. O Brasileirão é uma competição dificílima e, se o time americano quer manter as esperanças que plantou em seu começo de campanha, precisará colocar os pés no chão. Não adianta estar bem taticamente. Tem que fazer mais gols que o adversário, do contrário as coisas se complicarão. E não venham com a desculpa de que depois da Copa tudo será diferente. Pelo contrário, a tendência é de que tehamos muito mais competitividade.

APAGÃO
De repente o Cruzeiro parece estar com o freio de mão puxado. Deu uma travada, não consegue fazer gols. Mas o time já deixou uma impressão ruim contra o Vasco. Ali, jogando em casa, com sua torcida apoiando, com uma equipe teoricamente superior, não podia empatar. Tinha que vencer. Mas se complicou. Contra a Chapecoense, o time cruzeirense sabia que iria enfrentar uma equipe de muita pegada no meio-campo e tendo como estratégia principal o desenfreado Apodi – aquele que corre mais que notícia falsa no Facebook. Quando o lateral turbinado pegou a bola pela direita, teve tempo de passar marcha, acelerar... Nem quebra-mola ele encontrou pela frente. Fez o cruzamento e o Bruno Silva meteu pé, mão e alma na bola. Marcou. Mas convenhamos, a marcação da defesa do Cruzeiro chegou mais atrasada que a energia elétrica.

PELAS BEIRADAS
O Cruzeiro não gosta de jogar utilizando os cruzamentos pelo alto na área adversária. Mas tudo é uma questão de momento, sem muita criatividade no meio-campo, resta buscar as jogadas pelas laterais e a conclusão quase sempre é um cruzamento. Pode não ser bonito, pode não ser o futebol dos sonhos, mas é uma maneira de servir aos atacantes. Os adversários do Cruzeiro estão povoando o meio-campo, dobrando marcação e esperando um erro da defesa azul. Jogo manjado, que exigirá uma mudança de postura do time da Toca.

OFTALMO
Digam-me: quanto recebe por partida aquele cara que fica uniformizado atrás do gol? Afinal, ele não está fazendo nenhum favor. No entanto, no jogo entre Cruzeiro e Chapecoense o cara não viu um toque de mão que todo mundo enxergou. Foi de uma inutilidade total, não fez o seu trabalho. Vai ver o cara é árbitro de vôlei...

NO HORTO
O Fluminense pode ter suas limitações, mas é treinado por um dos melhores técnicos do Brasil. O cara faz milagres, revela jogadores, monta equipes que jogam um futebol objetivo. Mas o Atlético foi muito superior. Mesmo com a defesa falhando nos dois gols da equipe carioca, a reação foi fantástica. Mesmo com um Cazares mais acanhado que violino em baile funk. O time produziu bem no seu setor ofensivo. Com a entrada do Luan a coisa ficou melhor definida, o time ganhou movimentação e agressividade. Sobrou espaço para Róger Guedes e Ricardo Oliveira finalizarem.

O DRAMA
O torcedor atleticano não quer a saída do Róger Guedes. E, como disse o Abel Braga, sair para os Emirados Árabes poderá prejudicar sua carreira. Mas o jogador é apenas o produto. Atrás dele estão clubes, empresários e o sonho de ficar rico de vez. O torcedor tenta argumentar, diz que no Galo até o final do ano ele será mais valorizado, que terá que passar por uma adaptação, que nos Emirados ele não poderá pintar os cabelos, que o futebol de lá não é competitivo... Na verdade, só uma coisa poderá segurar o jogador até o final da temporada: dinheiro.

CARA OU COROA?
Muitas caras deverão deixar o nosso futebol durante a famigerada janela de meio de ano. Já posso imaginar nossos clubes correndo atrás de coroas. Aqueles moços com idade vencida no futebol do exterior, que voltam para jogar pouco e ganhar muito.

VIDA DURA
A cada rodada do Campeonato Brasileiro, observo o drama vivido pelo quarto árbitro. Administrar birra de treinador é coisa difícil. O árbitro central erra e o coitado do auxiliar tem que escutar poucas e boas. Além do grito da torcida, o cara escuta aquela lamentação. Talvez a solução fosse aquele tampão de ouvido que evitaria a poluição sonora.

NORMAL
Calma gente. O Flamengo perderá alguns jogadores durante a Copa. Mas a arbitragem vai continuar a mesma.

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