Bem, depois do jogo contra a Chapecoense o Thiago Larghi disse que iria conversar com o elenco, afinal, o time não havia mostrado competitividade naquele jogo. Foi um vexame, uma atuação vergonhosa. Pois bem, depois do jogo contra o América, quando a equipe mostrou os mesmos defeitos, cheguei a uma conclusão. O time do Atlético é surdo. Não escuta treinador, diretor, e o pior, não escuta os apelos do torcedor. A equipe voltou a jogar aquele futebolzinho de passes para trás. Uma enrolação dos diabos. O América mereceu vencer, e só não o conseguiu porque o Victor segurou tudo. Jogou muito.
TIME POR TIME
Comparando as duas equipes, o América mereceu vencer o clássico. Mesmo com uma equipe limitada e sem centroavante, o time do Adilson Batista fez o goleiro atleticano trabalhar dobrado. A saída para o ataque do time do Coelhão era mais objetiva, era mais rápida. Enquanto o sistema defensivo americano errou pouco, anulou o Ricardo Oliveira.
SOLIDÃO
Há quem critique o centroavante atleticano. Mas a verdade é que ele não tem com quem jogar. É só verificar quantos passes ele recebeu durante o jogo. Luan poderia ser seu companheiro de ataque. Mas é escalado como marcador para liberar o Elias que segue sem posição definida.
INVISÍVEL
Cazares segue naquele seu estilo, que engana alguns mas não engana a todos. Rende pouco, quando o jogo é bem disputado, fica alí no meio assistindo a partida sem pagar ingresso. É de uma frieza impressionante. Mas tem cadeira cativa....
ATENÇÃO
O América tem lutado em campo, mas precisará mostrar um pouco mais. Não basta que o treinador diga que o clube não vai cair para a Segunda Divisão. Tem que mostrar isso em campo. E, convenhamos, nos últimos jogos a sua posição na tabela piorou muito. Ficar de bobeira perto da zona de rebaixamento é um risco temendo.
FILME ANTIGO
O Galo corre o risco de fazer o papel de flanelinha. Pode estar prestes a entregar a classificação para a Libertadores a outro clube. O Santos, por exemplo, parece estar embalado, pronto para atropelar o Galo.
TROPEÇO
O Cruzeiro foi ao Rio de Janeiro com um time reserva e perdeu para o Vasco. Nos últimos tempos resolveram chamar o time reserva de 'alternativo'. Bobagem, é reserva mesmo. Não muda o status nem muda o futebol de alguns jogadores. O time titular do Cruzeiro, o que está com a mão na Copa do Brasil, não perderia em São Januário, é muito superior. Mas o Vascão não tem nada com isso, precisava de uma vitória e a conseguiu. Depois do jogão de quarta-feira, seja qual for o resultado, o time do mano Menezes precisa encarar o Brasileirão com o que tiver de melhor.
A MÁGICA
Jogador Fabrício, aquele lateral que passou pelo Cruzeiro depois de brigar com a torcida do Internacional, jogava pelo Vasco no domingo. Errava todos os passes, não conseguia dialogar com a bola. Foi para o vestiário no intervalo vaiado, E o torcedor do Vasco se desesperou ao ver que ele voltava para o segundo tempo. Errou mais um passe. Tinha gente querendo invadir o gramado. Pois bem, na segunda bola que pegou na segunda etapa, foi à linha de fundo e cruzou para o primeiro gol do Vasco. Saiu depois de campo aplaudido, virou herói. É a magia do futebol...
PALAVRAS SÃO PALAVRAS...
Há algum tempo a palavra sofrer ocupou muito espaço no noticiário esportivo. Diziam que um time tinha que saber sofrer. Não sei de onde tiraram isso, mas o certo é que, aos poucos, estão deixando o sofrimento de lado. Ainda bem. Agora surgiu a palavra profundidade. O time não ataca e dizem que ele não tem profundidade. Não sei se vai pegar, mas o certo é que nosso futebol já está num buraco danado, não precisa de profundidade.