Mágica

Situação complicada a do América. Enfrentar o Cruzeiro, já refeito das comemorações pelo título da Copa do Brasil será uma empreitada complicada. Falta ao América força de ataque. Até que a defesa se vira, segura, evita gols. Mas do meio-campo para a frente falta aquela efetividade. Com uma tabela dificílima, resta ao time do Adilson Batista a missão de tirar um coelho da cartola. Mas enfrentará um dos melhores times do Brasil, que aliás, não está melhor colocado na tabela de classificação por ter se dedicado a uma outra disputa.

Lisca Doido tem sido cantado e decantado como grande treinador. Realmente o que ele vem fazendo no comando do Ceará merece destaque. No entanto, é bom lembrar que alguns treinadores se destacam em equipes menores e se complicam em clubes maiores. Me lembro do Silas, do Péricles Chamusca, e até do Givanildo. Se deram bem dirigindo elencos competitivos e sem estrelas, mas se deram mal quando tiveram que lidar com figurinhas carimbadas.

O Cruzeiro já pensa em reforços. Realmente, se fizermos um balanço do que o time reserva mostrou quando foi acionado, veremos que algumas peças falharam. Time titular o Mano tem, no entanto, o elenco necessita algumas mudanças.

Quem era a favor do VAR começa a refazer seu conceito. No entanto, é bom lembrar que o aparelho não erra, quem erra ou acerta é o seu operador. A dúvida que fica é se os árbitros estão preparados para bancarem suas interpretações depois de rever um lance. A maioria tem demonstrado uma tremenda fragilidade diante da opinião do auxiliar. É uma necessidade, o futebol precisa ser mais justo. Mas falta entrosamento entre as partes envolvidas.

Muita gente sonhou com uma final de Libertadores entre Palmeiras e Grêmio. Seria uma final brasileira. No entanto River e Boca Juniors farão uma final argentina. Em que pese erros de arbitragem e até descumprimento de punição de treinador, convenhamos, o segredo dos argentinos foi a competitividade. Nunca desistiram.

A bronca da torcida atleticana veio até com um certo atraso. Ver um time sem gana, sem rumo e sem  inspiração, com jogadores de futebol mediano se comportando como se fossem craques consagrados, acabou com a paciência dos atleticanos.

O atual presidente tem lá sua parte de culpa, mas não seria o único. A atual administração carrega o peso dos erros cometidos por diretorias anteriores. A conta chegou e o clube foi acionado até na FIFA. No entanto, a ideia de transformar o clube em vendedor foi equivocada. Antes de vender é preciso revelar. Não adianta ficar buscando jogadores no exterior para reciclar. O maior erro do Atlético foi manter durante muito tempo um trabalho que não dava certo em sua base.

E o torcedor, que já estava chateado, teve que ouvir a declaração de que o Atlético poderá negociar Emerson. Ora, o lateral nem chegou direito, nem mostrou tudo o que pode, e já está ponto para ser negociado com entrega em domicílio. Assim não dá.