Conversei com Andrey e sua esposa apenas uma vez, no dia que cheguei a Sochi. Eles são de Moscou e estavam hospedados no mesmo hotel que eu à espera de Portugal e Espanha, que jogam hoje, em Sochi. Quarta-feira, quando viram que eu estava perdido e atrasado para pegar o trem para Rostov do Don, Andrey não hesitou: pegou seu carro e sinalizou para eu embarcar, que me levaria à Estação Central de Sochi, guiado pelo GPS (ele também não sabia o caminho).
No caminho, com ajuda do Google Tradutor, Andrey me explicou que morou um ano na Espanha e que lá também teve dificuldades, e encontrou pessoas dispostas a ajudar. Por isso, aprendeu que sempre deve ajudar alguém que está em seu país.
Durante a conversa, me mostrou o perfil de um amigo, também jornalista, que havia acabado de postar uma foto da Praça Vermelha com gente do mundo inteiro, principalmente árabes, festejando a abertura da Copa do Mundo – Rússia e Arábia Saudita jogaram ontem a primeira partida do Mundial. A Rússia está lotada de latino-americanos, africanos, asiáticos e europeus e, pelos próximos 30 dias, vão ocupar o mesmo espaço. É uma confraternização universal. Quem não gosta de Copa, bom sujeito não é.