Não é fácil encontrar um russo que fala qualquer idioma estrangeiro, em especial, o inglês. Também, pudera. Durante quase todo o século passado, os Estados Unidos foram inimigos dos soviéticos, sobretudo na Guerra Fria. Produtos culturais estrangeiros só começarama entrar em território russo – pelo menos, legalmente –, com a abertura econômica e cultural promovida por Mikhail Gorbachev.
Foi nos anos 1980 que se viu, por exemplo, o boom do rock’n roll. Dois anos anos do fim oficial da União Soviética (que ocorreu em 26 de dezembro de 1991), várias bandas americanas e britânicas desembarcaram em Moscou e, pelo relato de músicos e bandas, foi surpreendente como os russos cantavam todas as músicas.
Hoje, é mais fácil encontrar adolescentes e jovens adultos que dominam o inglês, mas é raro com os mais velhos que viveram no período comunista. Mas não tem sido uma barreira, com a ajuda do celular tem sido possível entender o que os russos pensam sobre o Mundial: a paixão pelo futebol, a felicidade por receber jornalistas estrangeiros ou as críticas, que aparecem nas conversas informais.
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