Ontem, dia seguinte ao empate do Brasil com a Suíça por 1 a 1, bandeiras do Brasil ainda eram vistas, mesmo sem brasileiros por perto. Um café 24 horas a caminho do Centro da cidade exibia na entrada as cores verde e amarelo – provavelmente, presente de algum torcedor. A atendente do hotel em que fiquei hospedado se despediu com um “bom dzia”, enquanto o motorista do Yandex – um aplicativo local similar ao Uber –, me perguntava curioso sobre a opinião dos brasileiros sobre a cidade (uma curiosidade compartilhada em quase todas as conversas).
Rostov não costuma fazer parte dos roteiros dos turistas pela Rússia, que normalmente se restringem a Moscou, São Petersburgo, Kazan e, no máximo, ao balneário de Sochi. Por isso o povo de Rostov ficou tão surpreso e entusiasmado com a animação dos brasileiros, que armaram rodas de samba improvisadas às margens do Rio Don e foram em passeata até a Arena Rostov – enquanto russos se acotovelavam nas muretas para tirar uma foto dos brasileiros.
Na coletiva depois da partida, Tite, polidamente, disse que não teve tempo para aproveitar a cidade, já que a Seleção Brasileira chegou na sexta à noite, saiu apenas para treino e jogo e retornou a Sochi logo depois da partida. Mas agradeceu a receptividade. É o mesmo sentimento dos torcedores brasileiros, que descobriram um lado pouco convencional e turístico da Rússia.