Copa do Mundo
None

HISTÓRIA DAS COPAS

1990 - Itália

Seleção Brasileira ficou marcada pela chamada 'Era Dunga'

postado em 23/04/2018 21:48 / atualizado em 04/06/2018 14:51

Jorge Gontijo/EM/D. A Press
 Em 1990, a Itália igualou o México como país duas vezes sede da Copa do Mundo. A competição ficou marcada como a de pior média de gols na história – 2,21 por partida. Em função da estratégia defensiva ao extremo adotada por algumas seleções, a FIFA alterou algumas regras como o recuo de bola e a adoção dos três pontos por vitória. 

Um dos destaques do Mundial na Itália foi a Seleção de Camarões, liderada pelo veterano Roger Milla, então com 38 anos. Ele reconsiderou a aposentadoria a pedido do então presidente do país africano e seu amigo pessoal, Paul Biya. Os camaroneses, que surpreenderam a Argentina na estreia, vencendo por 1 a 0, só pararam nas quartas de final, com derrota para Inglaterra (3 a 2) em duelo emocionante. 

Apontada como candidata ao título por contar com uma grande geração de atletas como Marco Van Basten, Rudd Gullit e Frank Rijkaard, Ronald Koeman e outros, a Holanda, campeã da Eurocopa de 1988, não confirmou a expectativa e caiu diante da Alemanha Ocidental, por 2 a 1, nas oitavas de final.  

A Copa do Mundo de 1990 marcou a despedida de nações como União Soviética, extinta com o fim do comunismo e desmembrada em 15 países, e Iugoslávia, dividida por causa de violenta guerra civil separatista, transformada em sete repúblicas. A antiga Tchecoslováquia também foi dividida, só que de forma pacífica, entre República Tcheca e Eslováquia. Ainda no contexto político, a Alemanha Ocidental, que viria a conquistar o Mundial sobre a Argentina, iniciara processo de reunificação com a queda do Muro de Berlim e disputou a competição pela última vez como nação dividida. 

Jorge Gontijo/EM/D. A Press

O Brasil, comandado pelo técnico Sebastião Lazaroni, caiu nas oitavas de final ao perder para a rival Argentina, por 1 a 0. A Seleção Brasileira ficou marcada pela chamada ‘Era Dunga’, que se transformou em espécie de vilão em uma equipe pouco inspirada ofensivamente e muito pragmática. Contra os argentinos, os brasileiros tiveram em Claudio Cannigia o grande carrasco. Ele recebeu passe de Maradona, que limpou vários adversários pelo meio e lançou de forma precisa para o atacante driblar Taffarel e tocar para as redes. 

Jorge Gontijo/Estado de Minas - 25/06/1990

Depois da eliminação, o lateral-esquerdo Branco causou polêmica ao contar que ficou zonzo após tomar água em uma garrafinha cedida pelo massagista Miguel di Lorenzo, da Argentina. Em 1993, o caso foi confirmado pelo argentino, que admitiu dois tipos de água distintos, uma para os brasileiros e outra para os albicelestes.  

POSIÇÕES

Campeão: Alemanha Ocidental
Vice: Argentina
3º lugar: Itália
4º lugar: Inglaterra

Artilheiro: Toto Schillaci (Itália) – 6 gols

TRAJETÓRIA DA CAMPEÃ, ALEMANHA OCIDENTAL

Primeira fase
Alemanha Ocidental 4 x 1 Iugoslávia
Alemanha Ocidental 5 x 1 Emirados Árabes Unidos
Alemanha Ocidental 1 x 1 Colômbia

Oitavas de final
Alemanha Ocidental 2 x 1 Holanda

Quartas de final
Tchecoslováquia 0 x 1 Alemanha Ocidental

Semifinal
Alemanha Ocidental 1 x 1 Inglaterra (4 x 3 nos pênaltis)

Final
Argentina 0 x 1 Alemanha Ocidental

TRAJETÓRIA DO BRASIL

Primeira fase
Brasil 2 x 1 Suécia
Brasil 1 x 0 Costa Rica
Brasil 1 x 0 Escócia

Oitavas  de final
Brasil 0 x 1 Argentina

Tags: dunga 1990 itália