A Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, pode ser lembrada por feitos e fatos inéditos. A Seleção Espanhola deixou para trás o rótulo de ‘time amarelão’ em momentos decisivos e conquistou o título pela primeira vez.
O primeiro Mundial em continente africano também reservou a queda inédita do campeão e do vice da edição anterior, Itália e França, na fase inicial. Os sul-africanos, dirigidos pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, também deram adeus na primeira etapa, o que jamais havia acontecido com anfitriões.
Nesta Copa, a artilharia também foi dividida por quatro jogadores pela primeira vez na história. Villa (Espanha), Sneijder (Holanda), Muller (Alemanha) e Forlán (Uruguai), com cinco gols, foram os protagonistas nesse quesito.
No período da Copa, Lula encerrava seu segundo mandato e preparava a vitória de Dilma Rousseff, eleita em outubro a primeira mulher presidente do Brasil. Enquanto isso, na África do Sul, Nelson Mandela era reverenciado por seu legado político e humanitário.
O Brasil foi à Copa com uma equipe forte, mas com o técnico Dunga contestado por não levar Neymar e Paulo Henrique Ganso. Os dois jovens do Santos, à época com 18 e 20 anos, respectivamente, eram as maiores promessas do futebol brasileiro. Kaká, eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2007, era o craque brasileiro na competição.
No Grupo G, a Seleção Brasileira passou sem sustos na chave que tinha Portugal, Costa do Marfim e Coreia do Norte - os portugueses ficaram com a segunda vaga. Nas quartas de final, vitória tranquila da equipe de Dunga sobre o Chile. Nas oitavas, o Brasil saiu na frente da Holanda, jogava melhor, sofreu o empate e teve um colapso nervoso. Felipe Melo foi expulso e Júlio Cesar falhou em saída de bola cruzada na área que culminou com o gol da vitória adversária. Após a queda, o volante e o treinador acabaram sendo apontados como os maiores culpados pela desclassificação.
A Espanha, mesmo sem um ataque brilhante - foi o pior entre os campeões, com oito gols -, teve o equilíbrio de Xavi e Iniesta para fazer prevalecer seu toque de bola e a eficiência de seu jogo trabalhado. Teve a melhor defesa da história, com o capitão e goleiro Iker Casillas sendo vazado apenas duas vezes.
A Copa também é lembrada pelas Vuvuzelas (cornetas de sopro que atormentaram em uníssono os estádios), a Jabulani (bola oficial da competição, contestada principalmente pelos goleiros, que diziam que ela mudava de direção), o Polvo Paul (molusco do aquário da cidade de Oberhausen, na Alemanha, usado para “prever” os resultados dos confrontos) e pela música ‘Waka Waka - Time for Africa’, da cantora colombiana Shakira.
POSIÇÕES
Campeão: Espanha
Vice: Holanda
3º lugar: Alemanha
4º lugar: Uruguai
Posição do Brasil: 6º lugar
Artilheiro da edição: Thomas Müller (Alemanha); David Villa (Espanha); Wesley Sneijder (Holanda) e Diego Forlán (Uruguai), com 5 gols cada
TRAJETÓRIA DO CAMPEÃO
Primeira fase
Espanha 0 X 1 Suíça
Espanha 2 X 0 Holnduras
Chile 1 X 2 Espanha
Oitavas
Espanha 1 X 0 Portugal
Quartas
Paraguai 0 X 1 Espanha
Semifinal
Alemanha 0 X 1 Espanha
Final
Holanda 0 X 1 Espanha
TRAJETÓRIA DO BRASIL
Primeira fase
Brasil 2 X 1 Coreia do Norte
Brasil 3 X 1 Costa do Marfim
Portugal 0 X 0 Brasil
Oitavas
Brasil 3 X 0 Chile
Quartas
Holanda 2 X 1 Brasil