Copa do Mundo
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MINAS E AS COPAS

EM acompanha a Seleção Brasileira desde o primeiro Mundial, no Uruguai

Cobertura da participação brasileira em Copas começou em 1930, ano em que um megafone inovou a cobertura ao vivo em BH

postado em 23/04/2018 20:52

Seleção Brasileira é a única que participou de todas as edições da Copa do Mundo de futebol. E o Estado de Minas, que comemora em 2018 seus 90 anos, cobriu todas elas. No ano do Mundial da Rússia, nada melhor do que revisitar os grande momentos de glória e de dor dos brasileiros pelos gramados do mundo. E tudo começou em 1930. Por meio de um megafone, repórteres que estavam em contato telefônico com a sucursal do jornal no Rio de Janeiro, que por sua vez estava conectada com outra equipe no Uruguai, davam todas as informações praticamente em tempo real sobre a estreia da Seleção na primeira Copa do Mundo. Cerca de 3 mil pessoas se aglomeraram em frente à sede do Estado de Minas em BH e acompanharam o gol de Preguinho, na derrota para a Iugoslávia por 2 a 1, e depois na goleada sobre a Bolívia por 4 a 0, os dois jogos disputados pelo Brasil. Depois do fiasco na Itália, em 1934 – ano em que o primeiro mineiro foi convocado para a Seleção, Heitor Canalli –, quando ficou em 14º lugar, a terceira colocação na França, em 1938, já dava mostras do talento brasileiro para o esporte bretão.

Por causa da Segunda Guerra Mundial, só em 1950 o Mundial voltou a ser disputado, e no Brasil. BH sediou três jogos no Estádio Independência, inaugurado com o jogo entre Iugoslávia x Suíça. Mas a derrota na final por 2 a 1 para o Uruguai, no Maracanã, calou o país. Quatro anos depois, apenas uma quinta colocação na Suíça. Mas em 1958, um mineiro de Três Corações, ainda com 17 anos, explodiria nos gramados suecos e, ao lado de Zagallo, Garrincha, Didi e Gilmar, levaria o Brasil ao primeiro título mundial. Na final contra a Suécia, Pelé marcou dois na goleda por 5 a 2. Em 1962, seria a vez do gênio das pernas tortas conduzir a Seleção ao bicampeonato, no Chile.

Em 1965, foi inaugurado o Mineirão, que fortaleceu muito os times da capital mineira. Tanto que no ano seguinte foi convocado o primeiro jogador de um clube do estado para a disputa de uma Copa. O cruzeirense Tostão participou do grupo que conseguiu apenas uma mera 11ª posição em 1966, na Inglaterra. Em 1970, uma desacreditada Seleção Brasileira encantou o mundo no México. Com Pelé, Tostão, Rivelino, Gérson, Jairzinho e companhia, o Brasil chegou ao tricampeonato com seis vitórias e goleada na final (4 a 1 sobre a Itália).

A partir daí, foram 24 anos de jejum. Em 1982, na Espanha, a Seleção de Telê Santana era a favorita para o título, mas um certo italiano chamado Paolo Rossi acabaria com o sonho do tetra. Somente em 1994, com Romário e Bebeto comandando o ataque canarinho, os brasileiros comemorariam o quarto título mundial, nos Estados Unidos. Em 1998, o penta estava perto, mas os anfitriões franceses não deixaram e com um sonoro 3 a 0, liderado por Zinedine Zidane, acabaram com o sonho.

Sonho que viria a se tornar realidade quatro anos depois, na primeira Copa disputada no continente asiático. Nos gramados da Coreia e do Japão, em 2002, brilhou a estrela de Ronaldo, fenômeno que surgiu 8 anos antes no Cruzeiro e ganhou o mundo. O camisa 9 marcou os dois gols da vitória sobre a Alemanha na final. O volante atleticano Glberto Silva também teve papel importante na conquista.

Mas não foi pela derrota na decisão de 2002 que o país germânico ficou marcado na história do futebol brasileiro. Depois de fracassos em 2006 e 2010, a esperança do hexa ficou mais forte em 2014. Na segunda Copa disputada no Brasil, a equipe de Felipão chegou à semifinal sem seu maior craque, Neymar, que se machucou na partida contra a Colômbia, pelas quartas de final. O palco do duelo em busca da vaga na final foi o Mineirão e o mundo voltou os olhos para Belo Horizonte para o jogo Brasil x Alemanha. Mas ninguém imaginaria o que viria acontecer no Gigante da Pampulha. Com um uniforme vermelho e preto, em alusão ao Flamengo, os alemães aplicaram a maior goleada já sofrida pela Seleção Brasileira: 7 a 1. E, para finalizar, a Holanda completou a humilhação na disputa pelo terceiro lugar com um doído 3 a 0.

Ao longo das 20 Copas do Mundo e às vésperas da 21ª, na Rússia, a tecnologia revolucionou as coberturas da imprensa e novas plataformas surgiram. Hoje as informações são instantâneas e podem ser obtidas a qualquer momento, de quase todo lugar. 

Em tempos de computadores, tablets e smartphones, o jornal tem a missão de trazer ao seu leitor aquilo que ele não verá nas outras mídias, além de análises profundas sobre os fatos. O portal precisa de agilidade, variedade e qualidade de informação. E o leitor terá tudo isso à disposição nas páginas do Estado de Minas e no portal Superesportes em mais esta grande cobertura da maior competição do futebol mundial.

Esse é apenas um resumo da história dos 88 anos de participações brasileiras em Copas do Mundo contada pelo Estado de Minas ao longo de sua existência e que você poderá relembrar a partir de agora.