"Estou muito triste, mas desejo que façamos um bom início de Mundial e que possamos vencer", declarou um Lopetegui visivelmente consternado, na saída do "quartel general" da Espanha na Copa, na cidade de Krasnodar.
O surpreendente anúncio da demissão de Lopetegui foi uma resposta da entidade à decisão do treinador de romper seu contrato unilateralmente com a seleção ao fim do Mundial da Rússia para comandar o time do Real Madrid. O acerto entre o técnico e o clube espanhol, que perdeu Zinedine Zidane recentemente, foi feito na terça.
Presidente da RFEF, Luis Rubiales deixou claro que a causa da dispensa foi a decisão do treinador de negociar contrato com o Real Madrid sem avisar a entidade. A irritação foi ainda maior graças à renovação de contrato que a entidade havia acertado recentemente com o treinador, até a Eurocopa de 2020.
Diante da decepção com a posição da diretoria da RFEF, e com supostas intervenções de alguns jogadores a favor de sua saída, Lopetegui foi bastante perguntado sobre o sentimento que fica em relação à entidade e aos atletas. E, repetidamente, avisou: "Não vou responder sobre isso".
O treinador evitou maiores polêmicas e limitou-se a garantir que seguirá torcendo por um desempenho positivo da Espanha na Copa. "Quero simplesmente que façamos um grandíssimo Mundial", afirmou. "A mensagem (para os jogadores) é que temos uma equipe muitíssimo boa e espero que ganhemos o Mundial."
Sem Lopetegui, a Espanha será comandada no Mundial pelo ex-zagueiro Fernando Hierro, que tem uma curta carreira como treinador. Sua estreia acontecerá logo na primeira partida do país na Copa, diante de Portugal, nesta sexta-feira, às 9 horas (de Brasília), em Ecaterimburgo.