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SELEÇÃO BRASILEIRA

"Não tem jogo ganho de véspera", diz Dadá Maravilha sobre empate do Brasil na estreia

Seleção Brasileira apenas empatou com a Suíça, por 1 a 1

postado em 18/06/2018 08:40 / atualizado em 18/06/2018 09:51

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O que passa na cabeça de um tricampeão mundial que mudou de lado e se transformou em torcedor? Para Dario José dos Santos, o “Rei Dadá”, de 72 anos, fazer parte da torcida torna ainda mais especiais os jogos da Seleção Brasileira. “Passa um filme na cabeça da gente, relembrando o México’1970, Pelé, Tostão, Gérson, Rivelino, Carlos Alberto, Zagallo... Enfim, todos.”

Brasil e Suíça em campo, na Rússia, e, assim que começa, Dario faz uma crítica. Compara seu tempo com os dias atuais. “A gente jogava por amor. Hoje, não há respeito com o torcedor. Os jogadores não dão autógrafo, não tiram fotos. Eles se afastaram da torcida. Antes era diferente, e gente tinha um estímulo a mais com essa convivência.”

No início da partida, ele demonstra preocupação. As duas mãos no queixo e, tão logo a Suíça cria uma chance para marcar, fica boquiaberto. “Que é isso? Não pode.” Mas logo o Brasil equilibra o jogo e começa a ditar o ritmo. O ex-atacante elogia Willian: “Vai ser o destaque do Brasil na Copa”. O Brasil perde gols e Dario se indigna.

Sai o gol do Brasil. Ele vibra. Diz que se lembra dos tempos em que atuava. “Que tapa na bola ele deu. Impressionante. Tem uma visão de gol rara nos jogadores atuais.” Em seguida, o zagueiro Thiago Silva cabeceia, no ataque, e manda a bola para fora. O comentário é inevitável: “Se fosse o Dadá, não tinha conversa. Era bola na rede. Como eles erram cabeçadas. É fácil”.

O segundo tempo começa, e Dario vai da tranquilidade à irritação, com o empate suíço. “Foi um gol de Dadá. De cabeça. Ninguém subiu com o atacante deles. Não pode.” Não vê mais o Brasil do primeiro tempo. “Assim não dá. O Neymar não solta a bola. Isso me faz lembrar o Pelé. Se estivesse em campo, ele encostaria e mandaria passar a bola. Era assim que fazia.”

O jogo termina empatado e Dario vê uma lição a ser aprendida: “O Brasil precisa ter aprendido hoje (ontem) que não tem jogo ganho de véspera. Não há favorito na Copa. Espero que o time se empenhe mais, lute mais. Faltou isso”.

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