Para o craque do Liverpool, a Copa foi uma grande decepção. Ele chegou à Rússia com a possibilidade de entrar na briga direta com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo pelo posto de melhor jogador do mundo. Era o azarão, mas estava no páreo. Também levava consigo o sonho de um país inteiro. Ele havia sido o responsável pelo gol da classificação nas Eliminatórias Africanas que recolocou o Egito na Copa após 28 anos.
Depois de se contundir na final da Liga dos Campeões, o atacante fez tratamento intensivo para se recuperar de uma lesão no ombro para jogar a Copa. Carregou a nação ao seu lado em sua recuperação. Mostrou otimista e sorridente nos treinos. Antes da estreia, o técnico Héctor Cúper afirmou que só um imprevisto não o escalaria. Ele não entrou na derrota para o Uruguai.
O atacante fez sua estreia nesta terça-feira, mas não conseguiu evitar o drama africano. Sua atuação foi apenas razoável com o gol de honra, feito de pênalti após auxílio do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês) ao paraguaio Enrique Cáceres. Na hora da penalidade, foi preciso. Bateu no alto e forte, sem chances de defesa.
No restante do jogo, teve duas chances claras, uma na etapa inicial e outra no segundo tempo, mas finalizou mal as duas. Parecia sem ritmo de jogo, sem pegada, embora a partida fosse decisiva. Não foi o Salah que hipnotizou o futebol inglês ao longo da temporada com o recorde de gols.
Em outros lances, apenas tocou de lado tentando organizar uma equipe com poder ofensivo quase nulo e que dependia basicamente dele.