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Vídeo revela mais um caso de assédio a mulheres na Rússia envolvendo mineiros

Morador de Januária, no Norte de Minas, assedia duas mulheres em vídeo

postado em 20/06/2018 21:18 / atualizado em 21/06/2018 11:24

Reprodução/redes sociais

Com Luiz Ribeiro, de Montes Claros

Um segundo caso de assédio promovido por torcedores mineiros na Rússia, durante a Copa do Mundo, veio à tona nesta quarta-feira. Depois de um vídeo produzido por Leandro Dias, de Montes Claros, viralizar e ser repudiado nas redes sociais, outra gravação surgiu com participação de dois homens. Um deles é chamado de Thiago durante interação com duas russas. Assim como em outros flagrantes registrados no Mundial, as mulhares são induzidas pela dupla de brasileiros a falar palavras obscenas.
Reprodução/redes sociais

Tão logo o vídeo passou a circular em redes sociais, o homem que aparece com as duas russas, chamado de Thiago, foi identificado como empresário de Januária, cidade do Norte de Minas. As redes sociais dele foram apagadas, o que dificultou a confirmação das denúncias. 

No vídeo, o torcedor identificado como Thiago pede às russas que repitam algumas palavras e frases obscenas em português. Elas claramente não dominam o idioma e não sabem o que os termos significam. “Buc...lôra. Mineiros é foda (sic). Eu vou dar para Thiago (nesse momento, o amigo, que faz a gravação, completa com o que parece ser o sobrenome “Botelho”)”. Em seguida, ele insiste e pede que ela pronuncie outra frase: ‘Eu vou dar buc... lôra para Thiago”. Por fim, a segunda russa repete: “Cu do Brasil”.

Em outro vídeo, divulgado mais cedo nas redes sociais, um mineiro identificado como Leandro Dias, comerciante de Montes Claros, também assedia uma mulher estrangeira e pede que ela fale palavras de baixo calão em português. Imediatamente, moradores da cidade passaram a repudiar a gravação. 

Reprodução/redes sociais




Superesportes ouviu o Consulesa da Rússia em Belo Horizonte e um especialista em direitos internacional sobre o tema. Os brasileiros envolvidos e identificados em casos de assédio correm o risco de pagar multa e até serem expulsos do país da Copa.

Outros episódios que vieram a público

Os casos de assédio e insultos vieram a público por meio de vídeos compartilhados nas redes sociais. Num dos incidentes, seis homens induzem uma mulher estrangeira, que não conhecia o idioma português, a falar palavras obscenas referentes à cor de seu órgão sexual. O caso ganhou grande repercussão na imprensa brasileira. O primeiro identificado foi o advogado Diego Valença Jatobá, ex-secretário de Turismo, Esporte e Cultura de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Ele exerceu o cargo durante a gestão do prefeito Pedro Serafim (PDT) e já foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), em 2015. Diego descumpriu o artigo 89 Lei de Licitações (Lei Federal nº 8.666/93) e firmou, sem licitação, 12 contratos ilegais com atrações artísticas em nome da prefeitura de Ipojuca. O segundo é o tenente da Polícia Militar de Santa Catarina, Eduardo Neves. A identidade do oficial foi confirmada pela corporação na manhã desta terça-feira. O terceiro é o empresário Luciano Gil Mendes Coelho. O jornal piauiense O Dia revelou que ele já foi preso em uma operação da Polícia Federal que desarticulou esquema de desvio de dinheiro público. A fraude ocorreu em licitações da prefeitura de Araripina, em Pernambuco, no ano de 2015, quando Luciano ocupou cargo de inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI).

O segundo episódio foi provocado pelo supervisor de aeroportos Felipe Wilson, então funcionário da companhia aérea Latam. Ele instigou três mulheres a repetir a frase: “eu quero dar a b... para vocês”. Assim que tomou conhecimento da ocorrência, a Latam desligou Felipe do seu quadro de funcionários, alegando ‘respeito ao seu código de ética e conduta’. 



Em outra circunstância, o brasileiro Lucas Marcelo pediu para que duas crianças estrangeiras repetissem termos com conteúdos chulos e homofóbicos. Um dos garotos seguiu as orientações do rapaz, enquanto o outro permaneceu calado.



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