Um misto de tristeza pela derrota e de amor pela camisa azul e branca: esse era o clima no restaurante Pizza Sur, reduto argentino de Belo Horizonte, após a vitória croata por 3 a 0, na tarde desta quinta-feira. O estabelecimento ficou lotado de hermanos, que saíram frustrados com a iminente eliminação do time de Messi na Copa do Mundo da Rússia.
“A decepção é muito grande, mas (da maneira) como estava jogando o time, a derrota era esperada. Quando perdemos de 6 a 1 para a Espanha já foi um sinal do que estava acontecendo”, analisou Gustavo Román, nascido na Patagônia e morador do Brasil há 18 anos. Fardado com uma camisa da Argentina e rodeado de itens do Boca Juniors, o torcedor concedeu a entrevista em meio aos cantos apaixonados dos colegas.
Nascido em Búzios, no Rio de Janeiro, Jivago Fonseca torce para os hermanos graças ao espírito de raça da seleção. “Ainda que tenha sido com derrota, sentir a garra da torcida foi demais. Que possa vir uma classificação em segundo lugar e que possa mudar o ambiente do time. Se não é sofrido, não é Argentina”, disse o brasileiro.
Entre os demais torcedores, havia comparações com a última eliminação da seleção na fase de grupos, ocorrida na Copa de 2002. De acordo com os argentinos, a geração de Lionel Messi ficará marcada como fracassada.
O técnico Jorge Sampaoli também foi alvo de críticas. Para os torcedores, a escalação do goleiro Wilfredo Caballero, do Chelsea, não se justificou, após a falha do arqueiro no primeiro gol croata.
Apesar do revés, a Argentina ainda pode se classificar. Para isso, o time precisa de uma combinação de resultados, além de vencer a Nigéria na próxima terça-feira (26), em São Petersburgo, às 15h.