"Os mais bravos com Sampaoli são Lionel Messi, Sergio Agüero, Javier Mascherano e Lucas Biglia", pontua o jornal. Eles são considerados os principais líderes da equipe. A turma teria ido conversar com o presidente da AFA e pedir a mudança do comando técnico para tentar salvar o time no Mundial. O problema, porém, é que para mandar Sampaoli embora, a federação teria de pagar multa rescisória de US$ 16 milhões (cerca de R$ 61 milhões) ao treinador, algo que é inviável no momento para a entidade.
Assim, a tendência é que os jogadores passem a decidir quais mudanças devem ser feitas na equipe e vão ignorar as ordens do técnico. Na prática, os jogadores tomaram o comando da Argentina na Rússia.
"Os subordinados e o suposto líder apenas falam o suficiente entre si como que para aparentar para o público que a relação entre todos está normal. Mas a realidade é outra: o clima é péssimo", garante o jornal, um dos principais veículos de comunicação da Argentina.
Por fim, os atletas é que devem definir a escalação e possíveis alterações táticas para a partida contra a Nigéria.
A Argentina chega na última rodada da fase de grupos sem depender apenas de suas forças para se classificar. Se a Argentina empatar ou perder para a Nigéria estará eliminada. Se vencer, dependerá do jogo entre Islândia e Croácia, que se enfrentam na mesma hora. Se a Islândia vencer, a vaga poderá ser definida pelo número de gols, pelo número de cartões amarelos ou até mesmo em sorteio. A Croácia lidera o Grupo D com seis pontos e já garantiu vaga para a próxima fase da Copa.
No treino deste domingo, em Bronnitsi, perto de Moscou, o semblante dos jogadores era fechado. Não houve sorrisos e quase não se viu conversas.
Desmentido
O Clarín afirmou que o atacante Sergio "Kun" Agüero, companheiro de quarto de Lionel Messi, desmentiu a informação veiculada pelo jornal em conversa por telefone com o presidente da Argentina, Mauricio Macri. Os dois teriam se falado na sexta-feira, quando Macri ligou para Agüero para saber como estava "o espírito da equipe".
Macri e Agüero estreitaram o relacionamento às vésperas da Copa, em um churrasco de despedida organizado pela federação argentina. Em sua resposta ao presidente, Agüero admitiu que o espírito da equipe não era o melhor, mas transmitia esperança. Ele afirmou que "não havia nenhum movimento para tentar tirar Sampaoli do cargo", e que os jogadores não se insurgiram contra o treinador.
Agüero foi um dos atletas que jogaram lenha na fogueira da relação dos jogadores argentinos com o treinador.