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CENTENÁRIO DO AMÉRICA

América homenageia personalidades e lança produtos em festa dos 100 anos

Evento no Palácio das Artes celebrou o centenário e apresentou várias novidades

postado em 30/04/2012 21:46 / atualizado em 01/05/2012 09:57

Tulio Santos/EM/DAPress

Em festa no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, que reuniu mais de mil pessoas, o América celebrou nesta segunda-feira, 30 de abril, cem anos de existência. A diretoria do clube aproveitou o evento para homenagear grandes americanos, presidentes, jogadores, treinadores e autoridades, como o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que recebeu o título de sócio benemérito em gratidão pela construção do Novo Estádio Independência.

”O governador passa a ser o único sócio benemérito pela construção do Novo Independência e pelo que tem feito pelo esporte mineiro. Sendo único, fica realçada ainda mais a admiração que nós temos por ele”, disse o presidente Afonso Celso Raso, um dos integrantes do conselho de administração do clube.


Na festa, o América expôs os seus principais troféus, como os do decacampeonato mineiro de 1916 a 1925, o da Série B de 1997 e o da Série C de 2009, além dos seus vários uniformes, que ajudaram a contar os cem anos de existência.

”Hoje é o ponto de encontro do passado, do presente e do futuro do América. Essas camisas simbolizam vitórias ao longo do tempo. Nesses cem anos tivemos contratempos, mas temos muito mais o que comemorar do que lamentar. Grandes figuras do passado, que fizeram o América, estão aqui presentes e essa festa está à altura do centenário”, acrescentou Afonso Celso Raso no Palácio dos Artes.

Selo, enciclopédia e camisas


Na festa, o clube lançou o selo do centenário, que será difundido em vários países, a Enciclopédia do América, de autoria de Carlos Paiva, e as duas camisas do centenário: uma verde e branca, e outra predominantemente vermelha, com uma faixa branca horizontal na altura do peito. Inicialmente, foi aberta uma votação à torcida para que a camisa do centenário fosse escolhida. Apesar de leve preferência do público pela vermelha, a diretoria decidiu eternizar as duas como símbolos dos cem anos.

Tulio Santos/EM/DAPress
A camisa verde e branca recorda o modelo de 1913, quando esse era o uniforme número dois do Coelho. O traje, que tem quase cem anos, foi usado com mais frequência até a década de 1970, quando o América aderiu à camisa verde e preta.

A camisa vermelha nasceu em 1930. O tom numa cor diferente foi criado em protesto contra a imposição da Liga que administrava o futebol mineiro. De um lado, Atlético e Cruzeiro – à época Palestra Itália -, se juntaram para forçar uma mudança e pôr fim ao amadorismo. Com opinião contrária, o América foi ameaçado de ser excluído da disputas se não aderisse ao profissionalismo. Em protesto, o clube passou a jogar de vermelho. O uso dessa camisa durou cerca de 10 anos e se tornou um símbolo de resistência americana.

O primeiro campeonato profissional de futebol em Minas Gerais foi realizado em 1933. O torneio contou com a presença de nove equipes: América, Atlético, Palestra Itália (Cruzeiro), Retiro, Villa Nova, Siderúrgica, Tupi, Tupynambás e Sport Club Juiz de Fora. O campeão foi o Leão de Nova Lima.

Documento histórico

Afonso Celso Raso destacou a importância da Enciclopédia do América como documento histórico. “Era um sonho antigo nosso, em que estamos resgatando a história que começa em 1912, o decacampeonato (1916-25), os fatos principais, as conquistas, e todos os jogadores que passaram pelo América. Esse é um trabalho espetacular do Carlos Paiva, inclusive com o melhor banco de dados dos clubes brasileiros”.

Marcus Salum, outro presidente integrante do conselho de administração, espera agora que o América conquiste o Campeonato Mineiro sobre o Atlético para engrandecer ainda mais o ano do centenário. “Só falta isso, é o que a torcida do América espera”, destacou o dirigente na festa dos cem anos, no Palácio das Artes.

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