Seleção Brasileira muda rotina de Venda Nova, mas com menos torcedores que em 2013

Uma rua onde “não passa nem mosquito” em um dia normal, segundo a moradora Raisa Lima Gomes, virou ponto de espera de jornalistas, teve policiamento reforçado, presença do Exército e sobrevoos de helicópteros. Tudo por conta da Seleção Brasileira, que treinou no Sesc Venda Nova, nesta sexta-feira, como preparação para o jogo das oitavas de final da Copa do Mundo, contra o Chile.

Raisa, de 28 anos, mora na rua Maria Borboleta, que dá acesso ao Sesc. Ela gostou da mudança de rotina da sua vizinhança com a Seleção. Mas lembra que em 2013, quando o Brasil treinou no Sesc durante a Copa das Confederações, o ambiente estava mais agitado. “A rua estava tomada por torcedores. Tinha muito mais gente. Tinha mais policiamento também”, lembra.

Nesta sexta-feira, alguns vizinhos acompanharam a movimentação nos arredores do Sesc. As crianças estavam mais animadas e queriam ter contato com o atacante Neymar. Mas, ao mesmo tempo que a Seleção se aproxima fisicamente, ela continua distante. “Não tem nem como ver os jogadores. A gente só lamenta isso. Seria legal tirar fotos, pegar autógrafos. É tudo fechado. E a gente não tem condição de comprar os ingressos, porque são muito caros”, afirma Raisa.


Além dos vizinhos do Sesc, amigos de Santa Catarina foram na portaria do clube para tentar algum contato com os jogadores. João Roberto Golfreto e mais três companheiros de aventura estão viajando o Brasil em uma Kombi 2009, acompanhando jogos da Copa do Mundo.

“Já passamos por Curitiba, São Paulo, Fortaleza, Natal, Recife, Brasília, além de Belo Horizonte”, afirma João. “A Kombi já está com 115 mil quilômetros rodados”, destaca.

Neste sábado, João e seus três amigos catarinenses estarão presentes no Mineirão, onde vão acompanhar, a partir de 13 horas, o duelo que dá vaga a Brasil ou Chile nas quartas de final do Mundial.