MINEIRÃO

Palco de vexame e jogos memoráveis, Mineirão se despede da Copa do Mundo com belas histórias

Funcionários que trabalharam durante o Mundial tiveram o último gostinho da Copa

postado em 08/07/2014 20:09 / atualizado em 11/07/2014 15:06

Gilmar Laignier /Superesportes

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Seis jogos, 345.350 mil torcedores e a saudade que já bateu. O Mineirão viveu, nas últimas semanas, momentos inesquecíveis desde seu primeiro jogo na Copa do Mundo, há 24 dias, entre Colômbia e Grécia, até a partida mais importante de sua história, nesta terça, entre Brasil e Alemanha. O duelo marcou também a despedida mineira do principal evento de futebol do planeta e o maior vexame da história da Seleção Brasileira.

Mas, nem só decepções viveu o Gigante da Pampulha no Mundial. A invasão de torcedores colombianos e argentinos, a animação exótica dos argelinos e a vitória suada do Brasil sobre o Chile foram outros momentos memoráveis presenciados em Belo Horizonte. Nesta terça, logo após a goleada da Alemanha sobre o Brasil por 7 a 1, parte da estrutura do estádio começou a ser desmontada, como as hastes metálicas dos gols no gramado.

Gilmar Laignier/Superesportes
A reportagem conversou com funcionários que trabalharam no estádio durante a Copa, que, já em clima de despedida, consideraram o saldo positivo. A vigilante Lílian Lopes, de 30 anos, tinha a função de controlar o acesso dos credenciados no estádio. “Foi muito bom participar da Copa. Algumas vezes tive uma certa dificuldade na comunicação com alguns estrangeiros, mas, em geral, foi uma experiência ótima. A parte ruim foi ter que ficar tão perto dos jogos sem poder assistir a nenhum, pois meu local de trabalho é nos corredores internos”, disse a vigilante.

O caso do estudante Mateus Teixeira, de 21 anos, foi ainda mais “ingrato” do que o de Lílian. Ele foi voluntário de um projeto do governo federal e sua função era ficar fora do estádio ajudando os torcedores estrangeiros. Engana-se, porém, quem pensa que Mateus se queixou. “Foi uma experiência fantástica, gostei muito de ver o encontro de tantas culturas diferentes e povos distintos aqui do lado de fora do Mineirão. Eu gosto mesmo é de ver essa confraternização, então nem me importei tanto em não poder assistir aos jogos”, revelou o universitário. “Valeu a pena, um mega evento desses não ocorrerá tão cedo de novo por aqui”, completou.

Novas amizades na Copa

Quem trabalhou na Copa também pôde desfrutar da companhia de novas amizades durante o evento. A estudante de jornalismo Melissa Rachid, de 23 anos, foi voluntária no centro de imprensa e conta que a experiência profissional foi apenas uma das boas lembranças.

Gilmar Laignier/Superesportes

”Minha função foi coordenar os jornalistas, auxiliá-los nas entrevistas coletivas, entregando os rádios (de tradução simultânea). Então pude praticar meu inglês todos os dias, tive contato com vários repórteres consagrados e já estou pensando em me inscrever para ser voluntária nos Jogos Olímpicos, pois foi uma experiência muito rica”, explicou Melissa.

”Fora da parte profissional, posso dizer que o melhor da Copa foi a amizade com os outros voluntários. Depois de todos os jogos no Mineirão, nossa turma saiu para confraternizações em bares. Foi muito legal o intercâmbio cultural. Fiz amizade com dois alemães muito simpáticos. Havia também duas mexicanas no nosso grupo”, finalizou a estudante que, logo depois do jogo do Brasil, foi curtir a festa de despedida dos voluntários.

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