Nesta terça-feira, Joachim Löw entrou para a história do futebol como o treinador da equipe que impôs a pior derrota à Seleção Brasileira em todos os tempos. Para o comandante alemão, uma pane entre os anfitriões da Copa do Mundo foi fator determinante para a goleada da Alemanha por 7 a 1, no Mineirão.
“Estou muito emocionado por termos conseguido chegar à final. Acredito que temos emoções muito profundas e conseguimos jogar com a grande paixão dos brasileiros. Tínhamos um jogo bem claro e persistente. Antes da partida, dissemos que se tivéssemos coragem, ganharíamos o jogo. Um resultado tão grande não era algo esperado. Três gols foram em poucos minutos e isso foi um choque. Depois dos 3 a 0, percebemos que eles estavam perdidos. Ficamos calmos, usamos as oportunidades. Eles estavam em pane e aproveitamos isso”, analisou o treinador da Seleção Alemã.
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Os germânicos marcaram o primeiro gol aos 11 minutos de jogo, com Thomas Müller. Aos 28, o placar já mostrava 5 a 0. Outros dois tentos foram anotados no segundo tempo, antes de o Brasil diminuir com Oscar.
Löw avalia que o massacre alemão foi construído num contexto de pressão sobre a Seleção Brasileira. “Não me lembro se tivemos resultado semelhante em Copa do Mundo. Vejamos isso num contexto, dizendo que o anfitrião não conseguiu lidar com a pressão”, destacou, recordando a eliminação da Alemanha para a Itália na semifinal da Copa do Mundo de 2006. Naquela ocasião, o torneio foi disputado em solo alemão e ele era assistente do então treinador Jürgen Klinsmann.
“Eu me lembro de derrota para a Itália com um gol no minuto 119 (penúltimo minuto da prorrogação). Sabemos como Scolari, Seleção Brasileira e povo brasileiro estão se sentindo. Nunca houve goleada tão alta, mas não vamos dar tanta importância a isso”, acrescentou.
Embora a Alemanha tenha demonstrado grande superioridade sobre a Seleção Brasileira e dado grande demonstração de força, Joachim Löw foi cauteloso sobre a final da Copa do Mundo. No domingo, no Maracanã, a equipe comandada por ele enfrentará o vencedor da semifinal entre Argentina e Holanda, que será disputada nesta quarta-feira, em São Paulo.
“Ninguém pode se achar invencível. Isso fica claro. Argentina e Holanda jogaram excelente Copa até aqui. Ambos têm excelentes jogadores. Vamos aguardar amanhã e veremos que tipo de jogo será”, ressaltou o treinador alemão.