foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Ana Cândida, a Vovó do Galo, com a neta Sabrina Marques de Oliveira (E), a filha Maria Aparecida Marques de Oliveira e o neto Marcelo Eustáquio Marques de Oliveira
Nesta casa todo mundo é Galo – o amor pelo time pulsa forte no escudo da camisa, na bandeira gigantesca tremulada a cada vitória, no grito de gol e nos abraços de emoção. Com a conquista do Campeonato Brasileiro pelo Atlético, meio século após o primeiro título, a família de Ana Cândida de Oliveira Marques, a conhecida Vovó do Galo, de 101 anos muito bem vividos, festejou, unida como sempre, na residência do Bairro São Luís, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
1ª rodada - Atlético perdeu para o Fortaleza por 2 a 1, no Mineirão; Hulk fez o gol do Galo
- foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
2ª rodada - Atlético venceu o Sport por 1 a 0, na Ilha do Retiro, com gol de Hulk
- foto: Pedro Souza/Atlético
3ª rodada - Atlético venceu o São Paulo por 1 a 0, no Mineirão, com gol de Jair - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
4ª rodada - Atlético venceu o Internacional por 1 a 0, no Beira-Rio, com gol de Nathan - foto: Pedro Souza/Atlético
5ª rodada - Atlético empatou com a Chapecoense por 1 a 1, no Mineirão; Tchê Tchê fez o gol do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
6ª rodada - Atlético perdeu para o Ceará por 2 a 1, no Castelão; Gabriel fez o gol do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
7ª rodada - Atlético perdeu para o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro - foto: Pedro Souza/Atlético
8ª rodada - Atlético venceu o Atlético-GO por 4 a 1, no Mineirão, com gols de Nacho Fernández (dois) e Matías Zaracho (dois) - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
9ª rodada - Atlético venceu o Cuiabá por 1 a 0, na Arena Pantanal, com gol de Nacho Fernández - foto: Pedro Souza/Atlético
10ª rodada - Atlético venceu o Flamengo por 2 a 1, no Mineirão, com gols de Savarino - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
11ª rodada - Atlético venceu o América por 1 a 0, no Independência, com gol de Dylan - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
12ª rodada - Atlético venceu o Corinthians por 2 a 1, na Neo Química Arena, com gols de Hulk - foto: Pedro Souza/Atlético
13ª rodada - Atlético venceu o Bahia por 3 a 0, no Mineirão, com gols de Hulk (dois) e Nathan - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
14ª rodada - Atlético venceu o Athletico-PR por 2 a 0, no Mineirão, com gols de Neto e Eduardo Vargas - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
15ª rodada - Atlético venceu o Juventude por 2 a 1, no Alfredo Jaconi, com gols de Nathan Silva e Hulk - foto: Pedro Souza/Atlético
16ª rodada - Atlético venceu o Palmeiras por 2 a 0, no Mineirão, com gols de Savarino - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
17ª rodada - Atlético empatou por 1 a 1 com Fluminense, em São Januário; Eduardo Sasha fez o gol do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
18ª rodada - Atlético empatou com Bragantino por 1 a 1, no Nabi Abi Chedid; Diego Costa fez o gol do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
19ª rodada - Atlético venceu o Grêmio por 2 a 1, no Mineirão, com gols de Matías Zaracho e Eduardo Vargas - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
20ª rodada - Atlético venceu o Fortaleza por 2 a 0, no Castelão, com gols de Matías Zaracho e Junior Alonso - foto: Pedro Souza/Atlético
21ª rodada - Atlético venceu o Sport por 3 a 0, no Mineirão, com gols de Diego Costa, Hulk e Eduardo Vargas - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
22ª rodada - Atlético empatou com o São Paulo por 0 a 0, no Morumbi - foto: Pedro Souza/Atlético
23ª rodada - Atlético venceu o Internacional por 1 a 0, no Mineirão, com gol de Keno - foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
24ª rodada - Atlético empatou por 2 a 2 com a Chapecoense, na Arena Condá; Eduardo Sasha e Dylan fizeram os gols do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
25ª rodada - Atlético venceu o Ceará por 3 a 1, no Mineirão, com gols de Hulk (dois) e Diego Costa - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
26ª rodada - Atlético venceu o Santos por 3 a 1, no Mineirão, com gols de Nathan Silva e Nacho Fernández (dois) - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
27ª rodada - Atlético perdeu para o Atlético-GO por 2 a 1, no Antônio Accioly; Nathan Silva fez o gol do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
28ª rodada - Atlético venceu o Cuiabá por 2 a 1, no Mineirão, com gols de Hulk e Jair - foto: Leandro Couri/EM/D. A Press
29ª rodada - Atlético perdeu por 1 a 0 para o Flamengo, no Maracanã - foto: Pedro Souza/Atlético
30ª rodada - Atlético venceu o América por 1 a 0, no Mineirão, com gol de Guilherme Arana - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
31ª rodada - Atlético venceu o Corinthians por 3 a 0, no Mineirão, com gols de Diego Costa, Keno e Hulk - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
32ª rodada - Atlético x Bahia, na Fonte Nova (mudar foto)
33ª rodada - Atlético venceu o Athletico-PR por 1 a 0, na Arena da Baixada, com gol de Matías Zaracho - foto: Pedro Souza/Atlético
34ª rodada - Atlético venceu o Juventude por 2 a 0, no Mineirão, gols de Hulk - foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press
35ª rodada - Atlético empatou com o Palmeiras por 2 a 2, no Allianz Parque; Matías Zaracho e Hulk fizeram os gols do Galo - foto: Pedro Souza/Atlético
36ª rodada - Atlético venceu o Fluminense por 2 a 1, no Mineirão, gols de Hulk - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
VIDEO
Com o Atlético declarado bicampeão, todos os descendentes da Vovó do Galo reafirmaram a devoção alvinegra e ganharam uma explicação da matriarca. "Foi a mão de Deus. Ele é muito bom para mim, sabe que sou uma boa católica", contou a senhora de voz firme, lucidez invejável e sempre pronta para entoar seu grito de guerra: Galooooo!!!
Tiago Josephson - educador físico e um dos criadores do Movimento 105 minutos, 43 anos: "Quando vencemos a Libertadores, 'Eu acredito', foi inacreditável. Quando fomos campeões da Copa do Brasil em cima do ex-rival, foi um deleite, mas havia uma lacuna. Ela nunca deixou de estar presente, mesmo nestes momentos. Sempre foi esse o meu sonho, a minha melhor fantasia, e agora se tornou real." - foto: Arquivo pessoal
Afonso Borges - escritor e jornalista, 59 anos: "Sou atleticano. Mesmo o Galo se sagrando campeão brasileiro por antecedência, matematicamente, por pontos, eu prefiro esperar até 19 de dezembro para comemorar. Como eu disse, sou #Galo e 50 anos me antecedem". - foto: Arquivo Pessoal
Adilson Alves Pinto - torcedor aposentado, 58 anos: "CAM, três letras que arrastam uma multidão de apaixonados, que soltam o grito de campeão após 50 anos de espera". - foto: Arquivo pessoal
Alexandre Kalil - prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético, 62 anos: "Esse título do Atlético entra para a galeria dos grandes títulos da história de um dos maiores clubes do Brasil."
- foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
Aline Calixto - cantora, 40 anos: "É a primeira vez que vejo meu time ganhar um Brasileiro. A emoção é indescritível, ainda mais porque a divido com meu filho de 2 anos, que já tem o Galo no coração, assim como a mãe!" - foto: Arquivo pessoal
Aline Medeiros - professora de língua portuguesa, 37 anos: "O atleticano nunca torceu por título, sempre torceu pelo Galo. Ser atleticano sempre bastou para essa torcida forjada em tantos episódios de injustiça. São 50 anos! Eu não tenho tudo isso, mas sinto como se já tivesse esperado todo esse tempo, porque essa espera não é só minha... É do meu pai, do meu tio e de tantas gerações que não viram esse dia chegar. O título é como uma redenção!" - foto: Arquivo pessoal
Anne Menezes - marketóloga, 38 anos: "É muito mais que um título; é uma reparação histórica!" - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Belmiro - massagista do Atlético, 70 anos: "Estou há 53 anos lá dentro e sempre acreditei que o Atlético iria ganhar. Como diz a frase, 'Eu acredito'. Eu acreditei e eu acredito!" - foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Betinho Marques - engenheiro, escritor e jornalista, 39 anos: "Liberdade ainda que tardia, o Galo é verbo da melodia. O Atlético ressignifica a alegria." - foto: Arquivo Pessoal
Carol Leandro - narradora do Filme 'Lutar, Lutar, Lutar' e vendedora, 31 anos: "Todos nós, atleticanos, merecemos o título. Não vamos ao estádio para ver o time jogar, mas para jogar junto. Somos a camisa 12. Sofremos muitas injustiças e muitos não estão aqui neste momento de redenção. Este título é por eles e para nós, Atleticanos". - foto: Redes Sociais
Celso Adolfo - cantor, compositor e violonista, 69 anos: "Os deuses do futebol estavam esquecidos do que deviam ao Galo. O esquecimento era vergonhoso, e eles se esqueciam de envergonhar-se também. Para a sua salvação, mandaram esta: 'O ano de 2021 será o começo da reparação'." - foto: Eduardo Gontijo
Chico Pinheiro - jornalista, 68 anos: "O fundamento de nosso amor ao Galo não são os títulos. É outro: não somos meros torcedores de um time de futebol, somos atleticanos, e aqui está uma sutil diferença!" - foto: Divulgação/Atlético
Clara Lima - rapper, 22 anos:
"Esse título vem para fechar o ano com chave de ouro. O Galo jogou com excelência. É um título de grande importância. No último Brasileiro do Galo, eu não era nascida. Estar aqui, entendendo, para comemorar, é importante demais."
- foto: Daniel Assis/Divulgação
Dadá Maravilha - ídolo do Atlético, campeão brasileiro em 1971 pelo clube e representante do Atlético no Alterosa Esporte, 75 anos: "É a felicidade de outros jogadores, porque comemorei muito o gol e o título de 1971 e, como cristão, fico muito alegre que outros possam ter a mesma sensação". - foto: Jair Amaral/EM.DA.Press
Daniel de Oliveira - ator, 44 anos: "O que acontece com o Galo não se resume ao título. Estamos imersos em puro ritual."
- foto: Rodrigo Clemente/EMD. A Press
Danival de Oliveira, meia do Atlético entre 1973 e 1978, - 69 anos: "Perseverança. Um time que estava acreditando que precisava do título. Tem que perseverar, acreditar e crer, com os pés no chão. É o que vale." - foto: Guilherme Peixoto/EM/D.A Press
Davi Mota - professor de História, 25 anos (esq.): "O grito que faltava soltar depois de uma década campeã chegou! Aqui é Galo!" - foto: Arquivo Pessoal
Dudu Graffite - ex-representante do Atlético no Alterosa Esporte, 52 anos: "Destinos sobrenaturais, momentos difíceis, alegrias, suor, lágrimas e chuvas... mas sempre e para sempre Galo!" - foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press
FBC - rapper, 32 anos: "Esse Brasileiro foi um resgate. Passamos pela pandemia e hoje podemos torcer no estádio lotado junto com os nossos pais e as pessoas mais velhas que estávamos distantes. O que posso dizer sobre o bicampeonato é isso. É emoção! É a felicidade de ver meu pai, meus irmãos e toda minha família feliz, tá ligado? Ser atleticano é uma coisa que meu pai me ensinou e agora eu vou ensinar os meus filhos a gritar campeão! Campeão do Campeonato Brasileiro!"
- foto: Wanderley Vieira/Divulgação
Fabinho do Terreiro e Gilmar do Cavaco - sambistas, 55 e 48 anos: 'Amor eterno/ O Galo canta/ A cidade se levanta/ O Galo ganha, a cidade se assanha/ Ê, paixão danada/ Galo, 'golo' e arquibancada'. - foto: Gabriela Diniz Guimarães/Divulgação
Fael Lima - representante do Atlético no Alterosa Esporte e fundador do Camisa Doze, 36 anos: "Se tem uma torcida que merece ser feliz, é a do Galo. Esteve com o time no fundo do poço e agora celebra no topo do pódio. Nosso hino é na terceira pessoa. O Galo ganhou!" - foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Flávia Ellen - cantora, 31 anos: "O Galo é doido, né? Comecei a sorrir e a sofrer com ele em 1999, quando perdemos o brasileiro para o Corinthians. Eu tinha 10 anos.Em 2005 e 2006, chorei, cantei o hino de peito estufado. Foram anos de montanha-russa que nos forjaram em altos e baixos. Mas sempre estivemos ali, porque NÓS somos o Galo. Por isso, quando chegou 2021, um time constante e equilibrado, eu nem soube lidar. Cantei "tu vens, tu vens", mas duvidei até o último instante. Mas não é que veio? A montanha-russa agora tá dentro de mim, nem sei o que sentir."
- foto: Arquivo Pessoal
Flávio Renegado - rapper, cantor e compositor, 39 anos: "Sentimento que não cabe no peito. É um grito entalado na garganta há mais de 50 anos. Gritamos é campeão brasileiro porque é a melhor campanha e o melhor time. O Galo tirou onda neste campeonato. Este título é do Galo. Te amo, Galo! O Galo é minha mãe." - foto: Arquivo Pessoal
Gabriel Matos Leão, estudante, 6 anos: "Galo campeão e melhor time do mundo! E ainda tem o Hulk, Hulk, Hulk!"
- foto: Arquivo Pessoal
Humberto Almeida - aposentado, 76 anos: "O Atlético se preparou para ser campeão, formou um time para ser campeão e, a partir do momento em que se firmou na liderança, passei a acreditar no título. A superioridade para os adversários era muito grande. É um time que tem a técnica a serviço da eficiência, e isso me lembrou muito o time de 1971, de Oldair, Lola e Humberto Ramos". - foto: Arquivo pessoal
Humberto Martins - jornalista, 39 anos: "Quem não chorou nesta campanha do Galo no Brasileiro? Felizmente, as lágrimas, outrora causadas pela tristeza, decepção ou até mesmo pela raiva, neste ano, só tiveram um motivo: a felicidade."
Humberto Ramos - ex-técnico, ex-diretor e campeão de 1971, 72 anos: "A emoção em uma frase? Incomparável." - foto: Paulo Filgueiras/Estado de Minas
Ícaro Miguel - atleta olímpico de taekwondo, 26 anos: "Vi o Atlético passar por fases difíceis e, agora, ver o Galo campeão nacional não tem preço. Eu, como melhor do mundo, e o Galo melhor do meu país, são sonhos realizados!" - foto: Washington Alves - COB
Janine Esteves - gestora comercial, 35 anos: "Não quero simplesmente ouvir falar sobre a história do Galo de 2021. Eu mesma quero contar como foi que aconteceu porque eu estava lá." - foto: Daniel Teobaldo
João Leite - ex-goleiro, jogador com mais partidas na história do Atlético e deputado estadual, 66 anos: "Emoção pela merecida felicidade da torcida mais fiel do Brasil". - foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Leandro Donizete - ex-volante do Atlético, 39 anos: "Merecimento e dedicação. O time do Galo foi muito organizado." - foto: Rodrigo Clemente/EMD. A Press
Leonardo Bertozzi - jornalista, 41 anos: "É um prêmio para a torcida, porque o torcedor é o fator comum a esses 50 anos de espera, frustrações, esperanças que não se concretizaram e, por cada um que frequentou o estádio, que sonhou nesses 50 anos, é principalmente por essas pessoas - mais que por qualquer outra".
- foto: Reprodução de Internet/Twitter
Levir Culpi - terceiro técnico que mais vezes dirigiu o Atlético, 68 anos: "Fico muito feliz em comemorar uma conquista que alegra meus grandes e inesquecíveis amigos atleticanos." - foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Lobo Mauro - cineasta, 48 anos "Agora, mais do que nunca, 50 tem que ser 13!" - foto: Arquivo Pessoal
Marcelo Tofani - cantor e compositor, 25 anos:
"Se tem uma coisa que sei desde pequeno é que o Galo é raça e que não importa se a vitória demora. Inclusive, se demorar fica mais gostoso ainda, porque tem a torcida mais apaixonada do Brasil!"
- foto: Arquivo Pessoal
Maria do Carmo Leandro - torcedora, coordenadora de departamento pessoal, 61 anos: "Desde 1977 somos injustiçados. A ausência de um título nunca mudou nossa torcida, esperamos 50 anos. Hoje, o Brasileirão veio apenas coroar nossa fidelidade! Podemos gritar: é campeão!" - foto: Arquivo pessoal
Maria Faustina Lima, 69 anos, do lar e dona de Ronaldinho, a calopsita: "Em 1971, aos meus 19 anos, comemorei com grande alegria a vitória atleticana. Agora, com 69 anos, torno a gritar é campeão! É tanta felicidade que nem tenho palavras!
Obrigada, Clube Atlético Mineiro!"
- foto: Arquivo Pessoal
Mário Marra - jornalista, 51 anos: "É espetacular ver que o Atlético conseguiu libertar o seu torcedor do peso de não ser visto como um campeão, de estar liberado de soltar o 'É campeão'. Apesar de ser um campeonato diferente, devido à pandemia, ganhar o Brasileiro é libertador". - foto: Reprodução/ESPN
Markin - influencer, 24 anos: "Mais que um título. Um acerto de contas". - foto: Redes Sociais
Mateus Souza - estudante de Educação Física, influenciador e integrante do canal 'De Tabela': "Te apoiarei até morrer! Atlético campeão brasileiro para o delírio da Massa. Nós
merecemos."
- foto: Arquivo Pessoal
Nenel Neto, jornalista e dono do 'Baixa Gastronomia', 39 anos: %u201CSão cinquenta anos. Meio século. Vale a pena dedicar a quem viu em 1971 e, infelizmente, não teve a oportunidade de ver o Atlético campeão Brasileiro. É um título tão esperado em que temos que lembrar de tantos torcedores que estiveram ao lado do Galo. É para eles." - foto: Déborah Trindade
Paulo Roberto Prestes - ex-jogador do Atlético e 5º com mais partidas disputadas pelo clube, 57 anos: "O amor incondicional desta torcida faz da nossa camisa a segunda pele. Com este título, o Galo muda de patamar, sobe mais um degrau. O céu não tem limites". - foto: Arquivo/Jornal Estado de Minas
Podé Nastácia - vocalista do Tianastácia, 50 anos: "O Galo ganhou o Campeonato Brasileiro em 1971, ano em que eu estava nascendo; 50 anos depois, ver o Galo levantar a taça do bicampeonato é meu maior - e melhor - presente de aniversário na vida". - foto: Arquivo Pessoal
Rafael Miranda - ex-jogador do Atlético, 37 anos: "Muito orgulho e privilégio ter honrado, por 17 anos, a camisa do Galo e poder usar a camisa 12 eternamente! Uma vez Galo, Galo até morrer!" - foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas
Rafaela Tocafundo - estudante, 18 anos: "Nada explica as injustiças históricas, nada explica a paixão atleticana, nada vai explicar a festa que vamos fazer, porque nós merecemos demais o que estamos vivendo. Aqui é Galo!" - foto: Arquivo pessoal
Renaldo - ex-atacante do Atlético, 51 anos: "A emoção é como quando eu fui convocado para a Seleção pela primeira vez e quando fui artilheiro do Campeonato Brasileiro com a camisa do Galo. Emoção que eu acho que a gente nem sabe como decifrar, da alegria que é tão grande. Estava vivendo isso a cada dia: essa energia, o time chegando perto. Eu estou mais empolgado que o torcedor. Então, a emoção é indescritível. É uma coisa única e eu estou junto com a massa do Galo ali, no mesmo sentimento."
- foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Sérgio Araújo - ex-atacante do Atlético, 58 anos: "Tive o prazer de estar em campo lutando por esse título. Hoje, ver o Atlético ser campeão dá alívio e alegria muito grande à torcida, que merece muito."
- foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas
Sheilla - ex-jogadora de vôlei , 38 anos: "Estou muito feliz com esse ano do Galo, com um time muito consistente. Fez uma excelente temporada. Esse ano foi muito especial. O time em nenhum momento passou insegurança que não poderia ser campeão. Estou muito, muito feliz!" - foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Tetê Monteiro - jornalista, subeditora de Cultura do EM, 50 anos: "Demorou 50 anos? Não, eu ganhei meu melhor presente aos 50 anos, soltando o grito de campeão brasileiro! E, para quem é Galo, não importa o tempo! Importa a luta, importa a camisa preta e branca, importa a festa da arquibancada. Alegria indescritível que celebro com a Massa. Aqui é Galo. Uma vez até morrer!"
- foto: Arquivo Pessoal
Vitória Diniz - fisioterapeuta, 24 anos: "Meu sentimento pelo Atlético tem intensidade de paixão à primeira vista e a solidez de um casamento de anos. Por ele faço loucuras de amor, porque o Galo é doido e nós somos mais ainda. Somos os campeões mais doidos que o Brasil já viu."
- foto: Arquivo Pessoal
De onde vem essa paixão que atravessa décadas, parte do coração, passa pelos filhos, chega aos netos e contagia o bisneto Bernardo, de 11 anos? "Pergunta difícil de responder. O amor pelo Atlético é um mistério. Vem desde o tempo em que eu morava na fazenda. É meu remédio, é o que me ajuda a viver", confessa Ana Cândida, natural de Lamim, na Zona da Mata mineira e viúva, há 18 anos, do também atleticano fanático João Marques, nascido em Rio Espera, na mesma região.
No tempo em que morava em Lamim, a Vovó do Galo – apelido dado pelo neto Marcelo Eustáquio Marques de Oliveira, de 30, engenheiro – lia os jornais que chegavam da capital, com muitos dias de atraso, e tinha atração especial pela "camisa alvinegra" do time mineiro, ainda mais que o futuro marido era goleiro de um time de Lamim, cujo uniforme era preto e branco. "Chegava a recortar as notícias do jornal, descartando as referentes aos outros clubes", conta a filha mais velha, a professora Maria Aparecida Marques de Oliveira, mãe de Marcelo e de Sabrina, de 20, estudante de medicina.
Para mostrar que o amor move a família em todos os aspectos, principalmente na paixão pelo time, Maria Aparecida conta que conheceu o marido, o empresário Écio Eustáquio de Oliveira, no meio da torcida, no Mineirão. "Começamos a nos olhar e estamos casados há 33 anos."
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Ana Cândida de Oliveira Marques, a Vovó do Galo, de 101 anos, ao lado da filha, Maria Aparecida, e dos netos Marcelo e Sabrina - foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press
Atenta a todo movimento em seu entorno, a vovó diz que nunca obrigou ninguém a torcer pelo Atlético, embora confesse que, algumas vezes, tentou um "vira-casaca" da torcida adversária, no Mineirão. "Eu levava umas balinhas e oferecia para ver se eles mudavam de time", sorri com vontade da tentativa infrutífera.
Torcida unida na família Na sala da casa já enfeitada para o Natal, Maria Aparecida e os filhos falam da forte paixão pelo time que, segundo Marcelo, está no sangue, no DNA: "A gente não vira atleticano, já nasce atleticano". Sentado ao lado da avó, da mãe e da irmã no espaçoso sofá diante da televisão, o engenheiro diz que cada um tem seu lugar marcado em dia de jogo, o mesmo ocorrendo quando a família vai ao Mineirão, localizado a um quarteirão da casa. "A gente vai se acomodando e a vovó fica neste lugar", aponta ele para a poltrona na qual Ana Cândida torce, aplaude, vibra, sofre, reza e comemora. "Só não gosto de vaia para o adversário, ah...isso não", avisa a senhora, com atitude e espírito esportivo.
A cada momento, as lembranças tomam conta da família, e as histórias vão passando de geração a geração. Ana Cândida festejou a primeira vez em que o Atlético se sagrou campeão brasileiro, tinha 51 anos, e Maria Aparecida também se lembra. "Aguardamos esse título o tempo todo. No ano passado, quase veio. Mas atleticano é assim, aprendeu a não sofrer por antecipação, prefere comemora na hora certa. Lutar, lutar, lutar", diz Maria Aparecida citando um trecho do hino do Galo.
Longa espera pelo bicampeonato A longa espera compensou, Ana Cândida sabe disso, mas nunca perdeu nem esperanças muito menos o bom humor. Gosta de contar que, décadas atrás, levou um galo garnisé, vivo, ao Mineirão. Um conhecido tinha um galinheiro, cedeu a ave, então cuidadosamente colocada dentro de um saco.
No estádio, o bicho entrou em cena. "Mas não cantou não, viu? Só bateu as asas". E o time ganhou naquele dia?, pergunta o repórter. "Ganhou, sim". Ao lado, Maria Aparecida se diverte com o caso e explica que era outro tempo, em que não havia a revista das pessoas, na entrada, como ocorre hoje.
Devota de Nossa Senhora Aparecida, a Vovó do Galo costuma rezar o terço no final das partidas. Na estante, sobre a TV, fica a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de quem Maria Aparecida é devota. "Graças ao Galo estamos sempre juntos", revela a matriarca, que tem saúde de ferro. "Não tem pressão alta. Já visitou a Arena MRV e quer ir à inauguração em 2022", informa Marcelo.
Mas, para dar uma forcinha ao time, além das rezas, cada um tem seu jeito bem particular. "A gente só estreia uma camisa do Atlético se o adversário for fraco, pois a chance de ganhar é maior", conta Marcelo, que traz tatuado na panturrilha direita o retrato da avó emoldurado pela assinatura dela na carteira de identidade e pelo desenho do eletrocardiograma. Com o canto direito do sofá reservado, Maria Aparecida, antes das partidas, arruma seus pertences, incluindo celular, no braço estofado. A gargalhada é geral quando ela se recorda que, num jogo difícil, pôs a culpa num chinelo solto no tapete – o pobre coitado estaria dando "peso".
Então é assim, com muita alegria dos 11 aos 101 anos, em quatro gerações, que a família de dona Ana Cândida celebra cada vitória do Galo. E a "torcida" se completa com a segunda filha dela, Ana Lúcia Marques de Oliveira Chiavaioli, o marido Nazzareno Chiavaioli e o filho, o dentista Gustavo Marques de Oliveira Chiavaioli; os irmãos Roberto Marques de Oliveira Júnior e Roberta Marques de Oliveira, e mais Bernardo Fernandes Marques, de 11, filho de Roberto e Nayara Marques. Todos ligados na mesma emoção e em perfeita sintonia atleticana.
Vovó do Galo nas redes sociais Em tempos virtuais, a Vovó do Galo vive conectada graças à parceria com o neto Marcelo, atualmente em trabalho remoto. Os dois estão no Instagram com 101 mil seguidores e no TikTok, com 700 mil, comemora o neto. "Ela virou influenciadora digital. E gosta muito", brinca o engenheiro.