Às 16 horas desta quarta-feira, o uniforme da Seleção da Alemanha voltou ao gramado do Mineirão dois anos depois do histórico 7 a 1 pela Copa do Mundo. Não era a camisa rubro-negro usada na goleada sobre o Brasil, e sim a tradicional branca. Não eram os jogadores que viriam a ser campeões do Mundial (há apenas um, o zagueiro Matthias Ginter), e sim jovens atletas ainda em busca de consagração. Mas era a Alemanha. E no Mineirão... Um combinação que voltou a dar em goleada. Desta vez sobrou para Fiji, uma seleção repleta de atletas amadores, difentemente daquele Brasil de 2014. Os alemães aplicaram 10 a 0 pelo torneio de futebol da Olimpíada e avançaram às quartas de final. Os fijianos estão eliminados e voltam para casa.

Respeitado o hino, a torcida brasileira pegou no pé dos alemães. Ao primeiro toque, vaias e mais vaias. A Seleção de Fiji estava adotada pelos brasileiros. "Olê, olê, olê, olê, Fijê, Fijê!!" (sic), gritavam os torcedores.

A cada roubada de bola, a cada chutão, a cada defesa do goleiro, a torcida vibrava com os jogadores do país da Oceania. O ataque podia não dar e nada, e não davam, mas a torcida empurrava.

Fiji resistiu por sete minutos, e justo o número sete marca a abertura do placar. Começava o "gol da Alemanha". Primeiro com Gnabry. Petersen ampliou aos 13. Meyer fez 3 a 0 aos 29. Mais três minutos e... gol da Alemanha, de novo com Petersen.

A torcida ainda vaiava a Alemanha, apoiava Fiji, evocava até o "Eu acredito", mas lá vinha o "gol da Alemanha" aos 40 minutos, Petersen outra vez. Aos 46, Gnabry fez o segundo dele. Não perca a conta: 6 a 0. O goleiro Tamanisau vivia sua indesejada tarde de Júlio César.

Intervalo e pausa para respirar, porque vinha mais. Três minutos do segundo tempo, e Meyer também marcava o segundo dele. O goleiro Tamanisau e trave evitaram, por alguns minutos, o oitavo. Momento de vibração da torcida, que durou um minuto. Depois de bela jogada pela direita, foi a vez do travessão salvar. Mas na sobra, Meyer estufou as redes: 8 a 0, aos sete minutos.

Oito gols, mas engana-se quem pensa que esses foram os momentos de maior vibração. Um lance superou todas as bolas na rede. O responsável Tamanisau, o mesmo que vinha sofrendo com os gols. Aos 12 minutos, ele defendeu o pênalti cobrado por Meyer: "Gol de Fiji!", pelo menos na explosão da torcida, que renovou o ânimo e gritou até "olé" na rápida troca de passes dos fijianos.



A torcida apoiava, os alemães dominavam. Outro pênalti, aos 18 minutos. Desta vez, para não ter erro, foi Petersen para a cobrança. Gol da Alemanha... O artilheiro da tarde não se cansava. Fez o quinto dele e o décimo da seleção aos 25 minutos.

A Alemanha, enfim, tirou o pé. Mas, impiedosa, não deixou Fiji marcar o gol de honra. Final 10 a 0, e os alemães voltam a assombrar o Mineirão com uma goleada. A seleção de Fiji deixou o gramado aplaudida.

ALEMANHA 10 X 0 FIJI

Alemanha
Horn; Toljan (Bauer), Sven Bender, Suele e Klostermann (Max); Lars Bender e Christiansen (Proemel); Brandt, Meyer e Gnabry; Petersen. Técnico: Horst Hrobesch

Fiji
Tamanisau; Khem (Nabenia), Simgh, Dreloa e Naidu; Waranaivalu, Nakalevu (Baravilala) e Chand; Hughes, Venevou (Turagabeci) e Krishna. Técnico: Frank Farina.

Gols: Gnabry, aos 7min e aos 45min do 1ºT; Petersen, aos 14, aos 33 e aos 40 do 1ºT e aos 18min e aos 25min do 2ºT; Meyer, aos 29min do 1ºT e aos 3min e aos 7min do 2ºT