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Com linguagem reprogramada numa nova era de museus, o espaço, que já recebeu cerca de 130 mil pessoas - recorde de público no último mês de julho, cerca de 10 mil visitantes -, recupera e conta a história do Gigante da Pampulha, de terça a domingo, das 9h às 17h*, de forma a propor reflexão do futebol como fenômeno cultural. Responsável pela curadoria do Museu nas últimas etapas do projeto, o historiador Thiago Costa, de 34 anos, detalha um dos objetivos do espaço.
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A reportagem visitou o MBF numa dessas manhãs tranquilas de Pampulha. Desde o primeiro contato, a memória pôde ser vivenciada. O responsável pela recepção foi França, de 76 anos, com a história do estádio na ponta da língua. Hoje integrante do setor Educativo do Museu, que promove visitação temática, ele foi o primeiro funcionário registrado do velho estádio, responsável por contratar e demitir durante a construção do Mineirão, autor de inúmeras fichas de jogos que, inclusive, integram a “sala da memória” do MBF.
Thiago Costa logo chegou para acompanhar a reportagem na visita guiada ao Museu. Sala com fotos de paisagens de Belo Horizonte na época da construção da cidade, bem como dos espaços em que os estádios mineiros seriam construídos, é o primeiro espaço da visita. A história continua sendo contada com uma sala dedicada à inauguração do Mineirão, em 1965. O espaço das fichas, primeiro com ajuda de meios eletrônicos para contar a história, e o “Mineirão em atividade”, com exposição de objetos marcantes, finalizam a primeira etapa da visitação.
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A construção do “Novo Mineirão” serve de inspiração para a sala de número 5, que documenta o processo de remodelação pelo qual o estádio passou entre 2010 e 2012. A Copa das Confederações, de 2013, primeira competição internacional que o 'novo' estádio recebeu, também é contemplada no Museu – com destaque para a camisa do Haiti. “Esse é um dos meus objetos preferidos. Nesse jogo a Seleção do Haiti marcou o primeiro gol em competições fora do continente”, lembra o coordenador do Museu.
No espaço seguinte, que passa por reforma depois de problemas operacionais, o torcedor tem a chance de colocar sua história no acervo do Museu. Uma mesa interativa na “Sala da Memória” permite aos visitantes gravarem depoimentos sobre experiências memoráveis no estádio. Os vídeos são filtrados pela organização do Museu para serem transmitidas em televisão ao lado, posteriormente.
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Por fim, o futebol mineiro é destacado em “Campos Gerais”, espaço onde os visitantes encontram as placas em bronze cravadas com pés e mãos de grandes ídolos que passaram pelo estádio e objetos de colecionadores. Última sala do Museu, “O futebol e outras artes” apresenta o futebol como fenômeno cultural, através de video-instalações, imagens e textos.
A casa do Museu Brasileiro de Futebol
Diferentemente de outros espaços culturais, o Museu Brasileiro do Futebol é um dos poucos abrigados por uma casa que já carrega simbologia única. “Ter um Museu em um espaço desses para ajudar a problematizar foi um dos grandes ganhos. O Museu e a visita, não porque estou aqui dentro, é um dos legados da Copa. Propor uma visita com uma reflexão cultural, sociológica, construindo pensamento histórico sobre o estádio de futebol. O que acho intrigante é a gente receber de 300 a 500 pessoas por dia num
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Além da visita guiada ao Museu, o torcedor pode optar em ter um encontro especial com o estádio. São cerca de duas horas de visita nesta modalidade – 50 minutos dentro do MBF e os outros 50 no campo do Gigante da Pampulha. De acordo com Thiago Costa, não há uma pesquisa de público pronta, mas a maioria dos visitantes são homens – cerca de 60% - 20 a 40 anos, principalmente. O Museu recebe, por dia, de 300 a 500 visitantes.
Serviço
LOCAL Mineirão, av. Coronel Oscar Paschoal, snº, portão G2
*FUNCIONAMENTO Terça a sexta, das 09h às 17h, com permanência até as 18h
Sábado e domingo, das 09h às 13h, com permanência até as 14h
Em dias de jogos, eventos e feriados não há expediente
LINHAS DE ÔNIBUS 64, 67, 503, 504, 533, 639, 2004, 5102, 3301B, 3302D, S50, S51, S52, S53, S54
PREÇO O valor da visita ao museu é R$ 8, com meia-entrada para menores de 21 anos, estudantes, pessoas com deficiência e maiores de 60 anos. A visita ao MBF e estádio custa R$ 14, também com meia-entrada. Crianças até três anos não pagam. Guias de turismo credenciados também têm gratuidade.
INFORMAÇÕES (31) 3499-4312