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NARRADORES

Vozes dos 50 anos do Mineirão: histórias e lembranças de grandes narradores de Minas

postado em 08/09/2015 08:00 / atualizado em 07/09/2015 15:42

Maria Tereza Correia / EM DA PRESS
São muitas as vozes que ecoaram no Mineirão nos últimos 50 anos. Do grito do torcedor na alegria incontida de um gol ao murmúrio de lamento do jogador ao perder uma oportunidade de consagração. O som é parte integrante da memória de quem acompanha o futebol. Daí surge também a importância das transmissões radiofônicas. Para muitos, lances, gols e jogos são marcados pela força do rádio: as lembranças, muitas vezes, são resgatadas na voz inconfundível do narrador preferido.

O rádio foi um parceiro fiel na trajetória do Mineirão. Da inauguração aos dias de hoje, a informação foi repassada em tempo real tanto para quem estivesse dentro do Gigante da Pampulha como para aqueles nos mais distantes rincões. Reportando as décadas passadas, podemos dizer que o rádio ajudou a fomentar o amor ao futebol em um tempo em que televisão era artigo de luxo e as transmissões, sonho distante. Para relembrar grandes momentos do Mineirão, o Superesportes colheu depoimento de alguns narradores que marcaram época no Gigante da Pampulha.

ALBERTO RODRIGUES
Alberto Rodrigues é o mais longevo narrador esportivo de Minas Gerais. Em 1955, começou a fazer narrações na Rádio Imbiara, em Araxá. Seis anos depois, começou a trabalhar na Rádio Minas, já em Belo Horizonte. Em 1963, transferiu-se para a Itatiaia, empresa na qual participou da cobertura da abertura do Mineirão. Passou pela Inconfidência, mas depois retornou à rádio Itatiaia. Narrou quase todas as grandes conquistas do Cruzeiro.

Partida inesquecível: “Tenho um carinho especial pela partida de inauguração do Mineirão. Eu já trabalhava na rádio Itatiaia e tive o prazer de participar dessa grande estreia. Havia um clima muito festivo, de muita alegria com a abertura de um dos maiores estádios do Brasil. E o Mineirão representa tudo em termos de futebol mineiro. Antes dele, o futebol no estado ainda era pequeno, era local. Com a construção do Mineirão, foi a redenção do futebol mineiro. Hoje, o futebol do estado não deve nada a de nenhum outro"

Gol Inesquecível:
"O gol do Geovanni (na final da Copa do Brasil de 2000, contra o São Paulo, no Mineirão) representou muito para a torcida. Foi um sentimento muito bacana, porque o Cruzeiro precisava de um gol, o jogo se encaminhava para o fim e o clima estava muito tenso naquele momento. Em um lance de bobeada da defesa do São Paulo, o Geovanni roubou a bola, saiu na cara do Rogério Ceni e certamente faria o gol, mas ele foi impedido pelo zagueiro, que o segurou. Sentíamos que o gol poderia sair ali, lembro do Muller orientando o Geovanni. No fim deu tudo certo. A bola passou no único espaço da barreira e entrou. Foi um gol magistral”.

Lembranças: “São muitas as lembranças do estádio. Tive o prazer de participar de todos esses 50 anos. Tenho uma recordação carinhosa de uma decisão, que ficou marcada na cabeça de muitos cruzeirenses. A partida do Cruzeiro contra o River Plate, na decisão da Supercopa de 1991. O Cruzeiro precisava de uma goleada, já que tinha perdido o primeiro jogo por 2 a 0. E o time foi com tudo, goleando o River Plate e conquistando o título”

Gol de Geovanni contra o São Paulo
Cortesia da Rádio Itatiaia



CELSO MARTINELLI

Dono de uma voz marcante, Celso Martinelli começou a militar no jornalismo esportivo em 1962. Entre outras emissoras de rádio e TV, passou por Inconfidência (várias passagens), Rádio Capital, TV Vila Rica (hoje Band Minas) e Rede Super Canal 23, além de Tupi-Rio, Band (SP), Sociedade da Bahia e Rádio Cabugi de Natal (RN).

Gol inesquecível: ”Entre tantos gols espetaculares de Dirceu Lopes, Tostão, Dario e de Reinaldo, os quatro reis do gol no Mineirão, cada qual em seu tempo, quero registrar um, marcante e inesquecível de Reinaldo, contra o Vasco, creio que em 1979. Ele recebeu a bola na pequena área, no gol da cidade, cobriu com um lençol o gigante Abel Braga, um dos melhores zagueiros e, talvez, o jogador mais alto daquela época, que desabou ao chão mesmo sem ser tocado em razão da velocidade do inesperado drible pelo alto que Abel esperava fosse tentado por baixo, e, na caída da bola, ‘Rei’ fuzilou o gol vascaíno. Um golaço, um dos mais bonitos da longa saga do Mineirão!”

Partida inesquecível: “Em 1969, Seleção Mineira 2 x 1 Seleção Brasileira, jogo em que se comemorava a classificação do Brasil para a Copa de 70. O jogo, cuja realização esteve ameaçada porque a Seleção Brasileira não queria jogar contra clubes, só foi marcado depois de muita negociação e esteve a pique de não ser jogado. O jornalista João Saldanha, técnico da Seleção, acusado de favorecer o Cruzeiro na convocação da Seleção e de menosprezar o artilheiro e grande ídolo atleticano da época, Dario, não queria encarar o Galo, e, muito menos, enfrentá-lo em campo. Mas João Havelange e a CBD, além de dinheiro, necessitavam do apoio político da FMF e, em contrapartida, queriam a realização da partida, apesar do discutido impasse que parecia intransponível. Entretanto, alguém, não se sabe quem, teve a luminosa ideia de sugerir que o Atlético jogasse representando o estado de Minas, vestindo a camisa da Seleção Mineira. A partir daí, Saldanha não teve mais argumentos e não pôde mais impedir o jogo, realizado poucos dias após o jogo contra o Paraguai que classificou o Brasil ao Mundial do México em 1.970. Assim, o Galo, dirigido pelo lendário Dorival Knipell, o Yustrich, entrou em campo trajando, imponente, a camisa braca e vermelha da Seleção Mineira sendo chamado, então, de Galo Vermelho! O borderô do jogo apontou cerca de 72 mil pagantes, mas, posso garantir, a casa estava cheia. Naquele tempo os chamados ingressos de favor que davam direito a portarias e entradas misteriosas, muitas delas sem catracas, eram uma prática comum. A Seleção Brasileira, a melhor já formada no país em todos os tempos, veio ao Mineirão com todos os titulares, Pelé, inclusive, que até fez um gol em completo impedimento, validado pelo árbitro Amilcar Ferreira. O Galo, ainda me recordo, jogou com Mussula, Humberto Ramos, Grapete, Normandes e Cincunegui. Oldair, Amaury e Laci. Vaguinho, Dario e Tião Cavadinha. Lembro-me, também, dos três reservas que foram : Zé Horta, zagueiro, meu conhecido, contratado junto ao Valério, Vantuir, que tinha acabado de vir do Democrata de Sete Lagoas e Caldeira, contratado junto ao América, ponta esquerda à antiga, grande driblador e dono de um chute muito potente. Depois do jogo os jogadores atleticanos tiraram a camisa usada no jogo e ficaram com a camisa do Galo que vestiam por baixo da camisa da Seleção Mineira e deram a volta olímpica e foram freneticamente saudados pela massa atleticana, que, àquele tempo, antes da ascensão do Cruzeiro, representavam 70% da torcida de Minas Gerais. O fato dos jogadores retirarem a camisa da Seleção a fim de caracterizar e comemorar aquela vitória como do Atlético e não da Seleção Mineira, provocou a ira de João Saldanha. Após muitas entrevistas nas quais agrediu os dirigentes mineiros, a diretoria atleticana e a própria imprensa mineira, Saldanha tornou-se, a partir de então, inimigo figadal de Yustrich, para sempre. Meses depois, quando Yustrich dirigia o Flamengo e fez críticas à preparação da Seleção Brasileira, Saldanha foi à concentração do Fla procurá-lo, de revólver em punho, mas não o encontrou”.

Lembranças:
“Vindo do interior, passei, através do estádio, a ter contato direto com os maiores profissionais do rádio brasileiro, com os quais fiz ótimas amizades. Minha carreira de repórter e de locutor de complementação de lances (ponta de gol) foi curta, pois logo fui promovido à condição de narrador e, principalmente, de locutor de abertura da jornadas esportivas. Como terminava o meu trabalho meia hora antes do início das partidas, pude comentar os jogos para emissoras de todos os estados, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, pois as emissoras dificilmente traziam comentaristas”.

Gol de Reinaldo contra o Corinthians
Cortesia de Celso Martinelli



LUCÉLIO GOMES

Lucélio Gomes, 80 anos, está aposentado. Passou por grandes emissoras: Itatiaia, Rádio Jornal, Inconfidência, Guarani e Rede Minas (televisão), entre outras. Difundiu bordões inesquecíveis, como “É disso que o povo gosta” e “Que luxo!”. Seu período mais marcante foi na Rádio Inconfidência.

Partida e gol inesquecíveis: “A inauguração do estádio é a lembrança marcante que levo do Mineirão. À época, trabalhava na Rádio Inconfidência. Foi uma partida entre os grandes jogadores mineiros contra o tradicional River Plate. O gol de Buglê foi uma alegria imensa de quem estava no estádio”

Bordões: “Eu criei o ‘Que luxo!’, que era usado sempre quando saia um gol. Usava também o ‘É disso que o povo gosta’. Esse ficou muito popular, falando para o povo”

Lembranças: “Quando o Raul deixou o Cruzeiro para ir para o Flamengo ele passou em todas as cabines de rádio e desceu para cumprimentar os repórteres em campo, ele cresceu em conceito com essa história”.


MÁRIO HENRIQUE
Aos 15 anos, Mário Henrique já testava a voz na Rádio Três Pontas. Passou pela Sentinela FM, antes de chegar à Rádio Globo. Em 1993, surgiu o convite da Itatiaia, emissora na qual assumiu em 2009 as narrações das partidas do Atlético. O “Caixa”, como é conhecido, é deputado estadual e Secretário de Estado e Turismo.

Gol inesquecível: “O gol mais importante que eu narrei no Mineirão, que tem 50 anos, eu tenho 24 anos de Mineirão, é sem dúvida alguma o de Leo Silva, que proporcionou ao Atlético ir para a prorrogação e depois ser campeão da Copa Libertadores nos pênaltis. Vitória do Atlético por 2 a 0 sobre o Olímpia, e o Galo foi campeão. O Atlético estava na fila de um grande título há muitos anos, e se esperava uma Copa do Brasil, um Campeonato Brasileiro, mas acabou sendo a sonhada Libertadores. E o Atlético nem disputava tanto, estava um longo período sem jogar a Libertadores. Para mim, foi uma emoção única estar na Itatiaia narrando para a torcida do Atlético esse gol que possibilitou esse título histórico”.

Partida inesquecível: “Vou falar de um momento inesquecível que não estava no Mineirão e que gostaria de ter vivido dentro do gigante da Pampulha. Foi o Atlético e São Paulo em 1977. Quem estava, sofreu muito, um episódio que fica na minha cabeça, lembro muito daquilo. Gostaria de estar presente, mas queria mudar a história. O Atlético perdeu invicto o Campeonato Brasileiro daquele ano. Uma pena!”.

Lembranças: “Primeiro estádio grande que eu conheci foi o Mineirão, porque eu venho de Três Pontas, no interior. E é até curioso porque eu vim para Belo Horizonte em 1991 para trabalhar na Rádio Globo. E a primeira vez que eu vi o Mineirão, que eu fui a um jogo, foi na minha estreia na Globo, na seminal do Campeonato Brasileiro de 1991, entre Atlético e São Paulo. O jogo foi 1 a 1, Mário Tilico fez o gol do São Paulo e Kleber fez para o Atlético. E nesse jogo eu não narrei, não comentei, não participei diretamente. Eu me lembro que o narrador era o Willian Jorge, e ele me disse: ‘desce lá e ajuda a puxar cabo porque um operador faltou’. Então, a minha estreia no Mineirão foi ajudando os operadores a puxar cabo”.

Gol de Leonardo Silva na partida contra o Olimpia
Cortesia Rádio Itatiaia



MILTON NAVES

Milton Naves é dono de uma longa carreira no rádio mineiro. Começou a trabalhar na Rádio Cultura AM ,de Alfenas, em 1974, aos 17 anos. Cinco anos depois, deixou o interior e ganhou a capital mineira. Em Belo Horizonte, o primeiro emprego veio na Rádio Guarani. Pouco depois, foi convidado por Osvaldo Faria a integrar a equipe de esportes da Itatiaia, emissora no qual ainda trabalha.

Partida inesquecível: “Até por estar muito recente, o Brasil x Alemanha é um dos jogos inesquecíveis. Eu quero esquecê-lo, mas essa goleada ficará marcada na história. Eu fiz quase todos os jogos da Seleção Brasileira nesta Copa do Mundo aqui no Brasil, e para mim foi muito doloroso a derrota do jeito que foi, no Mineirão. Participei de muitos clássicos, de outros grandes jogos, mas este Brasil x Alemanha já entrou para a história”

Gol inesquecível: “Os três gols de pênalti do Ronaldo contra a Argentina. Todos eles foram especiais. Fica a lembrança de um Mineirão lotado em uma noite especial que o Ronaldo voltava ao estádio depois de ter passado pelo Cruzeiro na década de 1990. Foi uma noite inesquecível”

Lembranças:
“Teve um Atlético e Cruzeiro, um dos muitos que fiz a abertura da jornada. Eu ainda era muito jovem, e o Éder tinha acabado de chegar da Copa do Mundo da Espanha, foi eleito o 5º melhor jogador. O Éder sempre foi pavio curto, estopim curto. E neste clássico ele foi expulso depois de uma briga com o Nelinho. Nesta partida, eu tive que sair antes do fim do jogo para voltar ao estúdio da Itatiaia para apresentar a Grande Resenha Esportiva. Quando sai do estádio, fui pegar o meu carro e vi o Éder. Ele ainda não me conhecia bem. E ele falou que tinha que ir para o bairro Planalto, onde ficava o Casarão do Planalto, local onde os jogadores se concentravam, se eu poderia dar uma carona para ele. E eu o levei. Durante uma conversa, ele me confidenciou que iria encerrar a carreira. Cheguei correndo na redação e falei com o Emanuel Carneiro. Na verdade era uma brincadeira. Eu era menino e tinha acreditado, se tivesse com o microfone na mão tinha falado...”


OSVALDO REIS
Osvaldo Reis começou a vida de narrador em 1979. Pequetito, como é conhecido, fez longa carreira no interior mineiro antes de trabalhar na capital. Passou pelas emissoras Progresso de Monte Santo, Difusora de São Sebastião do Paraíso, Cultura e Atenas de Alfenas. Na capital, despertou para os estudos e voltou às salas de aula. Formou-se em jornalismo. Hoje, trabalha na Rádio Globo.

Partidas inesquecíveis: “A decisão da Copa Libertadores de 1997, os três títulos do Campeonato Brasileiro do Cruzeiro que pude narrar, a segunda Conmebol do Atlético, a volta do Ronaldo ao Mineirão com a Seleção Brasileira em um jogo contra a Argentina, a Libertadores do Atlético, as viradas na Copa do Brasil contra Flamengo e Corinthians. Tive a sorte de viver momentos únicos no Mineirão”

Gol inesquecível: “São tantos os gols inesquecíveis. Se for para eleger um só, fico com o do Alex, pelo Cruzeiro, contra o Fluminense. Esse foi o gol da consagração do Alex diante de um Mineirão lotado. Foi uma goleada do Cruzeiro, e naquele torneio o Alex foi o Messi do Cruzeiro. Grande campanha, grande ídolo, e ele presenteou todos nós com aquele belíssimo gol. E vou falar também de um gol do novo Mineirão. Não posso esquecer o gol do Everton Ribeiro contra o Flamengo. Plasticidade, rapidez de raciocínio e habilidade. Eu narrei e gritei 16 vezes golaço. Foi como um pintor fazendo um quadro”

Lembranças: “Eu converso muito com o Alberto Rodrigues, somos amigos. E a gente fala muito da emoção daquele gol do Geovanni pela Copa do Brasil de 2000. Havia um clima de confiança muito grande da torcida na possibilidade da virada, já que o São Paulo saiu na frente. O Fábio Júnior empatou, e o gol sairia de qualquer jeito mesmo, porque o Geovanni marcaria, mas o zagueiro não deixou. Em seguida, ele cobrou a falta e a bola passou caprichosamente por baixo das pernas de um jogador. Foi muito emocionante”

Gol de Everton Ribeiro contra o Flamengo
Cortesia Rádio CBN/Globo



Gol de Alex contra o Fluminense
Cortesia Rádio CBN/Globo


SILVA NETTO
Conhecido como garganta de ouro, Silva Netto começou a carreira em 1979. Na capital, trabalhou nás rádios Guarani, América, Inconfidência, Capital e Cultura. Hoje, está na Rádio Vanguarda, do Vale do Aço. Paralelamente, atua como representante comercial.

Gol inesquecível: “O momento inesquecível, o gol mais bonito, foi do Aristizabal, em 2003, na decisão da Copa do Brasil contra o Flamengo. Mesmo baixinho, ele se posicionava muito bem dentro da área. O levantamento veio um pouco atrás para a posição em que ele estava na área, mesmo assim ele voou na bola e ainda conseguiu cabecear a bola e fazer o gol”

Partida inesquecível: “Jogo mais emocionante que narrei foi uma vitória do Atlético sobre o Corinthians por 3 a 2 (Campeonato Brasileiro de 1994). O Galo começou melhor, abriu o placar, mas o Corinthians melhorou e virou o jogo. O Atlético ainda teve forças para empatar e virar o jogo. O Mineirão estava lotado, a torcida fazia uma festa bonita. O grande nome do jogo foi o Reinaldo, mas não era o Rei, era o Reinaldo da década de 1990. Fez a melhor partida dele com a camisa do Atlético”.

Lembranças: “Antes de me tornar profissional de imprensa, frequentava o Mineirão por amor ao futebol. Certa vez, estava assistindo a um jogo ao lado de um amigo. E começou uma confusão e meu amigo entrou no meio, acabamos participando de um bate-boca, e fomos obrigados, pela segurança, a deixar o estádio. Ali, jurei que só voltaria no Mineirão para trabalhar como um profissional da imprensa. E assim fiz”


WILLY GONSER
Willy Gonser trabalhou em cinco das mais tradicionais rádios do país: Gaúcha, Nacional, Jovem Pan, Itatiaia e Inconfidência, na qual ainda atua como comentarista. Na Itatiaia, marcou época transmitindo jogos do Atlético por quase 25 anos.

Gol inesquecível: “Um dos muitos gols, foi o gol do Negrini, na final da Copa Conmebol de 1992. O Atlético ganhou o primeiro jogo no Mineirão por 2 a 0, e o Negrini marcou os dois da partida. O gol do Negrini foi excepcional”

Lembranças: "Tenho aquelas mesmas emoções que tanta gente já relatou em dias de grandes torcidas, quando o Mineirão tremia. Foi uma série de vezes que isso aconteceu e depois os técnicos (engenheiros) comprovaram que ele tremia mesmo".


Entrevista concedida ao Superesportes em 2012. Alegando questões de saúde, Willy Gonser não conversou com a reportagem

Gol de Ronaldo contra a Seleção Argentina
Cortesia Rádio Itatiaia



Gol de Ailton contra o Olimpia
Cortesia Rádio Itatiaia


Alberto Rodrigues e Mário Henrique "Caixa" lembram narrações históricas


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