Publicidade

MINEIRÃO 50 ANOS

Personalidades da música mineira revelam seus jogos marcantes na história do Mineirão

Venturini, Sideral e Lô Borges lembraram grandes pelejas de seus times

postado em 12/09/2015 08:00 / atualizado em 12/09/2015 11:47

Arquivo Pessoal

CLÁUDIO VENTURINI


Arquivo EM
"Tenho vários jogos marcantes na trajetória de Mineirão. Aquele histórico 6 a 2, no Santos de Pelé, em 1966, eu era criança de colo e estava com meu pai no estádio. Mas o mais destacado foi em 94, quando já era de fato um torcedor. Foi um clássico contra o Atlético, 3 a 1, quando o Cerezo estreou pelo Cruzeiro. Na época, lembro que o Cerezo estava na Itália, querendo voltar ao Brasil, o Atlético não quis repatriá-lo e ele acabou no Cruzeiro. Coincidentemente, a estreia dele foi no clássico. Na ocasião, um menino de 17 anos, chamado Ronaldo (foto), recebeu três assistências do Cerezo e acabou com o jogo. Foi um passeio. O Ronaldo estava voando, era verdadeiramente um fenômeno. Acabou com a carreira de um cara chamado Kanapkis, que nunca mais jogou (risos). Esse jogo foi muito legal, reforçando que todos os ídolos do Atlético só foram campeões no Cruzeiro (risos). Foi um jogo marcante, era para ter muito mais gol. Gostei muito de ter estado no estádio."

Ficha do jogo: Cruzeiro 3 x 1 Atlético

Motivo: Campeonato Mineiro
Data: 06/03/1994
Estádio: Mineirão
Público: 68.801
Renda: Cr$ 311.846.500
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas
Gols: Ronaldo (25'', 6', 39' 2ºT), Paulo Roberto (16' 2ºT)

Cruzeiro: Dida; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luisinho, Nonato, Douglas, Toninho Cerezo, Luiz Fernando (Rogério Lage), Cleison, Ronaldo, Roberto Gaúcho. Técnico: Enio Andrade.

Atlético:
Humberto, Luis Carlos Winck, Adilson, Kenapkis, Paulo Roberto, Éder, Lopes, Valdir, Neto, Renato Gaúcho, Reinaldo (Gaúcho), Darci (Éder). Técnico: Valdir Espinosa

Arquivo EM

WILSON SIDERAL


Arquivo EM
"Não tem como fugir da final da Libertadores de 2013. Foi um dia épico, deixei para decidir se ia ao jogo no último dia, porque tinha família, a indecisão se levava ou não meus filhos. No dia do jogo decidi ir sozinho e fui correr atrás de ingresso. Fui para a sede e consegui comprar de uma família do interior, que tinha desistido de ir para o estádio.

Até ali, a torcida tinha aquela coisa pesando nas costas, o pessoal de fora não acreditando no Galo. Mas esse dia, com o “eu acredito”, alguma coisa foi falando para o meu coração: ‘vai e fecha sua cabeça para a sorte’ e foi um dia histórico. O que aconteceu no estádio tem algo de supernatural. Observei gente ajoelhada no chão, rezando, orando, aquele grito do ‘eu acredito’ ecoando, uma catarse coletiva. Não tem explicação o que aconteceu, só quem estava lá sabe. Foi um negócio de louco.

No fim, todo mundo sabe a história, talvez seja uma das mais importantes de toda trajetória do Atlético. Muitas coisas se encaixaram e as coisas começaram a acontecer ali. O que a gente vê hoje, o momento do Galo, é fruto também daquilo. O Mineirão já viveu muitos momentos de atenção, sempre a casa do futebol mineiro, mas aquela final, para mim, vai ficar para sempre."

Ficha do jogo: Atlético 2 (4) x (2) 0 Olímpia

Motivo: final da Copa Libertadores
Data: 24/07/2013
Estádio: Mineirão
Público: 56.557 pagantes
Renda: R$ 14.176.146,00
Árbitro: Wimar Roldan (COL)
Gols: Jô (1’ 2T) e Leonardo Silva (40’ 2T)

Atlético: Victor; Michel (Alecsandro), Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre (Rosinei), Josué, Tardelli e Ronaldinho; Bernard e Jô. Técnico: Cuca

Olímpia: Martín Silva; Manzur, Miranda e Candia; Alejandro Silva (Giménez), Mazacotte, Aranda, Pittoni e Benítez; Salgueiro (Baez) e Bareiro (Ferreyra). Técnico: Ever Hugo Almeida

Divulgação

LÔ BORGES


Arquivo EM
“O jogo que me marcou foi um clássico entre Cruzeiro e Atlético, em 1967. Lembro que estava chovendo muito, era domingo à tarde, Campeonato Mineiro, e o placar foi 3 a 3. O Cruzeiro tinha um time espetacular, mas o Atlético era bem regular e começou ganhando de 2 a 0. Aos 10 minutos do primeiro tempo o Tostão teve que sair, machucado, e o Cruzeiro ficou desfalcado. O Zé Carlos entrou em seu lugar. O Atlético voltou para o segundo tempo, marcou mais um gol, e abriu 3 a 0. Só aí o Cruzeiro começou uma reação espetacular e empatou. Não só empatou como, aos 44 minutos do segundo tempo, com o Zé Carlos, meteu uma bola na trave (foto) e quase virou o jogo. Foi espetacular. Lembro que fui ao jogo com meu time de futsal, íamos a todas as partidas na década de 70.”

Ficha do jogo: Cruzeiro 3 x 3 Atlético

Motivo: Campeonato Mineiro
Data: 26/11/1967
Estádio: Mineirão
Público: 90.838
Renda: Ncr$ 272.761
Árbitro: Etalvino Rodrigues (SP)
Gols: Lacy (21'1ºT; 15'2ºT), Ronaldo (39'1ºT), Natal (16'2ºT, 18'2ºT), Piazza (30'2ºT)

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Vitkro, Procópio, Neco, Piazza, Dirceu Lopes, Natal, Evaldo, Tostão (Zé Carlos), Hilton Oliveira. Técnico: Orlando Fantoni

Atlético: Hélio, Canindé (Dilsinho), Vander, Grapete, Décio Teixeira, Wanderley, Amauri, Buião, Ronaldo, Lacy e Tião. Técnico: Fleitas Solich