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Brasil sonha com madrugada histórica de 9 medalhas até a manhã de terça

É improvável, mas país tem chance de conquistar uma série de pódios em um intervalo curto nos Jogos Olímpicos de Tóquio

02/08/2021 13:00 / atualizado em 02/08/2021 15:45
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Pugilista Beatriz Ferreira é campeã mundial e candidata ao ouro na categoria entre 57kg e 60kg
foto: Luis Robayo/AFP

Pugilista Beatriz Ferreira é campeã mundial e candidata ao ouro na categoria entre 57kg e 60kg

O início da segunda semana dos Jogos Olímpicos de Tóquio pode reservar uma madrugada histórica para o Brasil. Entre a noite desta segunda-feira e a manhã de terça, a delegação sonha com um desempenho perfeito que pode render a marca impressionante de nove pódios. É quase impossível que isso ocorra, mas é fato que o país entra forte na briga por em seis modalidades - e é favorito para conquistar pelo menos cinco medalhas (na canoagem, no atletismo, no futebol, na vela e no boxe). O Superesportes destrincha a noite dos sonhos para os brasileiros no Japão.

Canoagem

Não conquistar uma medalha na canoagem nesta segunda-feira seria uma das grandes decepções da Olimpíada para o Time Brasil. Dono de duas pratas e um bronze no Rio de Janeiro (2016), Isaquias Queiroz terá como parceiro Jacky Godmann na final da C2 1.000m. Originalmente, a dupla do medalhista olímpico seria Erlon Souza, que foi vetado da competição por conta de uma lesão crônica.

Isaquias e Jacky não são exatamente favoritos ao ouro nesta categoria. Juntos, foram bronze numa competição recente que reuniu alguns dos principais adversários. Em Tóquio, os brasileiros enfrentam grande concorrência de chineses, alemães e cubanos no Sea Forest Waterway. A final está marcada para esta segunda-feira, às 23h53, e só não contará com a presença do Brasil em caso de uma surpresa enorme na fase anterior.

Atletismo

Alison dos Santos está voando nos 400m com barreiras. Na semifinal, percorreu o trecho em 47s31 - segundo melhor tempo da semifinal - e bateu o recorde sul-americano da prova, que era dele mesmo. O jovem de 20 anos é o principal nome do atletismo brasileiro em Tóquio e tem tudo para conquistar uma medalha. A final está marcada para esta terça-feira, à 0h20.

Mais tarde, às 7h20, o Estádio Olímpico vai receber Thiago Braz, campeão no salto com vara no Rio de Janeiro. Mas o brasileiro está longe de ser favorito. Ele faz um ano regular, sem resultados de grande expressão. Pode surpreender, mas chega sob desconfiança - e sem clube - na decisão em Tóquio. A maior estrela da prova é o sueco Armand Duplantis, recordista mundial da prova. Em seguida, aparecem nomes como o francês Renaud Levillenie (derrotado por Braz no Brasil) e o estadunidense Christopher Nilsen. Com COVID-19, Sam Kendricks, também dos EUA, está fora da disputa.

Futebol

O time masculino do Brasil é grande candidato ao ouro. Com vários jogadores experientes no elenco - como o polivalente Daniel Alves e o goleiro Santos - e jovens promissores, a equipe chegou à semifinal após apresentar um bom futebol na vitória por 1 a 0 sobre o Egito, nas quartas. O rival da próxima fase será o México, em jogo marcado para terça-feira, às 5h, em Kashima. Se vencer, garante ao menos a medalha de prata. Japão e Espanha brigam pela outra vaga na decisão.

Boxe

O boxe já rendeu duas medalhas olímpicas para o Brasil em Tóquio, com Abner Teixeira (categoria entre 81kg e 91kg) e Hebert Conceição (até 75kg). E a tendência é que saia ao menos mais um medalhista da modalidade.

A grande favorita a assegurar o terceiro pódio é Beatriz Ferreira, campeã mundial e candidata ao ouro na categoria 57kg e 60kg. A baiana vai enfrentar a uzbeque Raykhona Kodirova, nesta terça-feira, às 5h, pelas quartas de final. Se vencer, fica ao menos com o bronze, já que o boxe olímpico não tem disputa pelo terceiro lugar.

Mais tarde, Wanderson de Oliveira encara o cubano Andy Cruz, às 6h18, em duelo que também vale vaga na semifinal. Trata-se de um confronto mais complicado para o brasileiro, já que o adversário é uma das grandes estrelas da modalidade.

Vela

É praticamente impossível, mas, matematicamente, a dupla formada por Gabriela Nicolino e Samuel Albrecht ainda tem chance de medalha na Nacra 17 da vela. Os brasileiros se classificaram para a regata da medalha na 10ª colocação - última que garante vaga na rodada decisiva. A tendência é que eles fiquem sem o sonhado pódio em Tóquio.

A grande chance de medalha brasileira na modalidade é da dupla Martine Grael/Kahena Kunze, na classe 49erFX. Elas foram campeões olímpicas nos Jogos do Rio de Janeiro, estão em 2º em Tóquio e decidiriam o ouro na última madrugada, mas a regata foi adiada por falta de vento. Será disputada amanhã, a partir de 0h33.

Ginástica artística

Depois do brilho intenso de Rebeca Andrade, outra brasileira tenta fazer história no Centro de Ginástica de Ariake. Flavia Saraiva, de 21 anos, disputa a final da trave nesta terça-feira, a partir das 5h50. A brasileira chegou a Tóquio como candidata a três medalhas, mas se machucou durante a classificatória do solo. A torção no tornozelo a fez chorar e desistir do aparelho seguinte. Nos últimos dias, tentou acelerar o processo de recuperação, mas as dores tornam as chances de pódio menores.

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