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Brasil enfrenta Espanha neste sábado por raro bicampeonato olímpico seguido

Seleção Brasileira tenta igualar feito que só quatro países conseguiram no futebol masculino

Seleção Brasileira tenta igualar feito que só quatro países conseguiram no futebol masculino
foto: Lucas Figueiredo/CBF

Seleção Brasileira tenta igualar feito que só quatro países conseguiram no futebol masculino



Apenas quatro países na história conseguiram conquistar o ouro olímpico no futebol masculino duas vezes seguidas. E o Brasil pode se tornar o quinto nesta seleta galeria neste sábado. Para isso, precisa vencer a final contra a forte Seleção Espanhola, em jogo marcado para 8h30, em Yokohama.

Campeã no Rio de Janeiro (2016), a Seleção Brasileira tenta repetir o feito na Olimpíada de Tóquio. Somente Grã-Bretanha (1908 e 1912), Uruguai (1924 e 1928), Hungria (1964 e 1968) e Argentina (2004 e 2008) ganharam o bicampeonato consecutivo na história centenária do futebol olímpico, que passou a integrar o programa do evento em 1900 (Paris), na segunda edição da Era Moderna.

Ganhar dois ouros consecutivos é raro para o Brasil em qualquer modalidade. O país conseguiu a sequência dourada apenas duas vezes. A primeira foi com o lendário Adhemar Ferreira da Silva, campeão no salto triplo nos Jogos de Helsinque (1952) e Melbourne (1956).

Depois, foi preciso mais de meio século para um novo bicampeonato. Em Pequim (2008) e Londres (2012), a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei levou o título contra os Estados Unidos. Em Tóquio, tentará o terceiro ouro olímpico justamente contra o mesmo adversário, no domingo, a partir de 1h30.

Duelo de favoritos


Desde o início do torneio olímpico, Brasil e Espanha eram apontados como os principais favoritos ao título. A Seleção Brasileira, ao contrário de outras equipes com vasta tradição no esporte, costuma levar mais a sério a Olimpíada e, por isso, fazer convocações com jogadores importantes. No Japão, por exemplo, nomes como os do goleiro Santos e do lateral-direito Daniel Alves encabeçam a lista dos destaques acima dos 24 anos. A eles, soma-se o zagueiro Diego Carlos.

"A gente tem conversado sobre isso, sobre como foi importante. Os três acima da idade deram um peso à nossa equipe, um toque de experiência, de maturidade que nos faltava. A gente sofreu no Pré-Olímpico, especialmente no sistema defensivo, que é onde carece mais de experiência. Normalmente os goleiros mais jovens jogam menos, os zagueiros mais jovens têm também baixa minutagem, isso é bastante comum. A experiência só vem com o tempo, com os jogos, com jogos decisivos", disse o técnico André Jardine.

Já a Espanha é um caso peculiar. A Lei do Esporte local impede que os clubes vetem a convocação dos jovens destaques - algo que não ocorre em outros países europeus, por exemplo. Descumprir a regra, que vale para todas as modalidades, é considerado infração grave. Por isso, a equipe ibérica conta com um time forte, formado por vários atletas que integraram a seleção que caiu na semifinal da Eurocopa deste ano para a campeã Itália.

"Uma final é vencida controlando e dominando todos esses aspectos, então vamos tentar minimizar as principais características do Brasil o melhor que pudermos e valorizar as nossas", disse o técnico espanhol Luis de la Fuente. "Queremos que todos os espanhóis se sintam orgulhosos desta seleção. Desde a tranquilidade de valorizar que fizemos algo importante como chegar a uma final, vamos com tudo. Queremos o ouro e queremos lutar para ter o nosso melhor dia e tentar obtê-lo"", completou.

Reforço ofensivo


Para enfrentar o forte time espanhol, o Brasil deve contar com um reforço importante. O atacante Matheus Cunha se recuperou de uma contratura muscular na coxa esquerda sentida ainda nas quartas de final diante do Egito, treinou normalmente com os companheiros e deve voltar ao time titular. Nesse caso, Paulinho retorna ao banco de reservas.

Essa deve ser a única modificação feita pelo técnico André Jardine para a decisão de sábado. O restante do time deve ser o mesmo que iniciou a semifinal contra o México, vencida no drama dos pênaltis. E é com ele que o Brasil vai tentar buscar o raro e tão sonhado bicampeonato olímpico.

BRASIL X ESPANHA


Brasil
Santos, Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Antony, Matheus Cunha e Richarlison

Técnico: André Jardine

Espanha
Unai Simon; Marc Cucurella, Pau Torres, Eric Garcia, Bryan Gil; Martin Zubimendi, Pedri, Mikel Merino; Marco Asensio, Mikel Oyarzabal, Dani Olmo

Técnico: Luis de la Fuente

Motivo: final dos Jogos Olímpicos

Local: International Stadium Yokohama, em Yokohama, no Japão

Data e horário: sábado, 7 de agosto de 2021, às 8h30 (de Brasília)

Árbitro: Chris Beath (AUS)

Assistentes: Anton Schetinin (AUS) e George Lakrindis (AUS)

VAR: Abdulla Al Marri (CAT)

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