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Medalhista de ouro paralímpico em Tóquio usa cadeira doada em Diamantina

Mineiro Gabriel Araújo usa equipamento adaptado pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER) de Diamantina

30/08/2021 14:53 / atualizado em 30/08/2021 15:58
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Gabriel Araújo, medalhista de ouro na natação paralímpica, usa cadeira de rodas adaptada em Diamantina
foto: Reprodução

Gabriel Araújo, medalhista de ouro na natação paralímpica, usa cadeira de rodas adaptada em Diamantina

Gabriel Araújo, medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos de 2020, carrega um 'pedaço' da cidade mineira de Diamantina em Tóquio. Em janeiro de 2020, no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) da cidade localizada na Região Central de Minas, o atleta recebeu sua sonhada cadeira de rodas motorizada, que o acompanha desde então, inclusive durante seu período no Japão. 

Gabriel conquistou a primeira medalha do Brasil na Paralimpíada de Tóquio – a prata nos 100m costas, na categoria S2. Em seguida, voltou ao pódio com uma histórica medalha de ouro nos 200m livre.

O atleta chamou a atenção de um médico de Diamantina quando usava um smartphone com os pés. O profissional da saúde encaminhou Gabriel para atendimento no CER e para receber a cadeira de rodas fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

À época, o agora medalhista paralímpico postou em suas redes sociais: "Me faltam palavras para expressar tamanha alegria, mas queria dizer que estou profundamente agradecido por essa doação do CER de Diamantina... realizei mais um sonho e agora consigo ainda mais alcançar a minha independência. Muito obrigado a todos os envolvidos, vocês mudaram a minha vida".

Considerado um dos mais importantes centros de reabilitação do país, o CER Diamantina passou por período de dificuldade financeira, chegou a fechar as portas por causa de dívidas, e se recuperou após intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

De acordo com a diretora da instituição, Tereza Cristina Santiago e Faria, a cadeira foi adaptada a Gabriel para que ele conseguisse acionar os comandos com os pés, já que não tem os braços.

Gabriel Araújo é portador de focomelia, doença congênita que provoca má formação dos membros. A rapidez com que o atleta se adaptou à cadeira surpreendeu a equipe.

Em Tóquio, ele usa sua cadeira de rodas motorizada enquanto se prepara para mais duas provas: os 200m livre e os 50m costas.

Gabriel é torcedor do Cruzeiro e começou a nadar ainda criança, em Corinto, onde foi criado. Com irreverência, o nadador comemora conquistas com 'dancinhas' e é figura ativa nas redes sociais.

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