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GALO CAMPEÃO

De azarado a campeão da Libertadores: Cuca coroa trabalho no topo da América

Treinador conquista o primeiro título de expressão da elogiada carreira

postado em 25/07/2013 01:04 / atualizado em 25/07/2013 03:40

AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO

Não faltou sorte, não faltou competência na hora da decisão. A conquista da Copa Libertadores serviu também para Cuca exorcizar rótulos que o perseguiam. O “azarado” e “pé-frio” virou campeão da América.

Logo após ver o Atlético derrotar o Atlético o Olimpia no Mineirão por 2 a 0 e nos pênaltis por 4 a 3, muita coisa passou na cabeça desse paranaense. "É muita coisa que passa pela cabeça, muita emoção, pressão, responsabilidade. O Atlético é sofrido, é azarado, eu também... mas agora nós quebramos tudo isso aqui. Não tem mais azar... porra nenhuma!

Foi uma longa caminhada até a consagração. Bons trabalhos e uma busca incansável pela taça.

Com o São Paulo, em 2004, uma desclassificação na semifinal da Libertadores pelo então desconhecido Once Caldas, da Colômbia, que viria a ser o campeão.

Depois, em 2007 e 2008, dois vice-campeonatos cariocas com o Botafogo e, em 2008, uma eliminação em semifinal da Copa do Brasil para o Figueirense, com direito a muita reclamação da arbitragem.

Em 2009, foi novamente vice-campeão, desta vez com o Fluminense e da Copa Sul-Americana. Comandou a incrível reação do clube no campeonato Brasileiro, salvando o time de 99% de chances de rebaixamento. Quis o destino que o Tricolor, já sem Cuca, fosse campeão brasileiro no ano seguinte. O treinador terminou como vice, no Cruzeiro.

Na Libertadores, a melhor campanha da fase de grupos sucumbiu novamente frente ao Once Caldas, de maneira prematura, nas oitavas de final.

A volta por cima veio no Atlético. Não foi fácil, como tudo na carreira de Cuca. Primeiro, tirando o Galo da ameaça de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Durante o processo de montagem da equipe, um título mineiro, mas fracasso na Copa do Brasil. Bancou a contratação de Ronaldinho Gaúcho, um marco para o Atlético.

No Brasileirão, uma campanha histórica no primeiro turno, a melhor da era dos pontos corridos, mas decepção no returno e mais um vice-campeonato no currículo.

Supersticioso e devoto de Nossa Senhora, Cuca nunca perdeu a fé. A glória o aguardava no topo da América. A histórica campanha com o Atlético na Libertadores colocou o treinador no rol dos campeões.

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