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Um tanque a caminho da Copa

postado em 25/07/2013 09:27 / atualizado em 25/07/2013 14:15

Gladyston Rodrigues/EM
Forte, alto e esguio. Praticamente um tanque. Assim definiu Cuca quando Jô chegou desacreditado ao Atlético em 23 de maio de 2012, depois de passagem conturbada pelo Internacional. Não foi fácil convencer a torcida atleticana, mas o paulistano João Alves de Assis Silva, de 26 anos, que surgiu como promessa no Corinthians antes de atuar na Europa, teve tranquilidade para dar a volta por cima. Ele se destacou como um dos principais goleadores alvinegros, chegou à Seleção Brasileira, pela qual foi campeão da Copa das Confederações, e tem mais chances de ir à Copa de 2014, por exemplo, do que o companheiro de clube e amigo Ronaldinho Gaúcho. Autor do primeiro gol da vitória sobre o Olimpia, ele está cada vez mais em alta.

O atacante já disse e reiterou que vive no Galo a melhor fase da carreira. A mulher, Cláudia Maria dos Santos Silva, confirma. Casada há sete anos com Jô, Claudinha, como prefere ser chamada, revela que a campanha no alvinegro transformou a vida do marido. Devido aos excessos fora de campo no Inter, ela chegou a pedir a separação. “Ele conheceu muita gente ruim, ia muito para a noite e perdeu o foco. Éramos muito novos e não consegui administrar aquilo. Ele ficou muito desestruturado de família, mas veio para o Atlético e as coisas mudaram. Hoje é outra pessoa. Não me esqueço do dia em que disse: ‘Vida, eu precisava muito de você naquele tempo’.”


DEU SAMBA
Carioca, musa do Salgueiro há quatro anos, Claudinha conheceu o jogador na Rússia, onde a escola de samba tijucana fez um show em 2006. “Ele jogava no CSKA, mas eu nem sabia quem era, porque nunca gostei de futebol. Ele e outros jogadores foram ao nosso show e eu achava que ele jogava basquete, por causa do tamanho e da cabeleira. Paqueramos, namoramos e nos casamos.”

A mulher revela faceta pouco conhecida da personalidade do atacante. “Eu me casei com o João, não com o Jô. O João é uma pessoa correta, passional, que tem a gratidão como uma de suas principais virtudes. Mas também se fecha diante dos problemas, fica triste e tem muita fé.” Irmã do atleta, Elaine Cristina emenda: “Ele é amoroso, atencioso, ótimo irmão, filho e marido. Falar do Jô para mim é muito especial”. Para ela, não se trata de simples orgulho fraterno. Mais velha de quatro irmãos, era quem cuidava do caçula quando a mãe saía para trabalhar. “Eu o levava à escola, mandava tomar banho, dava comida... Desde pequeno ele queria jogar futebol e eu sempre apoiei. Era eu quem o levava para a escolinha de futebol. Fico muito feliz por ver que aquele menino que adorava um desenho animado se transformou na pessoa que é hoje.”



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