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PAN-AMERICANO

COB vê dever cumprido do Brasil em Toronto, mas teme lesões ao aspirar meta para 2016

Após desempenho em Toronto, entidade mira lugar no top 10 nos Jogos do Rio

postado em 27/07/2015 11:36 / atualizado em 27/07/2015 11:46

GETTY IMAGES

Após aprovar a participação do Time Brasil no Pan e comemorar a conquista das metas traçadas - entre elas o terceiro lugar no total de medalhas, com 141, e vantagem sobre Cuba no número de ouros (41 a 36) - , o Comitê Olímpico do Brasil (COB) volta seu foco para os Jogos do Rio e a maior preocupação é com o estado físico dos atletas. A entidade sabe que qualquer problema de contusão com os principais candidatos a medalhas pode atrapalhar o plano do País de ficar entre os dez primeiros no número total de pódios.

“Temos algumas preocupações para os Jogos Olímpicos, a principal delas é lesão. Uma ação importante é prevenção, estamos fazendo um trabalho grande com todas as confederações sobre isso, a segunda é recuperação dos lesionados ou atletas em fim de temporada, como os da NBA. Eles estão sendo cuidados para estarem inteiros quando a temporada começar”, explica Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de esportes do COB.

O dirigente lembra que o processo para a Olimpíada será dividido em duas partes: uma, com os jovens, que terão de ganhar o máximo de experiência possível até agosto do próximo ano, e outra, com os veteranos, que serão preservados para que possam render no Rio. “Temos um misto de atletas experientes, como os velejadores Scheidt e Bimba, e eles têm de ser tratados a pão de ló, e atletas mais jovens, que temos de acelerar a maturação. Pode até ser que tenham melhores resultados em Tóquio, em 2020, mas muitos serão nossos titulares em 2016”, continua.

Se os veteranos estão deixando um legado e vão ajudar a conquistar medalhas no Rio, os jovens estão pedindo passagem. Em Toronto, ajudaram o Brasil a fazer história nos saltos ornamentais, com Ingrid de Oliveira e Giovanna Pedroso, no tênis de mesa, com Hugo Calderano e Lin Gui, na natação, com Etiene Medeiros, sem falar de feitos no badminton, hipismo CCE, luta olímpica e ciclismo de pista.

Thiago Pereira saiu do Pan como grande astro, pelo recorde de medalhas nas edições do evento, e a canoagem fez o País olhar para uma modalidade que vem tendo resultados excelentes com Isaquias Queiroz e Ana Sátila, bons nomes para 2016. No atletismo, que contou com o brilho da prata de Fabiana Murer no salto com vara, a delegação volta do Canadá com muitas dúvidas.

A modalidade obteve apenas 13 medalhas (uma de ouro, seis de prata e seis de bronze) e passará a ser vigiada de perto pelo COB. “O atletismo sai do Pan como ponto de atenção, vamos conversar no Brasil para ver o que fazemos até a Olimpíada”, revela Marcus Vinicius, que aproveitou para elogiar as modalidades coletivas que brilharam no Pan, como o handebol, o futebol feminino, o polo aquático e o basquete masculino.

Para Nélio de Moura, treinador do atletismo, o nível técnico do Pan superou as suas expectativas, mas ele reconhece que os pódios vieram em menor número do que ele imaginava. “Gostei do nosso desempenho, mas poderia ser melhor, a gente estava esperando um pouco mais. Agora vamos voltar para o Brasil, conversar, ver se houve alguma falha e onde elas ocorreram, de uma maneira bastante construtiva para a gente tentar melhorar”, afirma.

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