Como imagem de capa do vídeo, o comentarista da ESPN escreveu “Futebol venceu” sobreposto a uma foto da comemoração argentina. No vídeo, Mauro Cezar relembrou times e treinadores históricos do Cruzeiro. Segundo o jornalista, a equipe praticava um jogo ofensivo, o que não se vê com Mano Menezes.
“Ao contrário daquele time dos anos 70, time que era super agressivo, jogava no ataque, fazia gols, e que tinha como técnico Zezé Moreira, o Cruzeiro de hoje renega boa parte de sua história. O time de Tostão e Dirceu Lopes, o time de Vanderlei Luxemburgo, com Alex, no comando no começo deste século, e até o time do Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. Times ofensivos, que buscavam o gol, com diferentes estilos, é verdade. Mano Menezes, a cada ano, a cada temporada, fica mais apegado à retranca, ao jogo defensivo, cada vez parece abrir mão do ataque, do direito de atacar, mesmo tendo jogadores com qualidade o bastante para isso”, disse Mauro Cezar.
No jogo dessa terça-feira, o Cruzeiro teve 45% de posse de bola contra 55% do River Plate. A equipe celeste finalizou oito vezes, contra 14 dos argentinos. Ambas as equipes acertaram a meta três vezes.
Em outro momento do vídeo, já na finalização do raciocínio, Mauro Cezar Pereira criticou o pensamento de Mano Menezes. Para o jornalista, a diretoria do clube e o treinador precisam pensar em vencer competições maiores do que a Copa do Brasil, como Copa Libertadores e Campeonato Brasileiro.
“Mano tem fracassado mais do que tem conseguido sucessos. É a segunda Libertadores com eliminação em casa diante de uma equipe argentina: ano passado para o Boca, agora para a equipe do River. No Brasileiro, tem feito campanhas risíveis. E, claro, tem conseguido dominar o campeonato estadual, mas isso aí é café com leite, vamos combinar, né? No entanto, venceu duas vezes a Copa do Brasil e tem a possibilidade real de ganhar a terceira consecutiva. A grande questão é: ‘O que o Cruzeiro quer da vida?’. Se alimentar apenas da Copa do Brasil, ou pensar grande? Pensar que, além de brigar pelo mata-mata nacional, ele pode ser mais competitivo na Libertadores, no Brasileiro, nas competições que são maiores do que a Copa do Brasil”.