Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte, afirmou que, para os investidores, o América é um clube mais atrativo para se comprar do que o Botafogo. Segundo ele, o Coelho seria uma melhor escolha do que o time carioca devido ao baixo valor de sua dívida.
Em 2020, o América teve um déficit de R$ 8,5 milhões. Somando anos anteriores, a dívida do clube chega a R$ 82 milhões. Por outro lado, o Glorioso deve quase R$ 1 bilhão. Além disso, o Coelho disputará a primeira divisão, enquanto o Fogão jogará a Série B. Para o jornalista, esses seriam fatores importantes que pesariam a favor do time mineiro.
“Para quem vale a pena, se está no papel de investidor, comprar o América talvez seja melhor negócio que o Botafogo. Tem ativos, menos dívidas, está na primeira divisão, pode ganhar mais dinheiro. Se o retorno for meramente financeiro, talvez o Botafogo não valha a pena, valha mais um clube de pequeno ou médio porte”, explicou, no programa Redação SporTV.
Em seu perfil no Twitter, Capelo voltou a destacar que, se a escolha do investidor for por interesse financeiro, o América seria uma melhor opção. “Um pouco mais do argumento: se o retorno buscado pelo investidor for meramente financeiro, sim, talvez a compra de um clube como o América seja mais interessante. Carrega menos dívidas, tem mais ativos, tem maior potencial para crescimento e revenda”, disse.
Investidor definido
Em sua volta ao América no dia 20 de abril, Marcus Salum, ex-presidente e atual coordenador de futebol clube-empresa, revelou que o clube já tem um investidor definido. O Coelho pretende se tornar um clube-empresa em breve, mas todos os detalhes da transformação ainda precisam ser apreciados e aprovados pelo Conselho de Administração e pelo Conselho Deliberativo.
O América também depende da aprovação no Congresso, em Brasília, do Projeto de Lei 5516/2019, do senador Rodrigo Pacheco, que estabelece a criação da Sociedade Anônima do Futebol. A partir daí, os clubes poderão deixar o status de associação e optar por se transformarem em empresas de capital aberto.
Em seu retorno, Salum também destacou que o clube é, em sua visão, um atrativo para os investidores. “Por ser organizado, por ter uma dívida pequena, estrutura, ética, seriedade. É por isso que estamos sendo procurados. Vários clubes querem investidores, mas com dívidas enormes, com problemas políticos internos. Então, nós podemos ter um ‘case’ de sucesso que vai mudar o futebol brasileiro. É um risco, sim, temos que calcular esse risco. Estamos trabalhando para isso. Estou voltando para isso”, afirmou.