Cruzeiro vive crise e torcida protesta

Na Série B do Brasileirão, time vive momento complicado e acesso está ameaçado

01/10/2020 16:13
Bruno Haddad/Cruzeiro
(foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)

 
O Cruzeiro é um dos maiores clubes da América do Sul. Dono de diversos títulos, como Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores da América. Mas o ano da equipe mineira não tem sido bom. Aliás, tem sido uma continuação do que foi 2019.

No ano passado, o time amargou o rebaixamento para a Série B do Brasileirão, algo inédito em sua história. Desde então, o clube passou a procurar uma saída para encontrar um rumo e deixar a crise para o passado. As melhores casas de apostas estavam ansiosas para saber qual seria o desempenho do time em uma espécie de recomeço.

No entanto, o time não conseguiu engrenar na temporada e tem amargado sucessivas crises. Já trocou de técnico em algumas ocasiões e, mesmo assim, não tem se arrumado em campo. O técnico da vez é o experiente Ney Franco, que ainda não deu jeito no time.

A campanha na Série B é péssima. O time começou com pontos negativos por causa dos problemas financeiros que acarretou nos últimos tempos. Até o momento, são oito pontos em dez jogos. O retrospecto inclui quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas. São onze gols feitos e doze sofridos. 

Na sexta (25), o time foi derrotado pelo Avaí por 1 a 0. O revés consolidou um aproveitamento ruim do clube no Brasileirão, abaixo dos 40%.

Torcida manifesta insatisfação

 
A derrota fez com que a torcida fizesse protestos contra a diretoria e o clube. Cerca de 60 cruzeirenses protestaram contra a campanha do time após a derrota no Mineirão. Antes, depois de perder para o CSA em Maceió, no Alagoas, a torcida tinha ido até o Aeroporto de Confins para receber a equipe com reclamações.

Perfis de torcidas organizadas nas redes sociais convocaram os integrantes e usaram palavras como “indignação” e “a paciência acabou” para definir a situação da equipe.

Os torcedores gritaram "time sem vergonha" e xingaram bastante assim que os jogadores desembarcaram.

O zagueiro Léo e o meia Maurício foram bastante criticados na manifestação. O policiamento foi reforçado na área destinada à passagem da delegação cruzeirense, não havendo tumulto durante o protesto.

O time celeste não consegue uma sequência de vitórias no campeonato. Das últimas sete partidas, o Cruzeiro só venceu uma. Além disso, Ney Franco não consegue mostrar uma evolução da equipe, mesmo com dias de sobra para treinar.

O cenário do Cruzeiro pode ser ainda pior se o time não conseguir o acesso para a Série A do Brasileirão. Nos últimos anos, grandes clubes do futebol nacional foram rebaixados, como Palmeiras, Atlético Mineiro, Corinthians e Vasco da Gama. Todos, no entanto, conseguiram subir no ano seguinte. Mas o Cruzeiro pode quebrar essa regra. 

Os dois próximos jogos são fora de casa: contra a Ponte Preta, nesta quarta (30), em Campinas, e contra o Cuiabá, na capital mato-grossense, no sábado (3). A volta ao Mineirão está marcada para o dia 8 de outubro, quando enfrenta o Sampaio Corrêa (MA).

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