Criticado devido à existência de guarda-corpos de ferro – que prejudicam a visibilidade de 6 mil torcedores (ou 24% da capacidade da arena) –, o setor foi deixado de lado pela Arena Independência, pela Federação Mineira de Futebol (FMF) e pelo América. Inicialmente, por causa da ausência das câmeras de monitoramento de imagem exigidas por laudo do Ministério Público para estádios com capacidade superior a 20 mil torcedores. Com isso, o estádio ficou limitado a 10 mil lugares. Depois desse problema resolvido e de a capacidade subir para 23.018 pessoas, a demanda de ingressos passou a ser a justificativa para que a concessionária impedisse o acesso às arquibancadas da discórdia.
Em vez de torcedores, o que se viu no setor foram poucos funcionários da arena do Horto e bandeiras afixadas por torcidas organizadas do Coelho. A explicação dada pela Arena Independência é de que foram disponibilizados 10 mil ingressos para venda e que somente por volta das 20h de ontem o estado liberou a carga máxima, de 23.018 bilhetes. Até o início da partida foi registrado público total de 9.250 pessoas.
A informação da FMF, no entanto, foi outra. De acordo com a entidade, o espaço foi fechado ao público porque o América não demandou mais de 10 mil ingressos e não houve procura maior por parte da torcida, inclusive em função do horário do amistoso. Procurado, o clube não retornou ligação da reportagem para falar sobre o assunto. Já a Secopa declarou que não responde mais pelo Independência.
PASSANDO A BOLA Durante entrevista coletiva antes do jogo-teste, na segunda-feira, o secretário de Estado extraordinário da Copa do Mundo, Sérgio Barroso, já havia afirmado que o problema da falta de visibilidade do anel superior passava a ser de responsabilidade da concessionária Arena Independência, a partir do momento da entrega do estádio. “A partir de quarta-feira (ontem) a Arena Independência será a responsável e vai buscar uma solução definitiva sobre esse assunto das grades”, disse Barroso.
O secretário acrescentou que a concessionária terá que elaborar um plano para melhorar a visibilidade e outras questões, como a segurança em dias de jogos. “Conforme acordado com o Ministério Público, será apresentado um planejamento até o dia 6 de junho, para que a gente possa fazer duas coisas: dar segurança e melhorar a visibilidade”, apontou Barroso, referindo-se às soluções técnicas que vem sendo estudadas pela Secopa e pela Arena Independência para corrigir o problema no setor de guarda-corpos de ferro.