“Já joguei assim em Portugal e me adaptei bem aqui”, comenta Toscano, citando sua passagem pelo Vitória de Guimarães entre 2010 e 2012. Em Portugal, o jogador atuava pelos lados do campo e constantemente fazia gols de fora da área. Em 83 apresentações, balançou a rede 18 vezes.
Com a camisa do América, Toscano compõe o lado esquerdo da linha de três meias, embora procure se movimentar em campo durante todo o tempo. Ao comentar o 4-2-3-1, o jogador apenas cita a dificuldade em acompanhar o lateral adversário, fato que, por muitas vezes, lhe impede de entrar constantemente na área adversária.
“Nesse esquema, o atacante tem que acompanhar o lateral, então às vezes dificulta um pouco a chegada dentro da área, até porque você está acompanhando o lateral. Mas já estou acostumado, já fiz essa posição, então tenho que pensar em ajudar a equipe. Tanto defendendo quanto atacando. Se depender de mim, vou fazer isso o tempo todo para ajudar o Coelho a vencer”, observa.
Se Toscano ficasse limitado apenas a ocupar a ponta esquerda, obviamente ele não teria feito quatro gols na Série B e nem tampouco finalizado duas vezes com muito perigo no empate por 2 a 2 com o Criciúma, na rodada anterior. Dos tentos do atacante, dois ocorreram na função de centroavante, um do lado direito e um de fora da área. Para se movimentar com frequência, o jogador afirma que é preciso deixar a forma física “em dia”.
“Estou suportando bem, até porque não estava parado. Quando terminou a Série A2, passaram dois ou três dias e eu já estava aqui. Mas mesmo assim é importante aproveitar o tempo para reforçar ainda mais a parte física”.
Marcelo marcou pelo Coelho nas vitórias sobre Santa Cruz (4 a 1), Bragantino (1 a 0), Sampaio Corrêa e na derrota para o Náutico (2 a 1). Embora tenha passado em branco contra CRB, Atlético-GO e Criciúma, o camisa 11 garante não estar preocupado e diz que o coletivo vem em primeiro lugar. “Lógico que daqui a pouco a torcida vai cobrar e eu vou cobrar também. É importante sempre fazer gols. Mas o melhor mesmo é nossa equipe sair vitoriosa nas partidas. No fim, todos têm que sair alegres e sorridentes”, conclui Toscano.