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Com amigos falecidos em tragédia, volante Juninho fala da necessidade de seguir em frente

Jogador do América era amigo de Mateus Caramelo e Josimar, atletas da Chape

Redação
Volante Juninho recebeu a visita do pai, Adilson, em treinamento desta quinta-feira no Lanna Drumond - Foto: Carlos Cruz/América FC

O volante Juninho, do América, foi um dos jogadores que perderam amigos na queda do avião da Chapecoense nessa terça-feira, na ColômbiaEntre as 71 vítimas fatais estavam o lateral-direito Mateus Caramelo e o volante Josimar, companheiros do meio-campista nos tempos de Mogi Mirim e Ponte Preta, respectivamente.

“Joguei com dois jogadores de lá: Josimar e Mateus CarameloAcho que não tem nem o que falarEram pessoas boas, muito humildes e que ficam na nossa lembrançaAgora é orar pelos familiares, que estão sofrendo muitoA gente vê muitas homenagens, mas as mais bonitas foram as dos familiares”, afirmou o jogador, em entrevista no CT Lanna Drumond.

Nesta quinta-feira, o Coelho voltou aos treinos depois de cancelar a atividade de terça-feira e fazer apenas um trabalho físico na quartaAlém das obrigações profissionais do futebol, Juninho frisou a necessidade de valorizar a vida, as amizades e citou que, apesar de ser difícil, é preciso seguir em frenteNo dia 11 de dezembro, o América visitará o Santos, na Vila Belmiro, pela 38ª rodada da Série A.

“É um momento muito triste por tudo que aconteceuÉ um momento que serve gente para refletir bastante sobre a vidaAcho que nós temos que nos firmar mais em DeusE temos que trabalhar, a vida continua
É difícil para todos e é um momento que a gente até perde um pouco a vontade de curtir as fériasMas temos que ter força para trabalharTemos o jogo contra o Santos, eles estão brigando pelo segundo lugar, que dá uma premiação melhorVamos esperar e acatar o que vai a CBF vai definir”, disse“Fico muito triste por essa situação, pelos atletas, jornalistas e todas as vítimas do acidenteMas agora temos que ter força para trabalhar e hoje fizemos o primeiro treino com bola depois disso tudo”, completou.

Quem esteve no Lanna Drumond foi o pai de Juninho, Seu AdilsonCom o abalo psicológico da tragédia vivida pela Chapecoense, o meio-campista americano falou sobre a importância de ficar próximo aos familiares“Liguei para o meu pai alguns meses atrás e pedi para ele vir ficar esse último mês com a genteNão vivemos uma boa situação no campeonato, mas é bom ter bem próximos as pessoas que a gente amaE com uma tragédia como essa que aconteceu a gente passa a dar valor
Temos que conviver o máximo de tempo com as pessoas que amamos”.

Juninho é um dos atletas que despertam o interesse do América para a temporada 2017Os direitos econômicos do meio-campista pertencem ao Atlético-PR, que teria de autorizar novo empréstimoPelo Coelho, o camisa 5 marcou dois gols em 31 apresentações.