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Renato Justi dá sequência à trajetória dos zagueiros canhotos no grupo do América

Time do Coelho teve recentemente outros quatro atletas canhotos da posição

Rafael Arruda
Renato Justi é o zagueiro canhoto que fará parte do grupo de 2017 do América. Ele, que estava no Anápolis-GO, transferiu-se para o alviverde com contrato de um ano. Ao fazer uma autoavaliação, o defensor de 28 anos se classificou como jogador de “boa saída de bola” e que “gosta de explorar o ataque”.
“Sou um zagueiro canhoto, sempre que tenho oportunidades gosto de explorar o ataque também, e tenho uma boa saída de bola. O importante é trabalhar bem para que, independente da partida, eu me adeque ao que o jogo pede. O que eu sei é que o América está bem servido no setor defensivo, porque todos os zagueiros do elenco têm muita qualidade”, disse Justi, em entrevista coletiva nessa sexta-feira. A tendência é que ele comece a temporada formando dupla de zaga com o experiente Rafael Lima, de 30 anos, contratado à Chapecoense.

A contratação de Renato Justi mantém a tradição do elenco do Coelho em contar com pelo menos um canhoto na posição desde 2013. O Superesportes relembra, abaixo, quais foram os atletas que atuavam na zaga do clube e utilizavam o pé esquerdo para executar grande parte de suas ações.

- Foto: Juarez Rodrigues/EM D.A PressVitor Hugo (2013 a 2014):

Chegou ao América em maio de 2013. Depois de início complicado, em que cometera algumas falhas, o jogador de 1,87m se tornou referência na bola aérea. Nos treinamentos, ele conseguia ganhar pelo alto de atletas de estatura superior. A história se repetia nas partidas.

Embora não fosse acostumado a acertar lançamentos longos, Vitor Hugo demonstrou boa qualidade técnica no Coelho, sobretudo para desarmar e sair com a redonda dominada. Em um ano e meio no clube, disputou 73 jogos e marcou seis gols (todos de cabeça).

A boa performance fez despertar o interesse do Palmeiras, que o contratou em definitivo ao Tombense, antigo detentor de seus direitos econômicos. Pelo Verdão, Vitor Hugo ganhou a Copa do Brasil de 2015 e o Campeonato Brasileiro de 2016. A capacidade de artilheiro continua em alta: são 13 gols em 115 partidas – quase todos celebrados com a famosa cambalhota.

- Foto: Rodrigo Clemente/EM D.A PressAnderson Conceição (2015):

No ano que consagrou o retorno do América à Série A do Campeonato Brasileiro, Anderson Conceição foi o zagueiro pelo lado esquerdo no esquema tático 3-5-2 armado pelo técnico Givanildo Oliveira. De modo geral, a parceria com Alison e Wesley Matos deu certo, e o Coelho arrancou no returno da competição para terminar em quarto lugar, com 65 pontos.

Quando a equipe atuou com dois zagueiros, Anderson Conceição foi titular ao lado de Wesley Matos, no primeiro semestre, mas perdeu essa condição para Alison, na reta final de 2015.

Em 43 partidas pelo América, Conceição marcou um gol. As falhas de marcação cometidas nas últimas rodadas da Série B 2015 acabaram sendo determinantes para a diretoria não prorrogar o contrato do jogador, que chegou a enfrentar os astros Messi e Cristiano Ronaldo quando defendeu o Mallorca na Primeira Divisão do Campeonato Espanhol, em 2012/2013.

- Foto: Ramon Lisboa/EM D.A PressAdalberto (2016):

Veio do Fortaleza por empréstimo e, durante o Campeonato Mineiro, deu indícios de que manteria boa regularidade ao mostrar estilo para sair jogando. No clássico com o Atlético que terminou empatado em 1 a 1, no Independência, pela primeira fase do Campeonato Mineiro, Adalberto chegou a aplicar um chapéu no atacante adversário Hyuri.

Na parte ofensiva, o zagueiro de 1,85m obteve bom rendimento e marcou três gols com o pé esquerdo (um no Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro, e dois no Brasileiro, diante de Internacional e Coritiba, respectivamente).

No entanto, Adalberto se mostrou inseguro em algumas situações, fato que lhe custou a permanência no América. Falhas bizarras cometidas no turno do Campeonato Brasileiro fizeram a diretoria do Coelho liberá-lo para o Náutico.

- Foto: Carlos Cruz/América FCCardoso (2016):

Desconhecido no futebol brasileiro, o jogador de 32 anos e 1,90m participou somente da derrota do América para o Grêmio por 3 a 0, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. Com o rendimento ruim, não teve o contrato prorrogado com o América.

Antes de atuar em Belo Horizonte, Carlos Cardoso estava no Tractor Club, do Irã. Ele também passou por Nefitchi, do Azerbaijão; Alania, da Rússia; Pandurii, da Romênia; e Estrela da Amadora, de Portugal. No Brasil, Cardoso jogou no Comercial de Ribeirão Preto (SP) e no Vitória.

- Foto: Carlos Cruz/América FCRenato Justi (2017):

Considerado ídolo no Anápolis, onde carregava a braçadeira de capitão, o defensor de 1,85m marcou dois gols de cabeça em 24 partidas pela equipe em 2015.

Ele ainda teve curta passagem por empréstimo pelo Remo (PA), pelo qual balançou a rede em seu único jogo na Série C – acertou belo de chute com o pé esquerdo, de fora da área, na derrota por 4 a 1 para o Fortaleza, no Castelão, pela 17ª rodada do Grupo A. Nessa partida, Justi sofreu trauma no joelho e acabou tendo a sequência interrompida.

Contratado por indicação do diretor de futebol Ricardo Drubscky, que o treinou no Anápolis, Renato Justi terá a maior oportunidade da carreira vestindo a camisa do América.